O ano já era. E o que eu fiz de bom?
Não, não vou entrar naqueles existencialismos retrospectivos e nem nas questões filosóficas. Até porque não sou chegado, vocês sabem, em todos esses negócios de "anonovoblábláblá" e coisa e tal.
Mas enfim... o que eu fiz de bom esse ano? Simples: conheci pessoas fantásticas. Pessoas maravilhosas, inteligentes, críticas, pessoas com quem eu tenho gosto de conversar. Algumas meio sumidas. Outras sempre ali.
Ah, não vou citar nomes, não. Não precisa, essas pessoas entram aqui e sabem que são elas.
Bom... por 2004 é isso. Já era.
FUI!
ah: não esqueci do presente do Amigo Oculto, não. Será entregue no prazo!
sexta-feira, dezembro 17, 2004
segunda-feira, dezembro 13, 2004
bola de neve
nota: pra preservar o sigilo de algumas pessoas, alguns nomes citados neste post são fictícios, outros são verdadeiros.
Outro dia eu peguei o telefone e liguei pra uma amiga minha.
Eu: Alô... a Si...
Pessoa que atendeu: Não, não está.
Eu: Mas será que e...
Pessoa que atendeu: Demora sim. Talvez chegue só amanhã.
Eu: Então por fa...
Pessoa que atendeu: Sim, eu deixo recado. Tchau.
Eu: Tch... (tu tu tu tu tu...)
Há pessoas que não gostam muito de conversa. E algumas dessas algumas pessoas explicitam muito bem isso numa conversa telefônica como esta descrita aí em cima, cortando suas palavras e quase adivinhando o que você quer dizer. Ainda se quem atendeu fosse a mãe da garota seria um pouquinho justificável, mas não, era a empregada. Não que eu tenha algo contra empregadas domésticas, não (até porque sou pobre e minha família nunca teve uma); mas aquela se sente a dona da casa, do tipo que se sente mais importante que a patroa. E, por alguns motivos que não caberiam aqui, já há tempos nutro antipatia por esta pessoa que foi minha interlocutora na curta conversa telefônica.
Engraçado é que isso me fez lembrar de uma época distante (tá, nem tanto) da minha vida, quando eu estava na sexta série e tinha uns 12 anos. Tinha uma amiguinha da classe que se chamava Marília. Uma gracinha, tanto interna como externamente. E ela tinha vários amiguinhos na classe, entre eles eu.
Essa menina morava num prédio próximo à minha casa, então depois da aula eu e os coleguinhas combinávamos de ir na casa dela, ficar conversando no portão. Coisa de molecada, até rolavam uns beijinhos escondidos atrás do prédio de vez em quando.
A mãe dessa menina, quando começou a ver que, a cada dia, a portaria do prédio continuava infestada daqueles pirralhos de 12 anos de idade "que não tinham nada pra fazer", deu ordem expressa ao porteiro pra que ele não deixasse ninguém entrar no prédio, e nem mesmo interfonasse no apartamento pra chamar a garota. Foi a corda pro cara se sentir poderoso.
Nós, os moleques vagabundos, continuávamos indo ao prédio procurar por Marília, mas o porteiro negava constantemente sua presença no prédio. "Ela saiu", ele sempre dizia.
Nós telefonávamos e ela nos atendia, quando chegávamos no prédio o cara dizia que não estava. Até que um dia combinamos uma "operação de guerra". Ligaríamos e pediríamos pra ela descer, quando ela já estivesse lá embaixo o porteiro chato não poderia fazer mais nada.
Chegamos, lá estava a menina nos esperando, pedimos pro porteiro abrir, e recebemos uma negativa. Marília pediu, inutilmente. Ao que o homem bigodudo respondeu:
-Sinto muito. Ordens de Dona Márcia.
Passou o tempo, muitas coisas aconteceram. Depois de onze anos ainda tenho contato com aqueles moleques vagabundos que, hoje, trabalham e estudam, assim como eu. Sempre saímos pra tomar uma cerveja. Foi num desses dias que, estávamos no Largo da Matriz da Freguesia do Ó, em São Paulo, e era época de campanha política. Então havia muitos santinhos e propagandas de políticos emporcalhando a calçada, a rua, as mesas, os botecos e até nossos bolsos. Quando vem uma mulher falar de suas propostas pra nós, que estávamos sentados à mesa e apreciando a Schin gelada (que não é a melhor, mas é a mais barata).
Eu lembrava daquele rosto. Os moleques também lembravam. Ficamos ouvindo dois minutos a ladainha, quando a mulher entregou o panfleto com o nome: Márcia Barral, candidata a vereadora.
Ela perguntou: "Vocês já têm candidato para vereador?"
Eu respondi: "Não tenho, mas na senhora eu não voto. SE a gente pudesse ter subido no apartamento da Marília há ONZE anos atrás, até pensaria a respeito."
Os moleques olharam com cara de espanto. A candidata olhou pra mim, com cara de desaprovação, depois deu um sorriso amarelíssimo, virou as costas e nem continuou a panfletar.
Depois olhei pros moleques, eles olharam pra mim, e foi só risada. Mas risada mesmo foi quando descobrimos que esta distinta senhora não conseguiu sua vaga para mamar nas tetas do Estado de vereadora por CINCO votos. Isso mesmo, cinco votos. Sério mesmo. Os votos dos moleques que ela não deixou subir no prédio poderiam tê-la garantido quatro anos de vida boa.
Agora, depois de ler este puta post enormee chato, você pergunta: e a moral da história? Não tem moral da história.
Agora podem me xingar.
Outro dia eu peguei o telefone e liguei pra uma amiga minha.
Eu: Alô... a Si...
Pessoa que atendeu: Não, não está.
Eu: Mas será que e...
Pessoa que atendeu: Demora sim. Talvez chegue só amanhã.
Eu: Então por fa...
Pessoa que atendeu: Sim, eu deixo recado. Tchau.
Eu: Tch... (tu tu tu tu tu...)
Há pessoas que não gostam muito de conversa. E algumas dessas algumas pessoas explicitam muito bem isso numa conversa telefônica como esta descrita aí em cima, cortando suas palavras e quase adivinhando o que você quer dizer. Ainda se quem atendeu fosse a mãe da garota seria um pouquinho justificável, mas não, era a empregada. Não que eu tenha algo contra empregadas domésticas, não (até porque sou pobre e minha família nunca teve uma); mas aquela se sente a dona da casa, do tipo que se sente mais importante que a patroa. E, por alguns motivos que não caberiam aqui, já há tempos nutro antipatia por esta pessoa que foi minha interlocutora na curta conversa telefônica.
Engraçado é que isso me fez lembrar de uma época distante (tá, nem tanto) da minha vida, quando eu estava na sexta série e tinha uns 12 anos. Tinha uma amiguinha da classe que se chamava Marília. Uma gracinha, tanto interna como externamente. E ela tinha vários amiguinhos na classe, entre eles eu.
Essa menina morava num prédio próximo à minha casa, então depois da aula eu e os coleguinhas combinávamos de ir na casa dela, ficar conversando no portão. Coisa de molecada, até rolavam uns beijinhos escondidos atrás do prédio de vez em quando.
A mãe dessa menina, quando começou a ver que, a cada dia, a portaria do prédio continuava infestada daqueles pirralhos de 12 anos de idade "que não tinham nada pra fazer", deu ordem expressa ao porteiro pra que ele não deixasse ninguém entrar no prédio, e nem mesmo interfonasse no apartamento pra chamar a garota. Foi a corda pro cara se sentir poderoso.
Nós, os moleques vagabundos, continuávamos indo ao prédio procurar por Marília, mas o porteiro negava constantemente sua presença no prédio. "Ela saiu", ele sempre dizia.
Nós telefonávamos e ela nos atendia, quando chegávamos no prédio o cara dizia que não estava. Até que um dia combinamos uma "operação de guerra". Ligaríamos e pediríamos pra ela descer, quando ela já estivesse lá embaixo o porteiro chato não poderia fazer mais nada.
Chegamos, lá estava a menina nos esperando, pedimos pro porteiro abrir, e recebemos uma negativa. Marília pediu, inutilmente. Ao que o homem bigodudo respondeu:
-Sinto muito. Ordens de Dona Márcia.
Passou o tempo, muitas coisas aconteceram. Depois de onze anos ainda tenho contato com aqueles moleques vagabundos que, hoje, trabalham e estudam, assim como eu. Sempre saímos pra tomar uma cerveja. Foi num desses dias que, estávamos no Largo da Matriz da Freguesia do Ó, em São Paulo, e era época de campanha política. Então havia muitos santinhos e propagandas de políticos emporcalhando a calçada, a rua, as mesas, os botecos e até nossos bolsos. Quando vem uma mulher falar de suas propostas pra nós, que estávamos sentados à mesa e apreciando a Schin gelada (que não é a melhor, mas é a mais barata).
Eu lembrava daquele rosto. Os moleques também lembravam. Ficamos ouvindo dois minutos a ladainha, quando a mulher entregou o panfleto com o nome: Márcia Barral, candidata a vereadora.
Ela perguntou: "Vocês já têm candidato para vereador?"
Eu respondi: "Não tenho, mas na senhora eu não voto. SE a gente pudesse ter subido no apartamento da Marília há ONZE anos atrás, até pensaria a respeito."
Os moleques olharam com cara de espanto. A candidata olhou pra mim, com cara de desaprovação, depois deu um sorriso amarelíssimo, virou as costas e nem continuou a panfletar.
Depois olhei pros moleques, eles olharam pra mim, e foi só risada. Mas risada mesmo foi quando descobrimos que esta distinta senhora não conseguiu sua vaga
Agora, depois de ler este puta post enorme
Agora podem me xingar.
sábado, dezembro 11, 2004
çensoautocritico é bão
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
eu odeio ipocrezia e falsidadi... e vc?
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
huahsheehsihshau XD
senil e ranzinza diz:
hum... e gosta de charlie brown jr... imagino
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
eh gosto msm...
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
xoraum eh fodaum... "mAiS kI sI FODAAAA heishua"
senil e ranzinza diz:
espera um pouco, o telefone tá tocando...
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
tah bom XP
eu odeio ipocrezia e falsidadi... e vc?
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
huahsheehsihshau XD
senil e ranzinza diz:
hum... e gosta de charlie brown jr... imagino
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
eh gosto msm...
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
xoraum eh fodaum... "mAiS kI sI FODAAAA heishua"
senil e ranzinza diz:
espera um pouco, o telefone tá tocando...
nAdA pOdi pArAr NoSsO bOnDi diz:
tah bom XP
update interessante: sabiam que o grupo que controla a "89 rádio roque" tá querendo se juntar ao grupo Bandeirantes de rádio, que controla a Band e a (eca!) Sucesso?
terça-feira, dezembro 07, 2004
Eu quero fazer uma música que não tenha versos. Pois não mais preciso das palavras, ah, essa maldita simbologia que inventaram pra tentarmos colocar em papéis o que sentimos. Não quero dizer, não quero mais nem mesmo ouvir a minha voz, ela não é mais necessária. Quero sim entender o que diz o olhar, a interpretação subliminar do que transparece a alma e transcende o corpo.
Quero gritar, mas minha voz não sai. Tento inutilmente colocar em folhas de papel, em palavras o que se passa na minha cabeça perturbada. Mas não, não é mais necessário, nada mais que a expressão, os olhos, a cara deslavada. O meio termo já não existe mais e somos todos telepatas.
Quero viver, quero voar sobre este céu cheio de antenas de rádio e rir de todos, quero sentir de longe o cheiro da gasolina que não me é mais necessária, dos sapatos que não mais uso, a velha luz branca do escritório agora deu lugar à intensa luz do Sol. Quero me fazer entender, mas não por estas roupas sociais tão inúteis, não pelo toque do telefone ou pela mensagem do e-mail, pois não mais preciso das leis antiquadas da Física. Einstein, Tesla, Newton, estão todos mortos!
Eu perdi o paraíso mas ganhei inteligência. E me fiz livre, e vejo sua face daqui do alto, e nos entendemos. Você me pede pra esperar, mas não há tempo, eles te aprisionam. O que espera pra voar, percorrer o céu infinito sem gravidade? E, depois do vôo acima dos Boeings que viajam a 1000 km/h, descermos e apreciarmos a simplicidade do sorvete, das asas dos pássaros, a leveza das águas que insistem em fluir?
Não. Não diga que não avisei, não pense, não reflita, se eu não corresse eles me alcançariam. Se eu não tivesse corrido não seria mais eu. Seria um, seria simples, simplista, seria um verso. Um mísero verso num livro revolucionário.
Mas eu não mais preciso das palavras. Ah, velhas e antiquadas palavras...
Quero gritar, mas minha voz não sai. Tento inutilmente colocar em folhas de papel, em palavras o que se passa na minha cabeça perturbada. Mas não, não é mais necessário, nada mais que a expressão, os olhos, a cara deslavada. O meio termo já não existe mais e somos todos telepatas.
Quero viver, quero voar sobre este céu cheio de antenas de rádio e rir de todos, quero sentir de longe o cheiro da gasolina que não me é mais necessária, dos sapatos que não mais uso, a velha luz branca do escritório agora deu lugar à intensa luz do Sol. Quero me fazer entender, mas não por estas roupas sociais tão inúteis, não pelo toque do telefone ou pela mensagem do e-mail, pois não mais preciso das leis antiquadas da Física. Einstein, Tesla, Newton, estão todos mortos!
Eu perdi o paraíso mas ganhei inteligência. E me fiz livre, e vejo sua face daqui do alto, e nos entendemos. Você me pede pra esperar, mas não há tempo, eles te aprisionam. O que espera pra voar, percorrer o céu infinito sem gravidade? E, depois do vôo acima dos Boeings que viajam a 1000 km/h, descermos e apreciarmos a simplicidade do sorvete, das asas dos pássaros, a leveza das águas que insistem em fluir?
Não. Não diga que não avisei, não pense, não reflita, se eu não corresse eles me alcançariam. Se eu não tivesse corrido não seria mais eu. Seria um, seria simples, simplista, seria um verso. Um mísero verso num livro revolucionário.
Mas eu não mais preciso das palavras. Ah, velhas e antiquadas palavras...
quinta-feira, dezembro 02, 2004
bons tempos que não passaram...
Às vezes eu sinto saudades de um tempo que não vivi. Olho pros dias de hoje, vejo essas pessoas, essa juventude, caminhando pro nada, vivendo um imenso vazio, onde o que importa é ter e ser, princípio, meio e fim, vivendo o que a mídia mostra e deixando esta mesma mídia pensar por elas...
Gosto muito de ler e ver coisas sobre os tempos antigos, principalmente nas grandes cidades. Tempos antigos que eu digo é até uns cinquenta anos atrás. Épocas de desejos, de idéias, revoluções, expressões culturais como jamais vistas, contestação de valores, ideais... Época em que não se era simplista, mas se acreditava no valor das pequenas coisas, e que, por elas, chegaríamos às grandes realizações; época em que se começava a questionar o porquê das coisas, e tentava-se mudar, principalmente no Brasil dos anos 60, época dos ferrenhos anos da ditadura militar; época de renovações culturais, o florescimento do rock and roll, a atitude paz e amor, o do it yourself de 1977...
Foco minha atenção nos dias de hoje. Olho em volta, vejo a vida, vejo a minha vida e o meu modo de viver, vejo o modo de viver das pessoas em geral, e pergunto: Onde isso vai nos levar? Quais os nossos sonhos? Os nossos desejos? Hoje em dia tudo é de plástico, descartável, as idéias têm prazo de validade, os sentimentos são vendidos em embalagem de chicletes em baladas, pra mascar e jogar fora, a atitude é ter bens, posses, uma conta no banco, senão você está fora do mercado consumidor... Eu tento mudar as estações, mas as rádios não tocam a música que eu quero ouvir, a música que fala do que eu sinto, do que eu penso!!!
Nossa geração perdida... perdida no meio de tanto tentar se achar, geração desgraçada, sem rumo, imediatista, materialista e perdulária...
Então volto meus olhos e minha cabeça pr'aquele passado que pra mim não existiu, do qual ouço e vejo histórias sempre tão fascinantes e que me embalam... e me perco entre o real e o imaginário, ao me achar como um personagem de um tempo que ainda não passou.
Talvez seja melhor desse jeito.
Gosto muito de ler e ver coisas sobre os tempos antigos, principalmente nas grandes cidades. Tempos antigos que eu digo é até uns cinquenta anos atrás. Épocas de desejos, de idéias, revoluções, expressões culturais como jamais vistas, contestação de valores, ideais... Época em que não se era simplista, mas se acreditava no valor das pequenas coisas, e que, por elas, chegaríamos às grandes realizações; época em que se começava a questionar o porquê das coisas, e tentava-se mudar, principalmente no Brasil dos anos 60, época dos ferrenhos anos da ditadura militar; época de renovações culturais, o florescimento do rock and roll, a atitude paz e amor, o do it yourself de 1977...
Foco minha atenção nos dias de hoje. Olho em volta, vejo a vida, vejo a minha vida e o meu modo de viver, vejo o modo de viver das pessoas em geral, e pergunto: Onde isso vai nos levar? Quais os nossos sonhos? Os nossos desejos? Hoje em dia tudo é de plástico, descartável, as idéias têm prazo de validade, os sentimentos são vendidos em embalagem de chicletes em baladas, pra mascar e jogar fora, a atitude é ter bens, posses, uma conta no banco, senão você está fora do mercado consumidor... Eu tento mudar as estações, mas as rádios não tocam a música que eu quero ouvir, a música que fala do que eu sinto, do que eu penso!!!
Nossa geração perdida... perdida no meio de tanto tentar se achar, geração desgraçada, sem rumo, imediatista, materialista e perdulária...
Então volto meus olhos e minha cabeça pr'aquele passado que pra mim não existiu, do qual ouço e vejo histórias sempre tão fascinantes e que me embalam... e me perco entre o real e o imaginário, ao me achar como um personagem de um tempo que ainda não passou.
Talvez seja melhor desse jeito.
domingo, novembro 28, 2004
feliz dia de hoje...
Quantas vezes a gente não faz promessas de ano novo? Promessas, pra nós mesmos, às vezes pros outros... e não cumpriu?
Há tempos eu fiquei cético em relação a datas comemorativas. Principalmente nessa época do ano. Fim de ano, Natal chegando e o pessoal comprando presentes, no dia 25 todo mundo se abraçando e se beijando, e quando vira o ano vira tudo a mesma falsidade de sempre. Principalmente se você passa essas datas com a família. Muitos - como eu - têm uma família, digamos, "problemática".
Por isso que neste fim de ano não vou prometer nada. Não vou jurar, não vou esperar, não vou tentar mudar. Até porque mudança não tem hora pra acontecer.
Vou é fazer o que há tempos faço nessa época: colocar a mochila nas costas e sumir. Ir pra algum lugar desconhecido. Pegar um ônibus na rodoviária e entrar, sem me importar com o destino.
Algum lugar novo, longe, onde as pessoas desconhecidas confraternizam de verdade os votos de coisas melhores pra vida.
Há tempos eu fiquei cético em relação a datas comemorativas. Principalmente nessa época do ano. Fim de ano, Natal chegando e o pessoal comprando presentes, no dia 25 todo mundo se abraçando e se beijando, e quando vira o ano vira tudo a mesma falsidade de sempre. Principalmente se você passa essas datas com a família. Muitos - como eu - têm uma família, digamos, "problemática".
Por isso que neste fim de ano não vou prometer nada. Não vou jurar, não vou esperar, não vou tentar mudar. Até porque mudança não tem hora pra acontecer.
Vou é fazer o que há tempos faço nessa época: colocar a mochila nas costas e sumir. Ir pra algum lugar desconhecido. Pegar um ônibus na rodoviária e entrar, sem me importar com o destino.
Algum lugar novo, longe, onde as pessoas desconhecidas confraternizam de verdade os votos de coisas melhores pra vida.
segunda-feira, novembro 22, 2004
O rock não vai morrer. Vão é matar o rock.
Por todos os lados eu ouço muita gente dizendo que "o rock já era" e coisa e tal. Essas palavras geralmente vêm de gente que realmente gosta do som, curte boa música. Porém... até que ponto elas estão certas?
O rock virou moda, isso é fato. Banalizaram e achincalharam com toda a cena musical, e é claro que o rock não podia ficar de fora, e eu não vou citar nomes de bandas aqui porque é dispensável, quem sabe tá careca de saber o que é uma merda e o que não é. Infelizmente cerca de 75% da programação das emissoras mais ouvidas (na madrugada esta proporção cai bastante, pra cerca de uns 45%) é uma bosta.
E o que nós, os amantes do rock and roll, fazemos? Só desligar o rádio, colocar um CD, adianta? Será que não seria interessante perturbar um pouco essas ditas "rádios roque" com e-mails, cartas, telefonemas, sinais de fumaça ou o que o valha, pra eles verem que boa parte da audiência não está satisfeita? Que eles só tocam o óbvio, e o óbvio é, muitas vezes, dispensável?
Tá bom. Podem até dizer que não vai dar em nada. E eu concordo, a probabilidade de dar algum resultado é baixa. Mas, se podemos fazer alguma coisa, se podemos tentar, por que não?
Vá. Gaste um pouco do seu tempo, envie um e-mail, fale das bandas que conhece e que gosta. Fale mal das merdas que fazem de seus ouvidos verdadeiras latrinas. É fato que o rock nunca vai morrer, pois tem gente fazendo música de verdade nas garagens e no underground. Porém não vamos deixar que mais e mais pessoas tenham a impressão que ele está agonizando.
E, se não conseguirmos salvar o rock, vamos dar a ele, pelo menos, uma morte menos sofrida, mostrando que nos importamos com ele.
Pelo bem da boa música.
momento marketing imundo: visite: http://buraco.blogger.com.br e ajude o roquenrou.
Por todos os lados eu ouço muita gente dizendo que "o rock já era" e coisa e tal. Essas palavras geralmente vêm de gente que realmente gosta do som, curte boa música. Porém... até que ponto elas estão certas?
O rock virou moda, isso é fato. Banalizaram e achincalharam com toda a cena musical, e é claro que o rock não podia ficar de fora, e eu não vou citar nomes de bandas aqui porque é dispensável, quem sabe tá careca de saber o que é uma merda e o que não é. Infelizmente cerca de 75% da programação das emissoras mais ouvidas (na madrugada esta proporção cai bastante, pra cerca de uns 45%) é uma bosta.
E o que nós, os amantes do rock and roll, fazemos? Só desligar o rádio, colocar um CD, adianta? Será que não seria interessante perturbar um pouco essas ditas "rádios roque" com e-mails, cartas, telefonemas, sinais de fumaça ou o que o valha, pra eles verem que boa parte da audiência não está satisfeita? Que eles só tocam o óbvio, e o óbvio é, muitas vezes, dispensável?
Tá bom. Podem até dizer que não vai dar em nada. E eu concordo, a probabilidade de dar algum resultado é baixa. Mas, se podemos fazer alguma coisa, se podemos tentar, por que não?
Vá. Gaste um pouco do seu tempo, envie um e-mail, fale das bandas que conhece e que gosta. Fale mal das merdas que fazem de seus ouvidos verdadeiras latrinas. É fato que o rock nunca vai morrer, pois tem gente fazendo música de verdade nas garagens e no underground. Porém não vamos deixar que mais e mais pessoas tenham a impressão que ele está agonizando.
E, se não conseguirmos salvar o rock, vamos dar a ele, pelo menos, uma morte menos sofrida, mostrando que nos importamos com ele.
Pelo bem da boa música.
momento marketing imundo: visite: http://buraco.blogger.com.br e ajude o roquenrou.
quinta-feira, novembro 18, 2004
amigo oculto!
Deixa eu falar, antes que eu me esqueça: tô dentro do Amigo Oculto Virtual, organizado pela Marina (o link dela está aí do lado, se eu pusesse o link aqui ninguém ia perceber se não passasse o mouse em cima), e é o seguinte: quem me tirar, que capriche no meu presente (isso não é uma garantia que eu vá caprichar no de quem me tirou).
Pode ser algo que me faça feliz, como um vale-férias ou um cabeçote da Marshall, ou pode ser algo que eu mereça, como uma tortada na cara ou um vírus que formate o meu interfone.
Certo? Certo.
Pode ser algo que me faça feliz, como um vale-férias ou um cabeçote da Marshall, ou pode ser algo que eu mereça, como uma tortada na cara ou um vírus que formate o meu interfone.
Certo? Certo.
segunda-feira, novembro 15, 2004
NÃO QUERO COMENTÁRIOS NESTE POST
A vida é feita de momentos. Uns bons, outros nem tanto, mas são momentos, realmente. E, dependendo da situação, nos fragilizamos um pouco, e acabamos dando a entender que fizemos promessas que, por causa de certas circunstâncias, não poderemos cumprir. Até por causa de um sentimento verdadeiro, mas com palavras ditas em horas erradas. Às vezes muito tarde.
E, infelizmente, acabamos machucando as pessoas que não queremos machucar, e acabamos nos machucando muito também. E essas feridas demoram pra cicatrizar. Sabendo-se que são ferimentos demorados de ser curados, por que às vezes cutucamos a ferida pra ela sangrar de novo?
O tempo é a melhor coisa pra amenizar as coisas. Cada um segue o seu caminho, com suas idéias, separados. E, quem sabe, até pela convergência de nossos ideais, não possamos nos encontrar no futuro e dizer um "oi" sem ressentimentos, sem aquele sorriso meia boca, amarelo.
É isso. E CHEGA de sentimentalismos, este blog não é novela das oito.
Não, NADA vai me atrapalhar. Nada mesmo.
sexta-feira, novembro 12, 2004
é amiguinhos, como ninguém é de ferro e eu mereço, amanhã de noite poderei ser localizado em algum local com altitude zero, ou seja, praia. E vou ver se não penso muito na morte do Arafat (é, eu fiquei triste mesmo com isso) e nas barbáries que vão se seguir contra o povo palestino daqui em diante.
Eu ia colocar o link do buraco e o button do concurso em que me inscrevi agora há pouco, mas estou com preguiça de mexer no template agora.
ps: qualquer semelhança com posts de quem não está nem um pouco inspirado NÃO é mera coincidência.
Eu ia colocar o link do buraco e o button do concurso em que me inscrevi agora há pouco, mas estou com preguiça de mexer no template agora.
ps: qualquer semelhança com posts de quem não está nem um pouco inspirado NÃO é mera coincidência.
quarta-feira, novembro 10, 2004
sexta-feira, novembro 05, 2004
bem que a vó disse
Primeiro, o Fidel toma um tombo. Depois, Arafat fica doente. Na sequência, o Serra ganha a eleição em São Paulo. E Bush se reelege.
Vou correndo pra Universal comprar uma vaga no céu, porque o mundo tá acabando! Fodeu!
Vou correndo pra Universal comprar uma vaga no céu, porque o mundo tá acabando! Fodeu!
sexta-feira, outubro 29, 2004
De hipócrita e demagogo já chega o Serra
O pessoal adora cuspir no prato em que come.
Reportagem que acabei de pegar no Globo Online:
Mercado pirata de PCs respondeu por 70% das vendas em 2003
Aguinaldo Novo - O Globo
SÃO PAULO - O mercado ilegal de PCs no Brasil, aqueles que são montados por empresas que não dão nota fiscal nem garantia para o produto, engoliu 70,4% das vendas no ano passado. Se o governo não apertar a fiscalização, a participação desses clones poderá chegar a 75%, o que colocará o país na liderança do ranking mundial da pirataria, desbancando a China. Este é o resultado de uma pesquisa divulgada hoje pela Abinee, que procurou mapear o prejuízo das empresas legais e apresentar propostas ao governo.
De acordo com a pesquisa, só no ano passado o volume de impostos que deixaram de ser recolhidos com a pirataria de componentes e a venda sem nota fiscal chegou a R$ 1,5 bilhão. Com a venda dos produtos piratas perde também o próprio consumidor, que corre o risco de levar para casa produtos de péssima qualidade e sem garantia.
De acordo com a pesquisa, além de usar programas piratas, a maior parte dos montadores desse tipo de equipamento recorre à compra de equipamentos contrabandeados. A pesquisa mostra que no caso de equipamentos óticos o mercado ilegal é de até 70%. Isso acaba se refletindo nos preços. Em média, a diferença de preços entre um PC clonado e um legalmente registrado é de até 41%.
Porra! Odeio esse pessoal tendencioso. Acabar com a pirataria, além de acabar com um monte de postos de emprego (informais, eu sei, mas onde se acha emprego formal nesse país?) sem mudar leis tributárias e sem incentivo à economia, não vai consertar o Brasil.
Será que esse pessoal da internet brasileira não entende que são esses "PCs clonados" que dão emprego pra eles? Sem eles o povo não teria como acessar a internet?
O Brasil é um raro fenômeno mundial na indústria da informática, onde as classes C e D têm acesso a um computador e à Internet graças a esses "computadores clonados".
Por que o governo não diminui a carga tributária sobre importação legal de peças de computador? E sobre a própria venda dos computadores? Assim os PCs de marca seriam mais baratos e todos ficariam felizes.
Ah, não, o Brasil não pode crescer. Tem a meta de inflação do FMI pra ser cumprida. Esqueci.
E quem não entendeu nada, NÃO ENTENDA COMO OFENSA, mas saia da frente da TV e estude um pouco pra entender os fatos e factóides da economia brasileira.
Reportagem que acabei de pegar no Globo Online:
Mercado pirata de PCs respondeu por 70% das vendas em 2003
Aguinaldo Novo - O Globo
SÃO PAULO - O mercado ilegal de PCs no Brasil, aqueles que são montados por empresas que não dão nota fiscal nem garantia para o produto, engoliu 70,4% das vendas no ano passado. Se o governo não apertar a fiscalização, a participação desses clones poderá chegar a 75%, o que colocará o país na liderança do ranking mundial da pirataria, desbancando a China. Este é o resultado de uma pesquisa divulgada hoje pela Abinee, que procurou mapear o prejuízo das empresas legais e apresentar propostas ao governo.
De acordo com a pesquisa, só no ano passado o volume de impostos que deixaram de ser recolhidos com a pirataria de componentes e a venda sem nota fiscal chegou a R$ 1,5 bilhão. Com a venda dos produtos piratas perde também o próprio consumidor, que corre o risco de levar para casa produtos de péssima qualidade e sem garantia.
De acordo com a pesquisa, além de usar programas piratas, a maior parte dos montadores desse tipo de equipamento recorre à compra de equipamentos contrabandeados. A pesquisa mostra que no caso de equipamentos óticos o mercado ilegal é de até 70%. Isso acaba se refletindo nos preços. Em média, a diferença de preços entre um PC clonado e um legalmente registrado é de até 41%.
Porra! Odeio esse pessoal tendencioso. Acabar com a pirataria, além de acabar com um monte de postos de emprego (informais, eu sei, mas onde se acha emprego formal nesse país?) sem mudar leis tributárias e sem incentivo à economia, não vai consertar o Brasil.
Será que esse pessoal da internet brasileira não entende que são esses "PCs clonados" que dão emprego pra eles? Sem eles o povo não teria como acessar a internet?
O Brasil é um raro fenômeno mundial na indústria da informática, onde as classes C e D têm acesso a um computador e à Internet graças a esses "computadores clonados".
Por que o governo não diminui a carga tributária sobre importação legal de peças de computador? E sobre a própria venda dos computadores? Assim os PCs de marca seriam mais baratos e todos ficariam felizes.
Ah, não, o Brasil não pode crescer. Tem a meta de inflação do FMI pra ser cumprida. Esqueci.
E quem não entendeu nada, NÃO ENTENDA COMO OFENSA, mas saia da frente da TV e estude um pouco pra entender os fatos e factóides da economia brasileira.
quarta-feira, outubro 27, 2004
existencialismos à parte, mas...
Discussão que ocorreu tempos atrás:
Minha mãe: Você não vai conseguir mudar o mundo.
Eu: Eu sei disso.
Minha mãe: Então porque você age dessa maneira?
Eu: Eu só quero mudar a minha própria vida. Porém, se todos também mudarem suas vidas, O MUNDO MUDA!
Minha mãe: ?
Eu: É, o mundo são as pessoas.
Minha mãe: Ahn, é verdade.
sem claque, por favor
Minha mãe: Você não vai conseguir mudar o mundo.
Eu: Eu sei disso.
Minha mãe: Então porque você age dessa maneira?
Eu: Eu só quero mudar a minha própria vida. Porém, se todos também mudarem suas vidas, O MUNDO MUDA!
Minha mãe: ?
Eu: É, o mundo são as pessoas.
Minha mãe: Ahn, é verdade.
sem claque, por favor
sábado, outubro 23, 2004
tanto faz
EU SEI que as coisas vão dar certo pra mim. EU SEI que, do jeito que estou planejando, no médio prazo eu vou conseguir o que eu quero.Mas eu não consigo esperar, simplesmente, e volto a ficar puto! E faço uma cagada atrás da outra, que vão me prender ainda mais nesse mundinho que EU MESMO criei, e agora luto pra sair dele.
Será que esse é um problema que só eu tenho?
Será que esse é um problema que só eu tenho?
sábado, outubro 16, 2004
a comédia da vida corporativa
Reunião de urgência, eu já estou me acostumando a ter meus finais de semana fodidos por terceiros. Uma ponte rolante (um negócio MUITO pesado, mesmo) soltou do trilho e quase caiu em cima do pessoal.
Na sala: um técnico da firma contratada pra dar manutenção na ponte, o gerente, o diretor, o engenheiro que construiu o prédio e eu, da manutenção da fábrica, que nem sei porque deveria estar lá.Quando lá pelas tantas o pessoal já tinha esbravejado e falado que não tinha culpa e que o outro fez merda, o técnico da firma contratada vira e diz o seguinte:
- O problema é que o prédio está afundando.
O engenheiro, um homem estudado e culto, que é claro ganhou uma grana pra construir o referido prédio, olha pro técnico fixamente e dispara:
- Afundando está o RABO DA SUA MÃE.
O gerente põe a mão na cara, o diretor faz sinal de negação com a cabeça, o técnico olha assustado mas não diz nada...
... e eu quase caio da cadeira de tanto dar risada. Acho que foi a melhor gargalhada que eu dei na semana.
Quando termino de rir, todo mundo está olhando pra mim, fazendo o mesmo sinal de negação com a cabeça. Até o engenheiro.
Sinceramente, no meu trabalho, não dá pra levar as coisas muito a sério.
Na sala: um técnico da firma contratada pra dar manutenção na ponte, o gerente, o diretor, o engenheiro que construiu o prédio e eu, da manutenção da fábrica, que nem sei porque deveria estar lá.Quando lá pelas tantas o pessoal já tinha esbravejado e falado que não tinha culpa e que o outro fez merda, o técnico da firma contratada vira e diz o seguinte:
- O problema é que o prédio está afundando.
O engenheiro, um homem estudado e culto, que é claro ganhou uma grana pra construir o referido prédio, olha pro técnico fixamente e dispara:
- Afundando está o RABO DA SUA MÃE.
O gerente põe a mão na cara, o diretor faz sinal de negação com a cabeça, o técnico olha assustado mas não diz nada...
... e eu quase caio da cadeira de tanto dar risada. Acho que foi a melhor gargalhada que eu dei na semana.
Quando termino de rir, todo mundo está olhando pra mim, fazendo o mesmo sinal de negação com a cabeça. Até o engenheiro.
Sinceramente, no meu trabalho, não dá pra levar as coisas muito a sério.
quinta-feira, outubro 14, 2004
sai fora murphy
Eu costumo dizer que me sinto preso, me sinto mesmo, pra que vou mentir? Mas essa prisão fui eu mesmo quem criou. Isso eu percebi já faz um tempo, e tem coisas que é difícil pra gente se livrar.
Mas agora eu vejo as coisas com um olhar diferente. Já posso fazer planos. Me sinto como um preso sim, mas como um preso que sabe que vai ser solto. Que sabe o dia em que será solto, sabe que este dia está chegando. E foca todas as suas energias nisso: nos planos, nas idéias, enfim, no que vai fazer quando sair da sua prisão.
O presente já não importa mais tanto quanto esse plano. O passado serve de inspiração pra não fazer sempre as mesmas coisas.
E, em muito tempo, eu posso finalmente dizer que me sinto um pouco feliz, aquele sorrisinho meia boca, mas sim, eu vejo uma pequena esperança. Pequena, mas real.
E só depende de mim mesmo pra que essa esperança se torne realidade.
Mas agora eu vejo as coisas com um olhar diferente. Já posso fazer planos. Me sinto como um preso sim, mas como um preso que sabe que vai ser solto. Que sabe o dia em que será solto, sabe que este dia está chegando. E foca todas as suas energias nisso: nos planos, nas idéias, enfim, no que vai fazer quando sair da sua prisão.
O presente já não importa mais tanto quanto esse plano. O passado serve de inspiração pra não fazer sempre as mesmas coisas.
E, em muito tempo, eu posso finalmente dizer que me sinto um pouco feliz, aquele sorrisinho meia boca, mas sim, eu vejo uma pequena esperança. Pequena, mas real.
E só depende de mim mesmo pra que essa esperança se torne realidade.
sábado, outubro 09, 2004
...
A heart that’s full up like a landfill, a job that slowly kills you, bruises that won’t heal
You were so tired, happy, bring down the government, they don’t, they don’t speak for you...
I’ll take the quiet life, a handshake of carbon monoxide
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises
No alarms and no surprises...
Silent, silent
This is my final fit, my final bellyache with
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises, no alarms and no surprises, please...
Such a pretty house, such a pretty garden
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises...
No alarms and no surprises, please...
You were so tired, happy, bring down the government, they don’t, they don’t speak for you...
I’ll take the quiet life, a handshake of carbon monoxide
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises
No alarms and no surprises...
Silent, silent
This is my final fit, my final bellyache with
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises, no alarms and no surprises, please...
Such a pretty house, such a pretty garden
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises...
No alarms and no surprises, please...
terça-feira, outubro 05, 2004
Futucando as catacumbas
A mídia necrófila e necrófaga curte comer pedacinhos de defunto pop fritinhos com cerveja até começar a apodrecer e sair coró, aí eles largam de lado.
Quem sou eu pra dizer alguma coisa no meio de tanta gente influente e inteligente (não, sei que meus links não são sublinhados, mas dessa vez não tem links) do mundo blogueiro, mas se não me engano o Renato Russo já morreu. E o Kurt se matou.
E suas catacumbas são reviradas pela indústria fonográfica.
Quando você está vivo e faz coisas boas, ou não, tudo bem. Mas depois que bateu com as dez, até aquela música feita pro cachorro da vizinha da tia do cunhado do irmão da prima do coleguinha de escola vira uma COMPOSIÇÃO INÉDITA. E vende pra porra.
Caralho, deixem os caras descansarem em paz. Relembrar o que foi lançado em vida até é bom (dentro de certos parâmetros), mas aquela gravação feita com gravador de minitape escondido debaixo da privada durante um banho gelado pra curar bebedeira, pode deixar na gaveta de baixo, embaixo das meias.
Ah. Não falei do John Lennon porque provavelmente eu iria apanhar depois de postar isso. E, nem teria por que falar, ele é um defunto respeitável. (Aqui tem links, procurem e cliquem)
Ah. 2: Alguém lembra dos Mamonas Assassinas?
Obs: para visualizar melhor alguns trechos deste post é necessário ativar a opção IRONIA MODE ON em "ferramentas" e "opções da internet" do seu browser. Ou entendam como quiserem, acho que estamos num país livre.
Quem sou eu pra dizer alguma coisa no meio de tanta gente influente e inteligente (não, sei que meus links não são sublinhados, mas dessa vez não tem links) do mundo blogueiro, mas se não me engano o Renato Russo já morreu. E o Kurt se matou.
E suas catacumbas são reviradas pela indústria fonográfica.
Quando você está vivo e faz coisas boas, ou não, tudo bem. Mas depois que bateu com as dez, até aquela música feita pro cachorro da vizinha da tia do cunhado do irmão da prima do coleguinha de escola vira uma COMPOSIÇÃO INÉDITA. E vende pra porra.
Caralho, deixem os caras descansarem em paz. Relembrar o que foi lançado em vida até é bom (dentro de certos parâmetros), mas aquela gravação feita com gravador de minitape escondido debaixo da privada durante um banho gelado pra curar bebedeira, pode deixar na gaveta de baixo, embaixo das meias.
Ah. Não falei do John Lennon porque provavelmente eu iria apanhar depois de postar isso. E, nem teria por que falar, ele é um defunto respeitável. (Aqui tem links, procurem e cliquem)
Ah. 2: Alguém lembra dos Mamonas Assassinas?
Obs: para visualizar melhor alguns trechos deste post é necessário ativar a opção IRONIA MODE ON em "ferramentas" e "opções da internet" do seu browser. Ou entendam como quiserem, acho que estamos num país livre.
domingo, outubro 03, 2004
Aqui é o meu barraco, sintam-se em casa
É engraçado como no mundinho real é super fácil da gente ser esquecido.É só você ficar com o tempo muito ocupado, ou ir morar longe, pras pessoas, aos poucos, te tirarem de seus planos. Não raro chegamos depois de um tempo, ninguém está na casa e nos contentamos com a televisão e os velhos discos, empoeirados e cheios de riscos.
Aqui na internet não, temos nossos blogs, apês da CDHU virtuais onde recebemos nossos miguxos e até rola uma bebedeira. O MSN é como o trailer de lanches onde o pessoal se encontra pra trocar idéia, a qualquer hora do dia.
Eu tinha, ou achava que tinha, um monte de coisa pra escrever nesse post. Mas acontece que eu esqueci tudo, algumas coisas sem querer, e algumas coisas de propósito mesmo.Acho que vou me concentrar um pouco no fato de estar vivo.
Sem felicidade. Mas sem tristeza. Estou vivo e ainda consigo pensar, apenas isso. Minha mente não anda tão absorta nas mesmas coisas de sempre.
E já é um bom começo. Ou final, sei lá.
Aqui na internet não, temos nossos blogs, apês da CDHU virtuais onde recebemos nossos miguxos e até rola uma bebedeira. O MSN é como o trailer de lanches onde o pessoal se encontra pra trocar idéia, a qualquer hora do dia.
Eu tinha, ou achava que tinha, um monte de coisa pra escrever nesse post. Mas acontece que eu esqueci tudo, algumas coisas sem querer, e algumas coisas de propósito mesmo.Acho que vou me concentrar um pouco no fato de estar vivo.
Sem felicidade. Mas sem tristeza. Estou vivo e ainda consigo pensar, apenas isso. Minha mente não anda tão absorta nas mesmas coisas de sempre.
E já é um bom começo. Ou final, sei lá.
quarta-feira, setembro 29, 2004
O mundo é muito maior que isso aqui
Invariável é que o tempo acaba passando, amanhã chega e a gente nem pára pra pensar o que a gente está fazendo ou não, vira tudo instintivo.
A ordem do mundo atual, as coisas todas, andam de uma maneira tão maluca que muitas pessoas têm os mesmos anseios, sofrem juntas separadas e em silêncio, e a ação que deveria tomar frente é deixada pra depois, por mera forma de defesa e uso de máscara cotidiana.
E o sorriso amarelo. A cabeça confusa. A pressão, involuntária ou não. Sempre querem arranjar uma forma ou outra de nos prender nos seus mundinhos. Pequenos. Limitados. Talvez por acreditarem que possam nos proteger assim. Talvez por pensarem que é o melhor pra nós.
Ou, talvez por não terem conhecido o mundão que há lá fora, do lado de fora de nossas janelas com vidros quebrados, de nossas cortinas velhas e rasgadas. Lá sim, o sol deve brilhar.
A ordem do mundo atual, as coisas todas, andam de uma maneira tão maluca que muitas pessoas têm os mesmos anseios, sofrem juntas separadas e em silêncio, e a ação que deveria tomar frente é deixada pra depois, por mera forma de defesa e uso de máscara cotidiana.
E o sorriso amarelo. A cabeça confusa. A pressão, involuntária ou não. Sempre querem arranjar uma forma ou outra de nos prender nos seus mundinhos. Pequenos. Limitados. Talvez por acreditarem que possam nos proteger assim. Talvez por pensarem que é o melhor pra nós.
Ou, talvez por não terem conhecido o mundão que há lá fora, do lado de fora de nossas janelas com vidros quebrados, de nossas cortinas velhas e rasgadas. Lá sim, o sol deve brilhar.
domingo, setembro 26, 2004
"Perguntar não ofende" ou "Hipocrisia? Maginaaa!" (você escolhe o título)
Por que caralho as rádios colocam um sonoro PIIIIII no "fuck" de "The subliminal mind-fuck America", da música American Idiot do Green Day, e deixam livres, leves e soltos e altos e barulhentos e audíveis os "QUE SE FODA" do mamute que virou merda Chorão? Queria saber.
sábado, setembro 25, 2004
Círculo vicioso
Sim, agora eu estou no Orkut!!!!!
A partir de hoje minha vida vai mudar:
-vou deixar de ser pobre;
-vou ganhar um BMW novinho e dar rolê por aí;
-vão instalar um encanamento de cerveja gelada na minha casa;
-vou ficar bonito e emagrecer 10 quilos;
-vou abrir uma conta na Suíça, ou nas Ilhas Cayman (ou nas duas);
-vou conseguir 69872092822 de visitas pra este blog;
-o Faustão vai deixar a Globo e voltar pra Bandeirantes, para voltar a fazer o Perdidos na Noite;
-Speedy vai ser de graça;
-Ronald Golias vai voltar a encarnar Carlo Bronco Dinossauro;
-o Faith No More vai voltar;
-Vou ser abduzido por ETs e poderei contar fantásticas histórias;
-O mundo vai ser um lugar melhor pra se viver;
-Todas as pessoas que escrevem montanha-russês perderão seus dedos.
NÃO, NÃO, NÃO, NÃO E NÃO!!!!!!!! ... o que vai acontecer é apenas o aumento do diâmetro do meu círculo social. OH, QUE LINDO!
O que seria um "círculo social"? E "aumentar o diâmetro" disso aí? Nada de piadinhas de duplo sentido...
Vamos lá, entrem no Orkut e mereportem como bogus adicionem em suas listas de miguxos fófix. Desde já agradeço, aguardo retorno.
A partir de hoje minha vida vai mudar:
-vou deixar de ser pobre;
-vou ganhar um BMW novinho e dar rolê por aí;
-vão instalar um encanamento de cerveja gelada na minha casa;
-vou ficar bonito e emagrecer 10 quilos;
-vou abrir uma conta na Suíça, ou nas Ilhas Cayman (ou nas duas);
-vou conseguir 69872092822 de visitas pra este blog;
-o Faustão vai deixar a Globo e voltar pra Bandeirantes, para voltar a fazer o Perdidos na Noite;
-Speedy vai ser de graça;
-Ronald Golias vai voltar a encarnar Carlo Bronco Dinossauro;
-o Faith No More vai voltar;
-Vou ser abduzido por ETs e poderei contar fantásticas histórias;
-O mundo vai ser um lugar melhor pra se viver;
-Todas as pessoas que escrevem montanha-russês perderão seus dedos.
NÃO, NÃO, NÃO, NÃO E NÃO!!!!!!!! ... o que vai acontecer é apenas o aumento do diâmetro do meu círculo social. OH, QUE LINDO!
O que seria um "círculo social"? E "aumentar o diâmetro" disso aí? Nada de piadinhas de duplo sentido...
Vamos lá, entrem no Orkut e me
Cliquem aqui e sejam felizes!
PS: Agradeço a Taiz Chuchu que me enviou o convite!
sexta-feira, setembro 24, 2004
Prioridades
O tempo é curto e estamos sempre atrasados. A porra do relógio gira muito rápido pra todos. Relatórios, prova, estudo, o ônibus não passa, o trânsito tá lento, fodeu, o chefe vai me matar, vou tomar bomba na prova... enfim o sistema nos coloca uma lista de prioridades. Viver pros outros.
Tá certo, é difícil fugir, poderiam dizer "pára de falar besteira que pra conseguir viver é assim", "viver pros outros o cacete, e o que você consegue não conta?"... mas o pior disso é que essas coisas ficam em maior prioridade. E nos sobra pouco tempo pra fazer o que realmente deveria ser prioridade pro ser humano: viver pra nós (e pra quem ou o que gostamos também, claro, sem egoísmos). Fazer o que nos agrada. Sentir, gritar, amar, odiar, rir, chorar, enfim, simplesmente viver.
Tá certo, é difícil fugir, poderiam dizer "pára de falar besteira que pra conseguir viver é assim", "viver pros outros o cacete, e o que você consegue não conta?"... mas o pior disso é que essas coisas ficam em maior prioridade. E nos sobra pouco tempo pra fazer o que realmente deveria ser prioridade pro ser humano: viver pra nós (e pra quem ou o que gostamos também, claro, sem egoísmos). Fazer o que nos agrada. Sentir, gritar, amar, odiar, rir, chorar, enfim, simplesmente viver.
terça-feira, setembro 21, 2004
domingo, setembro 19, 2004
Me apedrejem. Eu adoro.
[indignado mode on]
Determinadas pessoas se acham melhores que outras, talvez por serem mais velhas, talvez por acharem que têm mais experiência, talvez por terem conhecimentos em áreas específicas.
Mal sabem elas que, no caixão, não cabe nada disso. Existe uma situação em que todos, sem distinção, são completamente iguais: a morte. Sim. Sua hora, assim como a minha, vai chegar.
Sim, estou falando de alguém em específico: e, pra essa pessoa, um sonoro VAI SE FODER Estou apenas desabafando um pouco nestas linhas.
[indignado continua mode on]
Determinadas pessoas se acham melhores que outras, talvez por serem mais velhas, talvez por acharem que têm mais experiência, talvez por terem conhecimentos em áreas específicas.
Mal sabem elas que, no caixão, não cabe nada disso. Existe uma situação em que todos, sem distinção, são completamente iguais: a morte. Sim. Sua hora, assim como a minha, vai chegar.
[indignado continua mode on]
sábado, setembro 18, 2004
Dos direitos inalienáveis dos cidadãos e cidadãs
1. Todo cidadão tem o direito a uma cagada diária.
2. Todo cidadão tem o direito a xingar e falar palavrões, por mero motivo de alivio de estresse.
3. Todo cidadão tem o direito a um porre às sextas-feiras.
4. Todo cidadão tem o direito a um chefe (ou professor) chato.
5. Todo cidadão tem o direito de desligar a TV.
6. Todo cidadão tem o direito de jogar um jogo que lhe satisfaça, ou não jogar nada.
7. Todo cidadão tem o direito de acesso à Internet.
8. Todo cidadão tem o direito a um blog.
Parágrafo único: todo cidadão que tiver um blog tem o direito de ser esculhambado, caso o mesmo seja tosco, ou contiver dizeres fOwFoX eXcRiThUs aXxIm.
9. Todo cidadão tem direito a falar um monte de baboseiras, quando lhe for conveniente.
10. Todo cidadão tem o direito à falta de criatividade repentina, sem prévio aviso ou comunicação.
2. Todo cidadão tem o direito a xingar e falar palavrões, por mero motivo de alivio de estresse.
3. Todo cidadão tem o direito a um porre às sextas-feiras.
4. Todo cidadão tem o direito a um chefe (ou professor) chato.
5. Todo cidadão tem o direito de desligar a TV.
6. Todo cidadão tem o direito de jogar um jogo que lhe satisfaça, ou não jogar nada.
7. Todo cidadão tem o direito de acesso à Internet.
8. Todo cidadão tem o direito a um blog.
Parágrafo único: todo cidadão que tiver um blog tem o direito de ser esculhambado, caso o mesmo seja tosco, ou contiver dizeres fOwFoX eXcRiThUs aXxIm.
9. Todo cidadão tem direito a falar um monte de baboseiras, quando lhe for conveniente.
10. Todo cidadão tem o direito à falta de criatividade repentina, sem prévio aviso ou comunicação.
quinta-feira, setembro 16, 2004
Você tem o direito de... que direito?
Nessa merda de mundo atual a vida nada mais é que um jogo. Sim, um joguinho de tabuleiro com certas regras. Onde uma delas, talvez a mais importante, é não ter opinião própria.
Pra que pensar? Deixe que a mídia pense por você. A TV te dirá o melhor jeito de viver, o que comer e beber, como se comportar na sociedade; o rádio dirá o que deve ouvir, os lugares onde você deve ir; os portais de internet te dirão o tipo de informação que você deve ler. A escola, então, te ensinará a ser um perfeito não-crítico.
E assim, conforme o tempo irá passar, você vai se esquecer de todos aqueles sonhos idiotas. Aquelas coisas em que você pensou quando era mais novo, as causas pelas quais você quis lutar, talvez um mundo melhor? Besteira! O mundo é de quem tem posses, já dizia nossa família. Mais vale uma casa na praia do que estas linhas que eu escrevo. Mais vale o cartão de crédito do papai (pra quem tem papai) do que um cérebro. Mais vale uma roupa nova do shopping, um tênis de 500 reais, do que um amigo que te ouça mesmo quando você está no extremo da tristeza, dizendo coisas escabrosas.
Enfim, o Big Brother estará nos observando nas esquinas; Albert Einstein será apenas o nome de um hospital pra endinheirados em São Paulo; o direito às opiniões controversas de Voltaire, ah, quem vai lembrar dele? E o nome de René Descartes, quando citado, será respondido com um sonoro "é di comê?".
E a máxima dessa nova "filosofia da razão" será: ACEITO, LOGO EXISTO.
Pra que pensar? Deixe que a mídia pense por você. A TV te dirá o melhor jeito de viver, o que comer e beber, como se comportar na sociedade; o rádio dirá o que deve ouvir, os lugares onde você deve ir; os portais de internet te dirão o tipo de informação que você deve ler. A escola, então, te ensinará a ser um perfeito não-crítico.
E assim, conforme o tempo irá passar, você vai se esquecer de todos aqueles sonhos idiotas. Aquelas coisas em que você pensou quando era mais novo, as causas pelas quais você quis lutar, talvez um mundo melhor? Besteira! O mundo é de quem tem posses, já dizia nossa família. Mais vale uma casa na praia do que estas linhas que eu escrevo. Mais vale o cartão de crédito do papai (pra quem tem papai) do que um cérebro. Mais vale uma roupa nova do shopping, um tênis de 500 reais, do que um amigo que te ouça mesmo quando você está no extremo da tristeza, dizendo coisas escabrosas.
Enfim, o Big Brother estará nos observando nas esquinas; Albert Einstein será apenas o nome de um hospital pra endinheirados em São Paulo; o direito às opiniões controversas de Voltaire, ah, quem vai lembrar dele? E o nome de René Descartes, quando citado, será respondido com um sonoro "é di comê?".
E a máxima dessa nova "filosofia da razão" será: ACEITO, LOGO EXISTO.
quarta-feira, setembro 15, 2004
sábado, setembro 11, 2004
11/09
Hoje é um dia que, mesmo que muitos queiram, não é normal. A fumaça que sai das chaminés da fábrica vizinha me lembra a expelida pelas torres em chamas. Muitos sensitivos disseram ver rostos em meio à fumaça da morte.Vejo de novo a foto das torres ardendo, e de repente, em meio à nuvem negra, vejo a imagem de... GEORGE W. BUSH!!!!
A mentira tem pernas curtas. A História comprova os fatos. A verdade tarda, mas não falha. E, num futuro a médio prazo, todos teremos certeza dos reais motivos pelos quais aqueles aviões desviaram suas rotas: os escusos interesses da administração norte-americana no petróleo do Oriente.
Figura de topo nova em homenagem aos atentados de 11 de setembro de 2001. Que as vítimas descansem em paz.
A mentira tem pernas curtas. A História comprova os fatos. A verdade tarda, mas não falha. E, num futuro a médio prazo, todos teremos certeza dos reais motivos pelos quais aqueles aviões desviaram suas rotas: os escusos interesses da administração norte-americana no petróleo do Oriente.
Figura de topo nova em homenagem aos atentados de 11 de setembro de 2001. Que as vítimas descansem em paz.
quinta-feira, setembro 09, 2004
Repúdio em poucas linhas
Os portais de internet são a meca da informação inútil, e do tratamento de seus visitantes como idiotas.
Por isso eu prefiro ler blogs.
Por isso eu prefiro ler blogs.
terça-feira, setembro 07, 2004
Hoje você escolhe
Hoje o leitor escolhe o tema, e o post será nos comentários porque eu não tô com o mínimo de inspiração pra postar nessa merda:
1) Independência de quê? O Brasil ficou independente de Portugal mas ainda depende do capital estrangeiro;
2) Como sobreviver à programação vespertina da TV brasileira;
3) Puta merda, falta do que falar é foda e esse cara só escreve merda;
4) Todas as anteriores;
5) Nenhuma das anteriores.
1) Independência de quê? O Brasil ficou independente de Portugal mas ainda depende do capital estrangeiro;
2) Como sobreviver à programação vespertina da TV brasileira;
3) Puta merda, falta do que falar é foda e esse cara só escreve merda;
4) Todas as anteriores;
5) Nenhuma das anteriores.
domingo, setembro 05, 2004
Yeah, I'm a fuckin' addict
Sempre tive uma relação muito íntima com a música. Talvez por isso, e pelo meu jeito de ver as coisas, que às vezes escrevo coisas que agradam a uns, e desagradam a outros.
Mas como não estou aqui pra agradar a ninguém e somente satisfazer meu ego (que é do tamanho de um ônibus articulado), falo o que me der na telha.
Sou viciado em basicamente duas coisas: Internet e música. E da junção dessas duas saem coisas maravilhosas. A Internet abriu horizontes sem precedentes pra músicos independentes divulgarem seu trabalho. E mesmo pros músicos não-independentes, mas nem por isso ruins, disponibilizarem seu trabalho pros outros conhecerem.
Se um dia eu conseguir lançar um disco, vou escrever na capa: "Distribuição pela Internet em formato MP3, sem fins lucrativos, livre de cobrança de direitos autorais". Ou seja: "baixem todos os MP3 e distribuam de graça"!
Meio pretensioso, não?
Mas como não estou aqui pra agradar a ninguém e somente satisfazer meu ego (que é do tamanho de um ônibus articulado), falo o que me der na telha.
Sou viciado em basicamente duas coisas: Internet e música. E da junção dessas duas saem coisas maravilhosas. A Internet abriu horizontes sem precedentes pra músicos independentes divulgarem seu trabalho. E mesmo pros músicos não-independentes, mas nem por isso ruins, disponibilizarem seu trabalho pros outros conhecerem.
Se um dia eu conseguir lançar um disco, vou escrever na capa: "Distribuição pela Internet em formato MP3, sem fins lucrativos, livre de cobrança de direitos autorais". Ou seja: "baixem todos os MP3 e distribuam de graça"!
Meio pretensioso, não?
quinta-feira, setembro 02, 2004
E eu é que sou doido?
A porra do vestibular. Chega meio de ano e todos ficam malucos. Deixam de fazer o que gostam pra se preparar, pra competir nessa verdadeira Olimpíada.
É justo uma pessoa ter que decidir o que vai fazer da vida com 17, 18 anos?
Por favor, parem o mundo no próximo ponto, que eu quero descer. Tô ficando tonto.
E o pior é que, quando acabar, o maluco sou eu!!! (parafraseando o Raulzito, que o capeta o tenha)
É justo uma pessoa ter que decidir o que vai fazer da vida com 17, 18 anos?
Por favor, parem o mundo no próximo ponto, que eu quero descer. Tô ficando tonto.
E o pior é que, quando acabar, o maluco sou eu!!! (parafraseando o Raulzito, que o capeta o tenha)
segunda-feira, agosto 30, 2004
O OBSERVADOR
São Paulo é uma cidade do caralho. Um lugar onde tudo é legal e as relações são intensas.
Como por exemplo essa que vou descrever agora, que não durou mais que dois minutos.
Fui resolver algumas coisas na minha cidade natal. Tava lá eu, no metrô, meio cheio e algumas pessoas de pé, inclusive eu, logo que entrei na estação Marechal. No banco bem atrás de mim, duas senhoras de meia-idade, conversando pacificamente.
(senhora de saiona até o tornozelo e cabelo até a bunda) - Pois é, pra aceitar a divina misericórdia a senhora deve começar parando de usar essas coisas mundanas; cabelo curto, calça comprida? Deus não gosta disso.
(senhora com cara de normal) - Ah, quer dizer que por causa do meu cabelo e do que eu visto eu vou pro inferno? VÁ PRA PUTA QUE PARIU!
E a senhora que xingou se levantou, e seguiu viagem de pé. A outra ficou sentada, com cara de tacho. E o lugar ao lado dela, vazio.
E esse lugar vazio, único lugar do vagão inteiro que estava vazio, ficou vazio até a Sé, que foi onde eu desci.
Que gente mais doida, não?
Como por exemplo essa que vou descrever agora, que não durou mais que dois minutos.
Fui resolver algumas coisas na minha cidade natal. Tava lá eu, no metrô, meio cheio e algumas pessoas de pé, inclusive eu, logo que entrei na estação Marechal. No banco bem atrás de mim, duas senhoras de meia-idade, conversando pacificamente.
(senhora de saiona até o tornozelo e cabelo até a bunda) - Pois é, pra aceitar a divina misericórdia a senhora deve começar parando de usar essas coisas mundanas; cabelo curto, calça comprida? Deus não gosta disso.
(senhora com cara de normal) - Ah, quer dizer que por causa do meu cabelo e do que eu visto eu vou pro inferno? VÁ PRA PUTA QUE PARIU!
E a senhora que xingou se levantou, e seguiu viagem de pé. A outra ficou sentada, com cara de tacho. E o lugar ao lado dela, vazio.
E esse lugar vazio, único lugar do vagão inteiro que estava vazio, ficou vazio até a Sé, que foi onde eu desci.
Que gente mais doida, não?
domingo, agosto 29, 2004
UTILIDADE PÚBLICA
Como eu sou muito do legalzinho, resolvi disponibilizar aqui a tag que funcionou por aqui pra mandar aquela barrinha do Blogger à merda.
É só clicar aqui e tentar. Obs: o arquivo está zipado .
É o Só Terror fazendo a sua vida mais divertida. DUH!
É só clicar aqui e tentar. Obs: o arquivo está zipado .
É o Só Terror fazendo a sua vida mais divertida. DUH!
sexta-feira, agosto 27, 2004
quinta-feira, agosto 26, 2004
?????
Tá. Eu sempre soube que isso existia. Não é novidade. Mas hoje, isso me pegou de um jeito tal que deu raiva.
Mexendo no computador, a tv ligada pro Abreu (Conhece? NEM EU!) assistir, programa do Jô e um pianista cego dando entrevista. A conexão problemática e eu metido com os fios da linha de telefone.
No momento em que minha atenção auditiva estava voltada pra entrevista, subitamente surge a pergunta:
(Jô) - Você também compõe?
(Entrevistado) - Não, eu não fiz curso de composição.
Tomei um choque, não com os fios, mas com a resposta. Tudo bem, como eu disse lá em cima sempre soube que existe curso superior de Música com ênfase em arranjo e composição (assim como regência e orquestração e etc), mas como talvez hoje meu humor não esteja dos melhores,gritei falei sozinho:
- CARALHO! ENTÃO QUER DIZER QUE SE EU NÃO SEI PICAS DE COMPOSIÇÃO, SE NÃO SEI NEM RIMAR "BOLA" COM "COLA", UM CURSO VAI ME TRANSFORMAR NUM COMPOSITOR? NEM FODENDO!
Passado o ato puramente instintivo, voltei à razão e comecei a pensar mais sobre isso.
O ato de compor pode até ser aprendido em uma universidade. Pode-se juntar alguma teoria, um pouco de psicologia, e transformar o cara num exímio rimador destruidor de corações. MAS, a verdadeira composição, é aquela que vem de dentro. Pode ser do coração ou mesmo dos intestinos. O OFÍCIO de compor é bem diferente da ARTE de compor.
Muitos fatores levam alguém a gostar de música. Muitos levam alguém a escrever. Compor. Composição não é só música. É texto, é fala, discurso, relacionamento, a vida é compor! Blogs são composições, sendo dentre estas algumas com extrema qualidade, outras nem tanto (como o meu).
Como alguns profissionais de comunicação falam que "escritores independentes banalizam o ofício de jornalista", eu digo que "compositores profissionais banalizam a arte".
Tá, é opção de cada um. Mas essa é a minha opinião depseudo-músico e ninguém muda.
Mexendo no computador, a tv ligada pro Abreu (Conhece? NEM EU!) assistir, programa do Jô e um pianista cego dando entrevista. A conexão problemática e eu metido com os fios da linha de telefone.
No momento em que minha atenção auditiva estava voltada pra entrevista, subitamente surge a pergunta:
(Jô) - Você também compõe?
(Entrevistado) - Não, eu não fiz curso de composição.
Tomei um choque, não com os fios, mas com a resposta. Tudo bem, como eu disse lá em cima sempre soube que existe curso superior de Música com ênfase em arranjo e composição (assim como regência e orquestração e etc), mas como talvez hoje meu humor não esteja dos melhores,
- CARALHO! ENTÃO QUER DIZER QUE SE EU NÃO SEI PICAS DE COMPOSIÇÃO, SE NÃO SEI NEM RIMAR "BOLA" COM "COLA", UM CURSO VAI ME TRANSFORMAR NUM COMPOSITOR? NEM FODENDO!
Passado o ato puramente instintivo, voltei à razão e comecei a pensar mais sobre isso.
O ato de compor pode até ser aprendido em uma universidade. Pode-se juntar alguma teoria, um pouco de psicologia, e transformar o cara num exímio rimador destruidor de corações. MAS, a verdadeira composição, é aquela que vem de dentro. Pode ser do coração ou mesmo dos intestinos. O OFÍCIO de compor é bem diferente da ARTE de compor.
Muitos fatores levam alguém a gostar de música. Muitos levam alguém a escrever. Compor. Composição não é só música. É texto, é fala, discurso, relacionamento, a vida é compor! Blogs são composições, sendo dentre estas algumas com extrema qualidade, outras nem tanto (como o meu).
Como alguns profissionais de comunicação falam que "escritores independentes banalizam o ofício de jornalista", eu digo que "compositores profissionais banalizam a arte".
Tá, é opção de cada um. Mas essa é a minha opinião de
terça-feira, agosto 24, 2004
DE NOVO PE&$#^*#^$$#@$&@$##@%##no carrier
Quem entra no mundo da banda larga no estado de São Paulo sempre acha que vai cair num mundinho colorido, um mar de rosas.
2133 assinantes com problemas no momento em sua região. A previsão para estarmos normalizando é de oito horas.
Essa foi a resposta da mocinha da Telefônica quando, pela décima primeira vez, liguei pro suporte técnico essa semana.
Porra, foi assim em São Paulo, quando assinei pela primeira vez o serviço de banda larga deles (ainda na época do Megavia); cancelei, assinei de novo quando disseram que melhorou, mas caía o sincronismo toda hora, parava de responder, erro de DNS e tal. Depois de uma época melhorou um pouco, mas pelo menos uma vez por semana tinha que ligar pro suporte e ouvir que "estaremos verificando" o caralho a quatro.
Pensam que aqui foi diferente??? Ha ha ha!
Por isso que, nesse momento, estou fazendo a minha mais inflamada declaração derepúdio amor a esta empresa de telecomunicações que, além de nos fazer assinar provedores inúteis com conteúdos maravilhosos, nos proporciona momentos de verdadeira vontade de dar com a cabeça na parede emoção.
TELEFÔNICA, VAI TOMAR NO CU!
P.S.: O maior problema, é que nessa merda de cidade do interior em que eu moro, não tem outra opção de conexão à internet rápida (hahaha, que piada), e pro que eu uso a internet, nos horários que eu a uso, conexão discada não dá.
2133 assinantes com problemas no momento em sua região. A previsão para estarmos normalizando é de oito horas.
Essa foi a resposta da mocinha da Telefônica quando, pela décima primeira vez, liguei pro suporte técnico essa semana.
Porra, foi assim em São Paulo, quando assinei pela primeira vez o serviço de banda larga deles (ainda na época do Megavia); cancelei, assinei de novo quando disseram que melhorou, mas caía o sincronismo toda hora, parava de responder, erro de DNS e tal. Depois de uma época melhorou um pouco, mas pelo menos uma vez por semana tinha que ligar pro suporte e ouvir que "estaremos verificando" o caralho a quatro.
Pensam que aqui foi diferente??? Ha ha ha!
Por isso que, nesse momento, estou fazendo a minha mais inflamada declaração de
TELEFÔNICA, VAI TOMAR NO CU!
P.S.: O maior problema, é que nessa merda de cidade do interior em que eu moro, não tem outra opção de conexão à internet rápida (hahaha, que piada), e pro que eu uso a internet, nos horários que eu a uso, conexão discada não dá.
domingo, agosto 22, 2004
GANHAMOS UMA MEDALHA DE PAPELÃO
O Brasil está meio mal das pernas nessas olimpíadas. Bom, o Brasil nunca foi uma potência olímpica, não por falta de atletas de qualidade, mas por falta de INVESTIMENTO das pessoas que têm grana: governo e patrocinadores.
Ahhh, mas o nosso futebol é pentacampeão!
E o Brasil continua sendo a "pátria de chuteiras", mesmo que a seleção não esteja nos jogos olímpicos. Afinal, "goleamos de 6 a 0 o Haiti, um país mais desgraçado que o nosso"!
Futebol e cerveja gelada no domingo, pra esquecer do chefe chato, da conta atrasada, da falta de VONTADE de mudar as coisas... será que é isso que o nosso povo precisa?
Infelizmente a geração de nossos pais (ainda que haja exceções) não foi ensinada a CRITICAR.
Na verdade nós também não, mas acabamos aprendendo sozinhos. Por que isso?
Essa pergunta não tem uma "resposta absoluta". Cada um de nós teve seus motivos particulares. E não cabe a nós discutir os motivos; e sim ver o que podemos fazer daqui pra frente.
Ou então, daqui a um tempo, darmos um par de chuteiras pros nossos filhos, e torcer pra que virem "jogadô de Seleção" e nos sustentem em nossa velhice.
Ahhh, mas o nosso futebol é pentacampeão!
E o Brasil continua sendo a "pátria de chuteiras", mesmo que a seleção não esteja nos jogos olímpicos. Afinal, "goleamos de 6 a 0 o Haiti, um país mais desgraçado que o nosso"!
Futebol e cerveja gelada no domingo, pra esquecer do chefe chato, da conta atrasada, da falta de VONTADE de mudar as coisas... será que é isso que o nosso povo precisa?
Infelizmente a geração de nossos pais (ainda que haja exceções) não foi ensinada a CRITICAR.
Na verdade nós também não, mas acabamos aprendendo sozinhos. Por que isso?
Essa pergunta não tem uma "resposta absoluta". Cada um de nós teve seus motivos particulares. E não cabe a nós discutir os motivos; e sim ver o que podemos fazer daqui pra frente.
Ou então, daqui a um tempo, darmos um par de chuteiras pros nossos filhos, e torcer pra que virem "jogadô de Seleção" e nos sustentem em nossa velhice.
sexta-feira, agosto 20, 2004
SUAS VIDAS IRÃO MUDAR
Senhoras e senhores visitantes dessa privada desse blog, é com imensurável prazer que anuncio a criação de um novo empreendimento que irá revolucionar a Internet.
Agora sim, sua Internet nunca mais será a mesma (sem plagiar o spot do Speedy, é claro).
Aguardem.
Antes que eu me esqueça, tchauzinho, barrinha do Blogger.
Agora sim, sua Internet nunca mais será a mesma (sem plagiar o spot do Speedy, é claro).
Aguardem.
Antes que eu me esqueça, tchauzinho, barrinha do Blogger.
quarta-feira, agosto 18, 2004
Há muita coisa a ser dita sobre o FAITH NO MORE:
- Que eles foram a maior banda de todos os tempos;
- Que iniciaram a fusão de elementos do heavy metal com o som dançante do funk e groove;
- Que serviram de influência básica pra todo esse movimento nu metal de hoje;
- Que Mike Patton é o rei das bizarrices e um exemplo de performance;
- Várias outras coisas que não caberiam nesse blog.
Enfim, se hoje vocês ouvem coisas de qualidade (mesmo que em pouca quantidade, o lixo ainda predomina) no rádio, como por exemplo: System of a Down, Incubus, Deftones (já velhacos mas amplamente influenciados), Nine Inch Nails (idem), Slipknot e outros, agradeçam a Mike, Puffy, Billy, Roddy e Jim.
segunda-feira, agosto 16, 2004
AGORA TÁ TUDO CLARO
Eu sabia que o Tico Santa Cruz e o Chorão tinham algo em comum além de fazerem música ruim.
Vejam a nova propaganda da promoção das tais garrafinhas das olimpíadas e tirem suas conclusões.
Vejam a nova propaganda da promoção das tais garrafinhas das olimpíadas e tirem suas conclusões.
DON'T ADVERTISE HERE
Enquanto isso, eu e a nova barrinha do Blogger vamos convivendo, quase que pacificamente.
Até eu conseguir tirar essa porra daqui de cima.
Até eu conseguir tirar essa porra daqui de cima.
domingo, agosto 15, 2004
COISAS E MAIS COISAS
Enfim, o domingo (hunf), que o que mais gosto nele é ser um dia de folga. Uns probleminhas com a CPFL, o vizinho não pagou as contas de luz e cortaram a luz da minha casa por engano, é claro que mandei alguns tomarem em seus respectivos cus. Trabalho demais, mas enfim, sobrevivi a mais uma semana.
E o melhor de tudo:
Minha banda larga vem aí. Nada queum mês comendo miojo e andando só de busão R$144,60 não resolvam.
E vou ver os saltos sobre o cavalo na televisão. Hunf.
E o melhor de tudo:
Minha banda larga vem aí. Nada que
E vou ver os saltos sobre o cavalo na televisão. Hunf.
quarta-feira, agosto 11, 2004
MARAVILHAS DA ERA CONTEMPORÂNEA
Eu simplesmente amo as novas tecnologias.
Telefones que chiam, fornos elétricos que não esquentam, celulares cuja bateria dura duas horas depois de carregada (sem usa-lo!), automóveis que não pegam...
Mas o mais maravilhoso são os computadores e seus sistemas operacionais. Simplesmente A-DO-RO a Microsoft. Ela que nos proporciona a maioria das emoções cibernéticas.
Qual seria a graça se, ao abrirmos aquela página pesadíssima, a nossa linha discada não caísse ou o Windows não desse pau??
A vida sem essas emoções seria uma droga. Definitivamente.
Postado a 24000 bps, de um computador arcaico via
domingo, agosto 08, 2004
CICLOS
Quantas vezes as pessoas não quiseram mudar alguma coisa, e pararam no meio do caminho?
Quantas vezes quisemos fazer algo, e desistimos? Não importa o que seja?
Pelos mais diversos motivos: não há tempo, tenho que estudar pro vestibular, acho que não vale a pena, não é coisa mais pra minha idade...
Os ciclos terminam. E as coisas vão perdendo o brilho. Vem a tal responsabilidade. Horários, regras, contas, família.
E as coisas vão perdendo o brilho. Dizem que é uma tendência.
Tenho muito medo disso, pois às vezes me sinto um pouco cansado.
Enfim, acabei postando isso. Não dá pra fugir da realidade mesmo...
Quantas vezes quisemos fazer algo, e desistimos? Não importa o que seja?
Pelos mais diversos motivos: não há tempo, tenho que estudar pro vestibular, acho que não vale a pena, não é coisa mais pra minha idade...
Os ciclos terminam. E as coisas vão perdendo o brilho. Vem a tal responsabilidade. Horários, regras, contas, família.
E as coisas vão perdendo o brilho. Dizem que é uma tendência.
Tenho muito medo disso, pois às vezes me sinto um pouco cansado.
Enfim, acabei postando isso. Não dá pra fugir da realidade mesmo...
sábado, agosto 07, 2004
A IMAGEM DAS BESTAS PARTE 2
...mas nada como ter um servidor proxy fora do Brasil sempre à mão pra enganar a máquina...
http://www.fotolog.net/soterror
http://www.fotolog.net/soterror
A IMAGEM DAS BESTAS
Estava eu aqui, feliz da vida com minha nova webcam que tira foto via um software instalado no pc, igualzinho criança quando ganha doce de São Cosme e Damião, quando tive uma brilhante idéia:
- Por que não criar um fotolog?
e lá fui eu clicar em fotolog.net e create. Súbito apareceu a página dizendo que brasileiros só podem criar oitocentos flogs por dia. E a cota estava esgotada, e eu precisaria pagar 5 doletas por mês pra ter o meu.
Será que é por causa dos nossos 250.000 flogs contra só 32.000 dos inventores da idéia?
Tadinhos... tão invejosos!
- Por que não criar um fotolog?
e lá fui eu clicar em fotolog.net e create. Súbito apareceu a página dizendo que brasileiros só podem criar oitocentos flogs por dia. E a cota estava esgotada, e eu precisaria pagar 5 doletas por mês pra ter o meu.
Será que é por causa dos nossos 250.000 flogs contra só 32.000 dos inventores da idéia?
Tadinhos... tão invejosos!
quinta-feira, agosto 05, 2004
GADO
Não sei o porquê mas liguei a TV na tarde do sábado passado. Bem na hora que estava começando o programa do infame Luciano Huck.
Logo de cara um dramalhão. O coitado tinha perdido o emprego e estava trabalhando de motorista de lotação, mas roubaram sua perua; acharam a mesma toda despedaçada. Tava devendo pra Deus e o mundo, os164 cinco filhos passando fome, a casa caindo aos pedaços, enfim, na merda.
Então, pra ganhar o prêmio de não sei quantos mil reais, o cara tinha que acertar nãoseioquê com dez tentativas. Acertou, chorou, o apresentador derramou lágrimas de colírio, tocou a musiquinha de emoção e todos ficaram felizes para sempre.
Oh, Pai das Luzes, obrigado por termos emissoras como a Globo!
P.S.: Achei que este site tinha sido extinto, mas felizmente continua bem vivo, só mudou de endereço. Entrem e conheçam mais sobre a nossa querida emissora de TV.
Logo de cara um dramalhão. O coitado tinha perdido o emprego e estava trabalhando de motorista de lotação, mas roubaram sua perua; acharam a mesma toda despedaçada. Tava devendo pra Deus e o mundo, os
Então, pra ganhar o prêmio de não sei quantos mil reais, o cara tinha que acertar nãoseioquê com dez tentativas. Acertou, chorou, o apresentador derramou lágrimas de colírio, tocou a musiquinha de emoção e todos ficaram felizes para sempre.
Oh, Pai das Luzes, obrigado por termos emissoras como a Globo!
P.S.: Achei que este site tinha sido extinto, mas felizmente continua bem vivo, só mudou de endereço. Entrem e conheçam mais sobre a nossa querida emissora de TV.
terça-feira, agosto 03, 2004
PULÍTIQUIA
Ano eleitoral. Mesma merda de sempre. Os caras Vêm no teu bairro e apertam a tua mão, e você ouve todas aquelas mentiras e asneiras, dizendo que se a gestão anterior não asfaltou aquela rua ele vai asfaltar (detalhe: o candidato que está no poder disse a mesma coisa há quatro anos), blá blá blá, e você louco pra ter uma automática na mão ele ir embora logo, e mais blábláblá, e um monte de pessoas emporcalhando a rua e o quintal da frente da sua casa com os santinhos dos políticos.
Quem dera o voto não fosse eletrônico na época das eleições presidenciais. Tudo bem que o que conta são apenas votos válidos, mas a quantidade de votos que um só candidato iria ter ganho poderia ter assustado as "otoridades" e fazê-las pensar um pouco sobre a situação do País.
Quem dera o voto não fosse eletrônico na época das eleições presidenciais. Tudo bem que o que conta são apenas votos válidos, mas a quantidade de votos que um só candidato iria ter ganho poderia ter assustado as "otoridades" e fazê-las pensar um pouco sobre a situação do País.
E aí, Malufão, vai encará?
segunda-feira, agosto 02, 2004
DICAS DE LIMPEZA
Pesquisas apontam que a maioria dos acidentes graves envolvendo automóveis no perímetro urbano das grandes metrópoles, à noite e nos fins de semana, são provocados por condutores na faixa entre 18 e 23 anos, de classe média-alta, que ganharam o veículo dos pais. Muitas vezes os condutores não têm a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Automóveis, dos mais rápidos, são ótimos presentes a ser dados a pseudo-revoltados-filhinhos-de-papai-semi-analfabetos ou pattys-nojentas-metidas-histéricas-que-usam-linguagem-montanha-russa.
Ainda há muitos postespara serem derrubados nas grandes cidades. Graças a Deus.
Automóveis, dos mais rápidos, são ótimos presentes a ser dados a pseudo-revoltados-filhinhos-de-papai-semi-analfabetos ou pattys-nojentas-metidas-histéricas-que-usam-linguagem-montanha-russa.
Ainda há muitos postes
sábado, julho 31, 2004
O DIA EM QUE AS MÁQUINAS VIRARAM AO CONTRÁRIO
Dormiu bem. Acordou e olhou tudo, era estranho. Estava escuro. Foi à sala e ligou a TV, que na verdade, estava ligada, e desligou.Na cozinha, a mulher, estranhamente, colocava o prato quente no microondas, e o mesmo saía frio. Direto para os potes de plástico que se guarda na geladeira.
Resolveu sair pra trabalhar. Como estava escuro, não sabia se estava atrasado; tinha o péssimo(?) costume de odiar relógios. Sempre acordou sozinho, adivinhava as horas com precisão de segundos. Ao ligar o automóvel, percebeu que o barulho estava diferente; olhou para o escapamento e viu a fumaça entrar em vez de sair. Engatou a primeira; e o carro andou, para trás.
Pegou a avenida, depois a marginal. Achava estranho, mas tudo parecia tão normal: todos os carros estavam andando de ré, os ônibus, as pessoas entravam por trás e saíam pela frente. Como se por toda sua vida fosse assim.
Ao chegar na fábrica de pregos, viu o fax que recebeu. Entrando no aparelho, e se enrolando na bobina. Em sua máquina, o mais absurdo: entravam pregos e saíam pedaços brutos de ferro.
O dia começou a clarear.
Cafés que, subitamente, entravam nas garrafas térmicas. O seu cigarro, começava pela bituca, acabava apagado, e ele o guardava no maço de novo. Então foi ao restaurante, hora do almoço. O mesmo self-service, a mesma hora: duas e quatorze. As pessoas tiravam a comida da boca e depositavam nos pratos, depois punham tudo nas bandejas, devolviam os pratos limpos e recebiam seu vale-refeição.
Achou nojento. Mas com ele não foi diferente. E parecia tudo normal.
De novo, trabalho. Mais pregos entrando, e lingotes saindo. Cafés voadores, desafiando a lei da gravidade. Canetas que se enchiam de tinta conforme se ia desescrevendo os papéis.Voltou pra casa. O carro não quis ir pra frente de novo. Sempre de ré.
Então viu, pela janela, o metrô, que passava por entre as duas pistas da avenida: em vez de ir, vinha. Esvaziando. Finalmente em casa, quando o despertador tocou ao contrário (ele odiava despertadores, mas a mulher insistia:"benzinho, emprego tá difícil, e se você perde a hora?") percebeu que era hora de dormir.
Mas não dormiu. Acordou. Para dormir, de novo, às vinte e duas horas do dia de ontem.
Resolveu sair pra trabalhar. Como estava escuro, não sabia se estava atrasado; tinha o péssimo(?) costume de odiar relógios. Sempre acordou sozinho, adivinhava as horas com precisão de segundos. Ao ligar o automóvel, percebeu que o barulho estava diferente; olhou para o escapamento e viu a fumaça entrar em vez de sair. Engatou a primeira; e o carro andou, para trás.
Pegou a avenida, depois a marginal. Achava estranho, mas tudo parecia tão normal: todos os carros estavam andando de ré, os ônibus, as pessoas entravam por trás e saíam pela frente. Como se por toda sua vida fosse assim.
Ao chegar na fábrica de pregos, viu o fax que recebeu. Entrando no aparelho, e se enrolando na bobina. Em sua máquina, o mais absurdo: entravam pregos e saíam pedaços brutos de ferro.
O dia começou a clarear.
Cafés que, subitamente, entravam nas garrafas térmicas. O seu cigarro, começava pela bituca, acabava apagado, e ele o guardava no maço de novo. Então foi ao restaurante, hora do almoço. O mesmo self-service, a mesma hora: duas e quatorze. As pessoas tiravam a comida da boca e depositavam nos pratos, depois punham tudo nas bandejas, devolviam os pratos limpos e recebiam seu vale-refeição.
Achou nojento. Mas com ele não foi diferente. E parecia tudo normal.
De novo, trabalho. Mais pregos entrando, e lingotes saindo. Cafés voadores, desafiando a lei da gravidade. Canetas que se enchiam de tinta conforme se ia desescrevendo os papéis.Voltou pra casa. O carro não quis ir pra frente de novo. Sempre de ré.
Então viu, pela janela, o metrô, que passava por entre as duas pistas da avenida: em vez de ir, vinha. Esvaziando. Finalmente em casa, quando o despertador tocou ao contrário (ele odiava despertadores, mas a mulher insistia:"benzinho, emprego tá difícil, e se você perde a hora?") percebeu que era hora de dormir.
Mas não dormiu. Acordou. Para dormir, de novo, às vinte e duas horas do dia de ontem.
sexta-feira, julho 30, 2004
MEDO
Como a independência gera medo!!!
Medo de quem detém o poder. Principalmente o cultural, mais especificamente falando dos detentores de direitos de direitos autorais (isso mesmo, direitos de direitos autorais: aqueles que possuem o direito de comercialização de obras com direito autoral), as grandes gravadoras. Agora parece que esse terror está se parecendo mais ainda com terror pra quem manipula a informação absorvida pelas massas, a indústria de jornalismo musical.
No mínimo interessante uma reportagem lida no Observatório da Imprensa (observatorio.ultimosegundo.ig.com.br) de um jornalista chamado Rodney Brocanelli. Pelo que me parece o mesmo escreve também em mídias ligadas à música em si. Bom, vamos ao que importa: não deu pra entender direito se o cara colocou um ponto contra ou a favor, ou as duas coisas ao mesmo tempo (algo comum na mídia hoje pra confundir as pessoas), quando citou que a revolução do mp3 criou uma "nova vítima": a imprensa especializada em música, tão manipuladora e maniqueísta como as famigeradas gravadoras.
Vamos a alguns trechos da reportagem:
"Depois de provocar estragos à indústria do disco, o Mp3 (arquivos de áudio com qualidade próxima à do CD) parece estar fazendo uma nova vítima: o jornalismo musical. Pelo menos este é o diagnóstico de nove entre 10 especialistas no assunto(...)"
"(...)quem não compra CD dificilmente comprará revistas que falam de música."
"De qualquer forma, parece que dois vilões dessa crise que assola o jornalismo musical já são conhecidos: os blogs e os e-zines. Para um certo articulista da revista Rock Press, eles 'são elementos que contribuem para a completa banalização do ofício de jornalista musical'."
É, meus caros... com certeza é indignante pra qualquer um que gastou mais de 30 mil reais em seus quatro anos de faculdade de jornalismo ver que qualquer pessoa que esteja com um computador ao alcance das mãos possa publicar na internet o que quiser, pra quantos que quiserem ler.A internet não é democrática, é mais que isso: LIVRE. Todos têm o direito de expressar suas idéias, pra quem quiser ler, doa a quem doer. E mais ainda que isso: TODOS QUE LÊEM PODEM ESCOLHER O QUE QUEREM LER.
Com certeza, quem não compra CD está cagando pras revistas de música. Quem baixa música na internet vai é fazer suas próprias críticas e ler as críticas e resenhas de quem realmente interessa: o ouvinte comum, assim como ele que baixa a música.
É a revolução silenciosa. A nossa revolução. Comendo pelas beiradas.
Vou fazer um paralelo (que pode até ser meio nada a ver mas serve só pra ilustrar) com um fato ocorrido na década de 80, onde o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, falou brincando, antes de um pronunciamento oficial, que "acabava de aprovar uma lei que acabaria de vez com a União Soviética, e que começariam a bombardear em cinco minutos". A brincadeira foi ao ar sem querer. Hoje nós é que fazemos esse pronunciamento: acabamos de aprovar uma lei nossa, uma lei não-oficial, que vai acabar de vez com a dominação das massas: a lei da "expressão não-acadêmica", a voz dos que não fizeram faculdade de comunicação.
Desta vez não é brincadeira. E já estamos bombardeando.
Medo de quem detém o poder. Principalmente o cultural, mais especificamente falando dos detentores de direitos de direitos autorais (isso mesmo, direitos de direitos autorais: aqueles que possuem o direito de comercialização de obras com direito autoral), as grandes gravadoras. Agora parece que esse terror está se parecendo mais ainda com terror pra quem manipula a informação absorvida pelas massas, a indústria de jornalismo musical.
No mínimo interessante uma reportagem lida no Observatório da Imprensa (observatorio.ultimosegundo.ig.com.br) de um jornalista chamado Rodney Brocanelli. Pelo que me parece o mesmo escreve também em mídias ligadas à música em si. Bom, vamos ao que importa: não deu pra entender direito se o cara colocou um ponto contra ou a favor, ou as duas coisas ao mesmo tempo (algo comum na mídia hoje pra confundir as pessoas), quando citou que a revolução do mp3 criou uma "nova vítima": a imprensa especializada em música, tão manipuladora e maniqueísta como as famigeradas gravadoras.
Vamos a alguns trechos da reportagem:
"Depois de provocar estragos à indústria do disco, o Mp3 (arquivos de áudio com qualidade próxima à do CD) parece estar fazendo uma nova vítima: o jornalismo musical. Pelo menos este é o diagnóstico de nove entre 10 especialistas no assunto(...)"
"(...)quem não compra CD dificilmente comprará revistas que falam de música."
"De qualquer forma, parece que dois vilões dessa crise que assola o jornalismo musical já são conhecidos: os blogs e os e-zines. Para um certo articulista da revista Rock Press, eles 'são elementos que contribuem para a completa banalização do ofício de jornalista musical'."
É, meus caros... com certeza é indignante pra qualquer um que gastou mais de 30 mil reais em seus quatro anos de faculdade de jornalismo ver que qualquer pessoa que esteja com um computador ao alcance das mãos possa publicar na internet o que quiser, pra quantos que quiserem ler.A internet não é democrática, é mais que isso: LIVRE. Todos têm o direito de expressar suas idéias, pra quem quiser ler, doa a quem doer. E mais ainda que isso: TODOS QUE LÊEM PODEM ESCOLHER O QUE QUEREM LER.
Com certeza, quem não compra CD está cagando pras revistas de música. Quem baixa música na internet vai é fazer suas próprias críticas e ler as críticas e resenhas de quem realmente interessa: o ouvinte comum, assim como ele que baixa a música.
É a revolução silenciosa. A nossa revolução. Comendo pelas beiradas.
Vou fazer um paralelo (que pode até ser meio nada a ver mas serve só pra ilustrar) com um fato ocorrido na década de 80, onde o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, falou brincando, antes de um pronunciamento oficial, que "acabava de aprovar uma lei que acabaria de vez com a União Soviética, e que começariam a bombardear em cinco minutos". A brincadeira foi ao ar sem querer. Hoje nós é que fazemos esse pronunciamento: acabamos de aprovar uma lei nossa, uma lei não-oficial, que vai acabar de vez com a dominação das massas: a lei da "expressão não-acadêmica", a voz dos que não fizeram faculdade de comunicação.
Desta vez não é brincadeira. E já estamos bombardeando.
quarta-feira, julho 28, 2004
TV diFAMA
Abrem-se as cortinas. Começa o show. Garotos e garotas começam a cantar músicas do jeito que os produtores falaram que era certo. Roupas indicadas pelos figurinistas, passos ensinados pelos coreógrafos, todos choram ao ouvir as palmas, e vamos saber quem sai da casa.
Bah.
Não assisto o tal do Fama Show. Vejo o infame "Fama no ar" porque passa entre o Jô e o Intercine. E me dá vontade de ir cagar.
Me respondam: arte tem regra? A música deve ser cantada dessa ou daquela maneira? Por que, pra fazer o tal "sucesso", eles têm que cantar, dançar e se vestir de tal maneira?
Existe uma tênue linha que separa fazer o que gosta do que fazer sucesso.
Não estou criticando (agora, pelo menos) nenhum estilo musical: sei que existem pessoas que gostam tanto do sertanejo quanto pessoas que gostam da MPB, do death metal, do gangsta rap, do maxixe...enfim... mas o que me assusta é a tal manipulação. Porra... me deixe entender: se quero fazer sucesso tenho que usar padrões. Padrões para a voz, para os passinhos, para a fala, para o sotaque (ixe, cantar com sotaque do interiorrrr nem pensar então!), para a hora de ir ao banheiro, deve ser tudo como as gravadoras querem!
E ai de quem desobedecer. É eliminado da casa.
É só ligar o rádio pra ouvir chiados e ruídos. Até mesmo o meu amado rock and roll está empesteado de Ticos Santa Cruz e Chorões...
Se você é músico, mesmo que o que você faça seja uma merda em termos de técnica, está saindo de seus intestinos. Orgulhe-se. Haverá gente que irá curtir. Agora, se você quiser se vender...
O preço que se paga às vezes é alto demais...
O underground é legal. As gravadoras são bobas e feias.
Bah.
Não assisto o tal do Fama Show. Vejo o infame "Fama no ar" porque passa entre o Jô e o Intercine. E me dá vontade de ir cagar.
Me respondam: arte tem regra? A música deve ser cantada dessa ou daquela maneira? Por que, pra fazer o tal "sucesso", eles têm que cantar, dançar e se vestir de tal maneira?
Existe uma tênue linha que separa fazer o que gosta do que fazer sucesso.
Não estou criticando (agora, pelo menos) nenhum estilo musical: sei que existem pessoas que gostam tanto do sertanejo quanto pessoas que gostam da MPB, do death metal, do gangsta rap, do maxixe...enfim... mas o que me assusta é a tal manipulação. Porra... me deixe entender: se quero fazer sucesso tenho que usar padrões. Padrões para a voz, para os passinhos, para a fala, para o sotaque (ixe, cantar com sotaque do interiorrrr nem pensar então!), para a hora de ir ao banheiro, deve ser tudo como as gravadoras querem!
E ai de quem desobedecer. É eliminado da casa.
É só ligar o rádio pra ouvir chiados e ruídos. Até mesmo o meu amado rock and roll está empesteado de Ticos Santa Cruz e Chorões...
Se você é músico, mesmo que o que você faça seja uma merda em termos de técnica, está saindo de seus intestinos. Orgulhe-se. Haverá gente que irá curtir. Agora, se você quiser se vender...
O preço que se paga às vezes é alto demais...
O underground é legal. As gravadoras são bobas e feias.
terça-feira, julho 27, 2004
NOSSA LÍNGUA (?) PORTUGUESA
O maior bem de um povo é sua cultura. Historicamente, as grandes conquistas no mundo foram feitas massacrando a cultura regional dos povos conquistados. Vejam os astecas, incas e maias, conquistados pelos espanhóis; os índios conquistados pelos portugueses, e mais recentemente, o Iraque pelos Estados Unidos.
Tá. Vamos pegar um exemplo básico, do nosso dia-a-dia.
Fulano chega no shopping center e vai logo ao primeiro fast-food comer um Big Mac ou tomar um milk-shake. Depois, passa na surfwear pra ver umas roupinhas, na pet shop pra ver os bichinhos, passa no cinema pra ver aquele filme americano, falado em inglês, cheio de atores americanos com cara de nerds e bandeiras americanas, tomando a sua Coca-Cola e comendo uma Ruffles. Ou prefere um cereal bar? Bom, saindo de lá, vai à lan house mais próxima jogar Counter Strike, toma uma Sprite e vai pra casa, feliz e sorridente. Pois há coisas que o dinheiro não compra, pra todas as outras existe Mastercard.
Fulano vive uma vida on, tem grana pra gastar, só fuma cigarros light, toma whisky com Red Bull na night, detesta os losers e sonha à noite com as cheerleaders dos filmes americanos, ou com os personagens das suas séries favoritas: Baywatch e Friends.
E, é claro, não percebe a influência que a tal da cultura americana tem sobre sua vida.
Ahhh mas vc usa um nickname em ingleis na internet!!! Vc naum pode criticar isso!!! Seu loser!!!
O problema não é usar apelidos em inglês. É muitas vezes não falar nem o português direito e querer usar uma língua de outro país. Ah, no mais, que se foda.
Tio Sam deve estar sapateando no caixão do Rui Barbosa.
(Espera aí que vou esvaziar meu saco de vômito e já volto.)
Tá. Vamos pegar um exemplo básico, do nosso dia-a-dia.
Fulano chega no shopping center e vai logo ao primeiro fast-food comer um Big Mac ou tomar um milk-shake. Depois, passa na surfwear pra ver umas roupinhas, na pet shop pra ver os bichinhos, passa no cinema pra ver aquele filme americano, falado em inglês, cheio de atores americanos com cara de nerds e bandeiras americanas, tomando a sua Coca-Cola e comendo uma Ruffles. Ou prefere um cereal bar? Bom, saindo de lá, vai à lan house mais próxima jogar Counter Strike, toma uma Sprite e vai pra casa, feliz e sorridente. Pois há coisas que o dinheiro não compra, pra todas as outras existe Mastercard.
Fulano vive uma vida on, tem grana pra gastar, só fuma cigarros light, toma whisky com Red Bull na night, detesta os losers e sonha à noite com as cheerleaders dos filmes americanos, ou com os personagens das suas séries favoritas: Baywatch e Friends.
E, é claro, não percebe a influência que a tal da cultura americana tem sobre sua vida.
Ahhh mas vc usa um nickname em ingleis na internet!!! Vc naum pode criticar isso!!! Seu loser!!!
O problema não é usar apelidos em inglês. É muitas vezes não falar nem o português direito e querer usar uma língua de outro país. Ah, no mais, que se foda.
Tio Sam deve estar sapateando no caixão do Rui Barbosa.
(Espera aí que vou esvaziar meu saco de vômito e já volto.)
segunda-feira, julho 26, 2004
VOX POPULI, VOX DEI
Cultura. Música. Ser. Sofrer. Sentir. Dor e prazer. Talvez nada disso faça sentido.
Vem uma crise existencial... o que é real? O que é a vida? Será que é como na telinha da Globo, nas novelas, onde só há gente bonita, caras musculosos e mulheres gostosas? Onde o pessoal tem grana? Onde parece que a vida é perfeita? Onde as pessoas estão sempre rindo e cantarolando?
TV me deixa deveras atordoado. O Fantástico me faz passar mal. A musiquinha me lembra que é hora de dormir.
Fecham-se as cortinas. E o povo aplaude.
Vem uma crise existencial... o que é real? O que é a vida? Será que é como na telinha da Globo, nas novelas, onde só há gente bonita, caras musculosos e mulheres gostosas? Onde o pessoal tem grana? Onde parece que a vida é perfeita? Onde as pessoas estão sempre rindo e cantarolando?
TV me deixa deveras atordoado. O Fantástico me faz passar mal. A musiquinha me lembra que é hora de dormir.
Fecham-se as cortinas. E o povo aplaude.
domingo, julho 25, 2004
INUTILIDADE PÚBLICA
A internet tem cada coisa útil... Mas cada coisa que eu não sei como que poderíamos viver sem elas. Coisas que com certeza irão transcender as gerações.
Como por exemplo esse anúncio que eu acabei de ver:
"Torradeira legal: grave o rosto do Panda no seu pão. Por apenas R$53,40."
Ou então:
"Rádio relógio com projetor de hora para parede e teto. Por módicos R$87,00" .
Realmente nem saberia como viver sem isso.
Dââââââââ.
Como por exemplo esse anúncio que eu acabei de ver:
"Torradeira legal: grave o rosto do Panda no seu pão. Por apenas R$53,40."
Ou então:
"Rádio relógio com projetor de hora para parede e teto. Por módicos R$87,00" .
Realmente nem saberia como viver sem isso.
Dââââââââ.
sábado, julho 24, 2004
COM OU SEM CREME?
Quem nunca tomou uma única xícara de café na vida, mesmo que não goste, que atire a primeira garrafa térmica. O café é maravilhoso. É uma das bebidas mais perfeitas: dá ânimo quando você está pra baixo, e acalma quando você está estressado.
Pra mim é um costume, faz parte da minha vida.
De manhã, café, pão com manteiga e mais café. Chegando no trabalho, café, um cigarrinho e mais um café, trabalho e café alternados. Depois do almoço, café, é claro. Mais trabalho e mais café. Hora de ir embora, mais um cafezinho pra não perder o costume. Se é sexta ou sábado, depois das cachaças com o pessoal, tem que ter um cafezinho pra não dar muita ressaca no dia seguinte. E, antes de dormir, depois do programa do Jô, mais um cafezinho, dessa vez solúvel, que você ferve a água e joga o pó direto na xícara.
Quando vou pra Sampa (aliás, São Paulo cresceu no fim do século retrasado e início do passado por causa do café) nos fins de semana, nas madrugadas usando o computador da minha irmã, muito, muito café, do bom, daquele que só a minha avó sabe fazer. Do coador de pano.
Acho que estou viciado.
Pra mim é um costume, faz parte da minha vida.
De manhã, café, pão com manteiga e mais café. Chegando no trabalho, café, um cigarrinho e mais um café, trabalho e café alternados. Depois do almoço, café, é claro. Mais trabalho e mais café. Hora de ir embora, mais um cafezinho pra não perder o costume. Se é sexta ou sábado, depois das cachaças com o pessoal, tem que ter um cafezinho pra não dar muita ressaca no dia seguinte. E, antes de dormir, depois do programa do Jô, mais um cafezinho, dessa vez solúvel, que você ferve a água e joga o pó direto na xícara.
Quando vou pra Sampa (aliás, São Paulo cresceu no fim do século retrasado e início do passado por causa do café) nos fins de semana, nas madrugadas usando o computador da minha irmã, muito, muito café, do bom, daquele que só a minha avó sabe fazer. Do coador de pano.
Acho que estou viciado.
sexta-feira, julho 23, 2004
DIGNIFICA OU NÃO?
Estou eu, aqui no trabalho, às 3:25 da madrugada, me preparando pra ir embora depois de váááárias horas extras. Mas tive uma inspiração súbita e resolvi postar. Pois por mais que uns digam que sim e outros não, a pergunta ainda não quer calar:Afinal, o trabalho dignifica ou não o homem?
Eu posso dizer que sou uma das poucas pessoas que dizem sem peso na consciência que gostam de trabalhar. Sério mesmo, é fantástico. É mais que executar uma função pra ganhar dinheiro: é como uma terapia ocupacional.
Não digo o trabalho como aquele chefe chato dando ordens o tempo todo, trabalhar sob pressão e prazos apertadíssimos. Isso é coisa pra doido mesmo. Mas sim o trabalho como quero e gosto: gosto do que faço e gosto de ver as coisas dando resultados. Talvez por eu ter uma certa autonomia quanto à minha maneira de trabalhar.
Trabalho dignifica sim o homem (entenda-se ser humano) e muito mais: cria responsabilidades. Ainda me lembro de quando estava na faculdade, intervalo de aula, conversando numa rodinha de colegas, e todos com mais ou menos 21 anos, conversando de suas ocupações. Quando chegamos pra um dos colegas e perguntamos:
-E você, o que faz da vida?
-Eu não trabalho. Só estudo.
-Como?-responderam os cinco em uníssono.-É, nunca trabalhei. Só vou querer trabalhar quando terminar a faculdade.
Detalhe: faculdade paga. Pra ele, pelo papis ou pela mamis, é lógico. Sei lá, acredito que existem realidades diferentes, níveis sociais muito diferentes, mas eu e os outros ficamos um pouco espantados. Eu mais ainda. Simplesmente não entra na minha cabeça o fato de um cara de 21 anos de idade nunca ter trabalhado na vida! Com certeza pela minha realidade ser diferente da dele.
Nada contra, nem nada a favor. Só acho que trabalhar é bem melhor que ficar sem fazer nada o dia todo. Claro que férias e fins de semana são uma maravilha. Mas como minha mãe sempre disse (e minha mãe é foda), mente vazia é a oficina do capetão.
::comentário de última hora - o sistema de comments da haloscan já está funcionando. Hoje que deu uma acalmadinha aqui no trampo que eu pude colocar.
Eu posso dizer que sou uma das poucas pessoas que dizem sem peso na consciência que gostam de trabalhar. Sério mesmo, é fantástico. É mais que executar uma função pra ganhar dinheiro: é como uma terapia ocupacional.
Não digo o trabalho como aquele chefe chato dando ordens o tempo todo, trabalhar sob pressão e prazos apertadíssimos. Isso é coisa pra doido mesmo. Mas sim o trabalho como quero e gosto: gosto do que faço e gosto de ver as coisas dando resultados. Talvez por eu ter uma certa autonomia quanto à minha maneira de trabalhar.
Trabalho dignifica sim o homem (entenda-se ser humano) e muito mais: cria responsabilidades. Ainda me lembro de quando estava na faculdade, intervalo de aula, conversando numa rodinha de colegas, e todos com mais ou menos 21 anos, conversando de suas ocupações. Quando chegamos pra um dos colegas e perguntamos:
-E você, o que faz da vida?
-Eu não trabalho. Só estudo.
-Como?-responderam os cinco em uníssono.-É, nunca trabalhei. Só vou querer trabalhar quando terminar a faculdade.
Detalhe: faculdade paga. Pra ele, pelo papis ou pela mamis, é lógico. Sei lá, acredito que existem realidades diferentes, níveis sociais muito diferentes, mas eu e os outros ficamos um pouco espantados. Eu mais ainda. Simplesmente não entra na minha cabeça o fato de um cara de 21 anos de idade nunca ter trabalhado na vida! Com certeza pela minha realidade ser diferente da dele.
Nada contra, nem nada a favor. Só acho que trabalhar é bem melhor que ficar sem fazer nada o dia todo. Claro que férias e fins de semana são uma maravilha. Mas como minha mãe sempre disse (e minha mãe é foda), mente vazia é a oficina do capetão.
::comentário de última hora - o sistema de comments da haloscan já está funcionando. Hoje que deu uma acalmadinha aqui no trampo que eu pude colocar.
quarta-feira, julho 21, 2004
FRIO É PSICOLÓGICO
Quem fala uma coisa dessas deve, no mínimo, ser masoquista ou ter graves problemas de percepção (como não diferenciar o movimento que fez do que faz, ou diferenciar uma porta aberta de uma fechada), pois quando o negócio começa a congelar, Deus nos acuda!
Um friozinho de vez em quando é bom. Pra ficar sem fazer nada o dia todo. Ver sessão da tarde, comer pipoca e ficar debaixo do cobertor na sala. Mas é claro, de vez em quando. Me lembro de já ter pego 5ºC em São Paulo, em 1996 eu acho. Mas nessa época eu tinha tempo pra essas maravilhas do ócio que citei acima.Mas agora, imagina estar trabalhando num lugar que venta pra caralho, e até meia noite??? Três blusas são pouco! Aqui em Itu, quando faz 26º parece que está 37. Mas quando faz 10º parece que tá 5º. Deve ser pela falta de efeito estufa (nessas horas é que eu sinto saudade da poluição de Sampa).E pra dormir então? Não tem cobertor que chegue. Pode-se tomar todos os chás do mundo que eles gelam no contato com o ar (tá, exagerei um pouco). E o banho então??? Puta merda... o chuveiro demora pacas pra esquentar, e de repente acaba a água! É, aqui isso é comum.Nada contra quem faz isso. Mas eu acho que ir pra Campos do Jordão passar frio (pra quem pode, é lógico) é coisa de quem não tem algo melhor pra torrar a grana. Se pelo menos lá tivesse neve pra ver, valeria a pena passar frio. Mas nem isso! Mesmo que eu tivesse $$$ pra ir prum lugar desses, preferia ficar debaixo do cobertor vendo a reprise de "A Lagoa Azul", ou um episódio do Chaves (que, falando nisso, não está passando mais. Hunf!).
Na boa... dizem que o mundo vai acabar em fogo? O caralho! Vai é acabar em gelo. Que nem no "Dia depois de amanhã".
Um friozinho de vez em quando é bom. Pra ficar sem fazer nada o dia todo. Ver sessão da tarde, comer pipoca e ficar debaixo do cobertor na sala. Mas é claro, de vez em quando. Me lembro de já ter pego 5ºC em São Paulo, em 1996 eu acho. Mas nessa época eu tinha tempo pra essas maravilhas do ócio que citei acima.Mas agora, imagina estar trabalhando num lugar que venta pra caralho, e até meia noite??? Três blusas são pouco! Aqui em Itu, quando faz 26º parece que está 37. Mas quando faz 10º parece que tá 5º. Deve ser pela falta de efeito estufa (nessas horas é que eu sinto saudade da poluição de Sampa).E pra dormir então? Não tem cobertor que chegue. Pode-se tomar todos os chás do mundo que eles gelam no contato com o ar (tá, exagerei um pouco). E o banho então??? Puta merda... o chuveiro demora pacas pra esquentar, e de repente acaba a água! É, aqui isso é comum.Nada contra quem faz isso. Mas eu acho que ir pra Campos do Jordão passar frio (pra quem pode, é lógico) é coisa de quem não tem algo melhor pra torrar a grana. Se pelo menos lá tivesse neve pra ver, valeria a pena passar frio. Mas nem isso! Mesmo que eu tivesse $$$ pra ir prum lugar desses, preferia ficar debaixo do cobertor vendo a reprise de "A Lagoa Azul", ou um episódio do Chaves (que, falando nisso, não está passando mais. Hunf!).
Na boa... dizem que o mundo vai acabar em fogo? O caralho! Vai é acabar em gelo. Que nem no "Dia depois de amanhã".
terça-feira, julho 20, 2004
PANFLETAGEM
Quem mora em cidade grande sabe o que é o drama de receber, nos semáforos, milhares de panfletos de propaganda. Carros usados, apartamentos belíssimos (99% das vezes fora do poder aquisitivo de quem recebe o papel), seguros, plano de saúde, a boca de fumo nova que abriu no bairro... Etc, etc e etc.Tá bom. Sei que é o trabalho daquelas meninas que distribuem os papéis. Sei que dá emprego pra quem trabalha nas gráficas que produzem os mesmos. Mas eu fico realmente emputecido quando vem aquela horda de entregadores/as em qualquer cruzamento mais movimentado que se pare.Como estou morando no interior, não passo muito frequentemente por isso. Mas sempre que vou à São Paulo visitar minha família, o poizé volta entupido desses panfletos.
Certo. Um belo dia, lá em Sampa, tinha que fazer um certo trajeto, onde passaria por cruzamentos movimentados. Por cinco bairros diferentes. Iria buscar uma tia pra levar na casa da minha mãe. Resolvi deixar a janela do poizé bem aberta e pegar todos os papéis que me dessem. Não rejeitar nenhum, mesmo os repetidos. Pois bem, saí às 9:30 e voltei às 10:45. Na contagem, que surpresa: 78 panfletos em 1h15 de rolê!
Isso mesmo: setenta e oito papéis.
Agora imaginem: quantas pessoas pegam a mesma quantidade de papéis? Quantas pessoas fazem como eu e jogam os mesmos no lixo da coleta seletiva, e quantas simplesmente jogam os mesmos no meio da rua quando o farol abre? Quantas árvores tiveram que ser cortadas (não importa se é madeira de reflorestamento ou não) pra produzir tudo isso? E quantas pessoas realmente leram aquilo e compraram alguma coisa?
A causa é mais séria que se pensa. Não é só o fato de um motorista estressado que não aguenta mais receber papéis. O negócio é ambiental mesmo. Porra, o planeta tá indo pro buraco! Quanta água não foi usada nesse processo de produção do papel? Será que o pessoal não vê que isso é, de certa forma, uma publicidade bem destrutiva? Não! Eles só estão interessados em vender o produto deles.
Na boa: quer comprar, compre mas não seja burro. Seja consumista, mas consciente. Se for pra comprar algo, torrar a sua grana do trampo ou da mesada, pense um pouco e escolha aquele que agride menos o ambiente, desde a publicidade até o produto final. Mesmo que custe um pouquinho mais caro.
Seu bolso pode não agradecer, mas o planeta agradece.
PS: Já que as eleições estão chegando, lembre-se disso: será que o candidato que eu escolher também está emporcalhando a cidade?
Certo. Um belo dia, lá em Sampa, tinha que fazer um certo trajeto, onde passaria por cruzamentos movimentados. Por cinco bairros diferentes. Iria buscar uma tia pra levar na casa da minha mãe. Resolvi deixar a janela do poizé bem aberta e pegar todos os papéis que me dessem. Não rejeitar nenhum, mesmo os repetidos. Pois bem, saí às 9:30 e voltei às 10:45. Na contagem, que surpresa: 78 panfletos em 1h15 de rolê!
Isso mesmo: setenta e oito papéis.
Agora imaginem: quantas pessoas pegam a mesma quantidade de papéis? Quantas pessoas fazem como eu e jogam os mesmos no lixo da coleta seletiva, e quantas simplesmente jogam os mesmos no meio da rua quando o farol abre? Quantas árvores tiveram que ser cortadas (não importa se é madeira de reflorestamento ou não) pra produzir tudo isso? E quantas pessoas realmente leram aquilo e compraram alguma coisa?
A causa é mais séria que se pensa. Não é só o fato de um motorista estressado que não aguenta mais receber papéis. O negócio é ambiental mesmo. Porra, o planeta tá indo pro buraco! Quanta água não foi usada nesse processo de produção do papel? Será que o pessoal não vê que isso é, de certa forma, uma publicidade bem destrutiva? Não! Eles só estão interessados em vender o produto deles.
Na boa: quer comprar, compre mas não seja burro. Seja consumista, mas consciente. Se for pra comprar algo, torrar a sua grana do trampo ou da mesada, pense um pouco e escolha aquele que agride menos o ambiente, desde a publicidade até o produto final. Mesmo que custe um pouquinho mais caro.
Seu bolso pode não agradecer, mas o planeta agradece.
PS: Já que as eleições estão chegando, lembre-se disso: será que o candidato que eu escolher também está emporcalhando a cidade?
segunda-feira, julho 19, 2004
TEM SENTIDO?
Essa é uma pergunta que já me fizeram muitas vezes: qual é o sentido da vida??? E eu mesmo já me fiz e fiz pra várias pessoas essa mesma pergunta. Na verdade é fácil e não é fácil responder.
Eu prefiro responder assim:
-Do que você não gosta?
Aí a pessoa pensa um pouco e me responde. No que imediatamente respondo a ela:
-Então já começou bem. Não é isso.
Claro que não existem verdades únicas. O que eu digo é apenas a minha interpretação de "sentido da vida".
sen.ti.do s.m. Direção a ser tomada; rumo, caminho (dentre outros significados)
O sentido da vida seria então o caminho que deveríamos seguir??? NÃO EXATAMENTE!!!!
Não o que deveríamos. E sim o que queremos. Como eu sempre digo que saber o que se quer é difícil, mas saber o que não se quer é mais fácil, podemos partir daí.
-Ah, então todos nós temos um sentido na vida??
Depende. Você sonha?? Você tem desejos, sejam eles quais forem? Na minha opinião isso é o que orienta nossas ações. O que mais queremos e sonhamos na nossa vida. Não exatamente como aqueles sonhos de criança quando sonhamos em ser astronautas ou jogadores de futebol, mas quase isso.
O que eu quero da minha vida???
Então é só seguir isso. E sempre se dá um jeito, pode não ser agora, mas dá-se um jeito.
Como eu já disse e sempre digo, NÃO EXISTEM VERDADES ÚNICAS!!! Essa é a minha interpretação das coisas. O que eu penso e costumo falar pras pessoas. Não sei se todos pensam assim ou não, e nem acredito que tenham que pensar assim porque alguém escreveu.
Agora, uma coisa que eu sei que muitos pensam igual a mim, é que o sonho move o ser humano. Sem sonhar o homem morre (entenda-se como homem raça humana). E morre mesmo.
E como eu ainda não sei totalmente o que quero, mas sei bem o que não quero, cito um pedaço daquela música que diz assim: "Um homem morto aos 30, em uma boa posição - esse é você".
Eu prefiro responder assim:
-Do que você não gosta?
Aí a pessoa pensa um pouco e me responde. No que imediatamente respondo a ela:
-Então já começou bem. Não é isso.
Claro que não existem verdades únicas. O que eu digo é apenas a minha interpretação de "sentido da vida".
sen.ti.do s.m. Direção a ser tomada; rumo, caminho (dentre outros significados)
O sentido da vida seria então o caminho que deveríamos seguir??? NÃO EXATAMENTE!!!!
Não o que deveríamos. E sim o que queremos. Como eu sempre digo que saber o que se quer é difícil, mas saber o que não se quer é mais fácil, podemos partir daí.
-Ah, então todos nós temos um sentido na vida??
Depende. Você sonha?? Você tem desejos, sejam eles quais forem? Na minha opinião isso é o que orienta nossas ações. O que mais queremos e sonhamos na nossa vida. Não exatamente como aqueles sonhos de criança quando sonhamos em ser astronautas ou jogadores de futebol, mas quase isso.
O que eu quero da minha vida???
Então é só seguir isso. E sempre se dá um jeito, pode não ser agora, mas dá-se um jeito.
Como eu já disse e sempre digo, NÃO EXISTEM VERDADES ÚNICAS!!! Essa é a minha interpretação das coisas. O que eu penso e costumo falar pras pessoas. Não sei se todos pensam assim ou não, e nem acredito que tenham que pensar assim porque alguém escreveu.
Agora, uma coisa que eu sei que muitos pensam igual a mim, é que o sonho move o ser humano. Sem sonhar o homem morre (entenda-se como homem raça humana). E morre mesmo.
E como eu ainda não sei totalmente o que quero, mas sei bem o que não quero, cito um pedaço daquela música que diz assim: "Um homem morto aos 30, em uma boa posição - esse é você".
sábado, julho 17, 2004
CHAVES, CIDADÃO DO MUNDO
Vou contar pros visitantes uma pequena história. A história de como tudo começou pra mim.
Há muitas pessoas que se intitulam revoltadas, contra o sistema, mas nasceram em berço de ouro, nunca tiveram problemas pra ter boas escolas e tudo que quisessem no natal e aniversário, sempre tiveram estabilidade na família...
Sempre gostei de assistir Chaves. A estória do menino pobre que morava no barril, numa vila de casas alugadas, com seus vizinhos tão engraçados quanto ele, que sempre se metiam em confusão. E dentre todas as coisas que marcaram minha infância, a frustração de nunca ter tido um óculos do Chaves. Se lembram? Aquele que o suco passava pelos seus olhos, era transparente... Divertido, mas nunca tive um.
E eu nos meus 8 ou 9 anos de idade pouco entendia de causas sociais, de pobreza e riqueza. Até que minha mãe me disse: Filho, eu queria muito te dar um óculos do Chaves, mas não tenho dinheiro pra comprar pra você e pras suas duas irmãs. E o óculos era barato, vendia em qualquer feira.
Nesse dia eu me perguntei: por que outras crianças têm pais que tem grana pra lhes comprar as coisas? No mesmo dia, quando fui ver o Chaves, passou aquele episódio dos desenhos. Onde eles desenham a máquina de uma tecla só, a carta feita com essa máquina, o sanduíche de ovo, o professor Girafales como um amarrado de linguiças com cabeça... e o que me chamou a atenção foi um dos desenhos do Chaves: a folha totalmente em branco. O professor Girafales pergunta a ele o que é aquilo, e ele responde:
"É O MEU CAFÉ DA MANHÃ DE TODAS AS MANHÃS..."
Isso mexeu com a minha cabeça de uma forma sem precedentes. Eu ainda tinha o café da manhã, mas até então não pensava muito nisso; mas e as crianças que não o tinham?
Com 9 anos de idade as crianças ficam revoltadas por não poder ter o brinquedo que o coleguinha tem, ou aquela caneta de dez cores com cheiro de frutas; comigo não foi muito diferente, afinal tinha nove anos. Mas com pouco tempo de observação, proporcionada pela abertura da minha mente que os fatos do óculos do Chaves e o café da manhã do Chaves me proporcionaram no mesmo dia, fui percebendo que Chaves não é uma estória, e sim história, com H. Não era a minha história. Mas quanto faltava pra chegar nisso?
Fui lendo coisas que as outras pessoas de 13, 14 anos não liam (eu só fui acessar a internet pela primeira vez em 1998) como páginas de política nos jornais e revistas semanais. Percebi que todos os meios de comunicação em massa diziam a mesma coisa com roupa diferente. Será que algo não estava errado?
Então comecei também a ouvir coisas diferentes. Sons puxados pro hardcore, pro punk rock, que diziam coisas que teoricamente muitos não teriam coragem de dizer em suas letras. Mais tarde fui descobrir também que a criação do movimento punk era uma farsa.
Fiquei perdido? Não! Já era tarde demais e o meu senso crítico já estava devidamente formado. Pude felizmente procurar saber coisas novas, e interpretá-las do meu jeito. Percebi que se atinge o sistema de dentro, e não de fora; então decidi estudar.
E o Chaves continuava passando na TV, com episódios de quase 30 anos atrás, mas sempre atual...
Enfim, sem contar detalhes da minha adolescência problemática, o que quero dizer é que, no meu caso, a revolta às vezes não tem cara de revolta; vem embrulhada em uniforme de funcionário da manutenção de uma multinacional e usa óculos. Mas é essa que é a verdadeira; não a do hardcore Estrondo e visual à Galeria do Rock, como vemos muito.
Chaves não é só um menino pobre que mora num barril, num cortiço qualquer num subúrbio do México; ele é cada criança pobre, cada criança sem perspectivas, cada projeto de marginal que não teve oportunidade de educação dada pelos pais.
Há muitas pessoas que se intitulam revoltadas, contra o sistema, mas nasceram em berço de ouro, nunca tiveram problemas pra ter boas escolas e tudo que quisessem no natal e aniversário, sempre tiveram estabilidade na família...
Sempre gostei de assistir Chaves. A estória do menino pobre que morava no barril, numa vila de casas alugadas, com seus vizinhos tão engraçados quanto ele, que sempre se metiam em confusão. E dentre todas as coisas que marcaram minha infância, a frustração de nunca ter tido um óculos do Chaves. Se lembram? Aquele que o suco passava pelos seus olhos, era transparente... Divertido, mas nunca tive um.
E eu nos meus 8 ou 9 anos de idade pouco entendia de causas sociais, de pobreza e riqueza. Até que minha mãe me disse: Filho, eu queria muito te dar um óculos do Chaves, mas não tenho dinheiro pra comprar pra você e pras suas duas irmãs. E o óculos era barato, vendia em qualquer feira.
Nesse dia eu me perguntei: por que outras crianças têm pais que tem grana pra lhes comprar as coisas? No mesmo dia, quando fui ver o Chaves, passou aquele episódio dos desenhos. Onde eles desenham a máquina de uma tecla só, a carta feita com essa máquina, o sanduíche de ovo, o professor Girafales como um amarrado de linguiças com cabeça... e o que me chamou a atenção foi um dos desenhos do Chaves: a folha totalmente em branco. O professor Girafales pergunta a ele o que é aquilo, e ele responde:
"É O MEU CAFÉ DA MANHÃ DE TODAS AS MANHÃS..."
Isso mexeu com a minha cabeça de uma forma sem precedentes. Eu ainda tinha o café da manhã, mas até então não pensava muito nisso; mas e as crianças que não o tinham?
Com 9 anos de idade as crianças ficam revoltadas por não poder ter o brinquedo que o coleguinha tem, ou aquela caneta de dez cores com cheiro de frutas; comigo não foi muito diferente, afinal tinha nove anos. Mas com pouco tempo de observação, proporcionada pela abertura da minha mente que os fatos do óculos do Chaves e o café da manhã do Chaves me proporcionaram no mesmo dia, fui percebendo que Chaves não é uma estória, e sim história, com H. Não era a minha história. Mas quanto faltava pra chegar nisso?
Fui lendo coisas que as outras pessoas de 13, 14 anos não liam (eu só fui acessar a internet pela primeira vez em 1998) como páginas de política nos jornais e revistas semanais. Percebi que todos os meios de comunicação em massa diziam a mesma coisa com roupa diferente. Será que algo não estava errado?
Então comecei também a ouvir coisas diferentes. Sons puxados pro hardcore, pro punk rock, que diziam coisas que teoricamente muitos não teriam coragem de dizer em suas letras. Mais tarde fui descobrir também que a criação do movimento punk era uma farsa.
Fiquei perdido? Não! Já era tarde demais e o meu senso crítico já estava devidamente formado. Pude felizmente procurar saber coisas novas, e interpretá-las do meu jeito. Percebi que se atinge o sistema de dentro, e não de fora; então decidi estudar.
E o Chaves continuava passando na TV, com episódios de quase 30 anos atrás, mas sempre atual...
Enfim, sem contar detalhes da minha adolescência problemática, o que quero dizer é que, no meu caso, a revolta às vezes não tem cara de revolta; vem embrulhada em uniforme de funcionário da manutenção de uma multinacional e usa óculos. Mas é essa que é a verdadeira; não a do hardcore Estrondo e visual à Galeria do Rock, como vemos muito.
Chaves não é só um menino pobre que mora num barril, num cortiço qualquer num subúrbio do México; ele é cada criança pobre, cada criança sem perspectivas, cada projeto de marginal que não teve oportunidade de educação dada pelos pais.
E o mais legal é que dá pra postar várias vezes... não é que nem aquela merda do Blig, com um post e três comentários diários. Tá bom que eu ia pagar R$ 9,90 do meu suado dinheirinho pra eles. O caralho. Tenho coisa mais importante pra gastar. Por exemplo: cerveja.
Ah, novos visitantes... se alguém quiser fazer um template da hora pra mim eu aceito, viu? Valeu e boa viagem...
Ah, novos visitantes... se alguém quiser fazer um template da hora pra mim eu aceito, viu? Valeu e boa viagem...
EM GRANDE ESTILO...
Pra começar em grande estilo... chutando a bunda do que é antiquado e resgatando o clássico... dando luz ao novo e mostrando pro mundo que a internet é a nossa grande privada eletrônica...
Não preciso escrever pra agradar ninguém. Bom... o importante é escrever... sempre com sinceridade, escrever o que penso e sinto. Mesmo que seja uma grande idiotice.
Parafraseando Kurt Cobain: "Se orgulhe do que você fez, mesmo que seja uma grande merda. Pois saiu dos seus intestinos".
Mesmo que seja um template by blogspot (perfeitamente explicável pois não tenho computador; posto do serviço e não tenho muito tempo pra mexer no template). Melhor by blogspot que by qualquer outra merda.
Não preciso escrever pra agradar ninguém. Bom... o importante é escrever... sempre com sinceridade, escrever o que penso e sinto. Mesmo que seja uma grande idiotice.
Parafraseando Kurt Cobain: "Se orgulhe do que você fez, mesmo que seja uma grande merda. Pois saiu dos seus intestinos".
Mesmo que seja um template by blogspot (perfeitamente explicável pois não tenho computador; posto do serviço e não tenho muito tempo pra mexer no template). Melhor by blogspot que by qualquer outra merda.
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