sábado, janeiro 29, 2005

da série "madrugadas inesquecíveis no MSN"

siclano diz:
ow... o bush eh moh filadaputa neh... mato um monte de gente no irak e no vietnam...

eu não durmo. diz:
por que você diz isso? O Bush é legal sim, gente finíssima.

eu não durmo. diz:
Respeitador da moral e dos costumes. Eu votaria nele.

siclano diz:
owww cara como tu pode flar isso? quanta gente q morre hj por causa da alta do dolar

eu não durmo. diz:
é, o dólar tá matando muita gente mesmo... onde esse mundo vai parar?Só não tá matando mais que a peste negra, hoje em dia.

siclano diz:
eh serio? volto a epidemia msm? essa doença naum tinha sido estinta no brasil?

eu não durmo. diz:
¬¬

siclano teve seu nome original trocado para preservar a moral e os bons costumes da internet e da família brasileira.

terça-feira, janeiro 25, 2005

afinal... pra que tudo isso?

Eu poderia escrever muita coisa aqui hoje, poderia escrever sobre a chuva, sobre minhas idéias, sobre os mortos do outro lado do mundo ou o que me viesse na telha. Poderia escrever sobre tudo e sobre nada.

Mas sabe quando você não está mal, pelo contrário... mas se sente meio perdido? Como num tipo de crise existencial (sim, quem somos e de onde viemos e blábláblá), começa a refletir e a pensar e fica mais confuso, e se afunda no meio dessa confusão, e não consegue mais pensar, e enfim descobre não saber o que quer da vida, perdidão mesmo... é estranho... escrever rápido e sem muitas interrupções tipo um brainstorm?

Eu só queria um pouco de paz, sabem? Queria que certas pessoas entendessem de uma vez por todas que eu já cresci bastante pra decidir o que é bom ou ruim pra mim e foda-se o resto do mundo. Isso mesmo, foda-se, que se dane o que vão pensar, "ahhh, eu tinha uma expectativa tão grande de você", "você enchia nossa bola", "você era nossa esperança", serão apenas palavras jogadas ao vento fazendo vibrar ondas sonoras que alimentam os axiomas da teoria do Caos.

É só isso que eu peço. Quero um pouco de confusão, sim. Mas a confusão que me traga, de vez por todas, a paz que eu quero, e deixe longe a paz que eu não quero.

me abrace e me dê um beijo, faça um filho comigo, mas não me deixe sentar na poltrona no dia de domingo, procurando novas drogas de aluguel nesse vídeo coagido, é pela paz que eu não quero seguir admitindo... o rappa - minha alma (a paz que eu não quero)

terça-feira, janeiro 18, 2005

se postar música é fim de carreira, já era...

Eu não vou falar de amor
E nem vou falar do tempo
Eu não vou dizer nada
Além do que estou dizendo
Eu não vou dizer
O que realmente penso
Até mesmo porque
Não tenho nada a dizer
Eu não vou dizer
O que realmente sinto
Até mesmo porque
Não é o que eu quero fazer
Eu não vou falar de culpa
E nem de arrependimento
Mas só do que eu digo agora
E aqui neste momento
Eu não vou falar
De novo o que eu falei
Eu não vou falar
De mim nem de ninguém
Eu não vou falar
De coisas que eu não sei
E nem vou falar
Do que eu conheço bem
Eu não vou contar uma história
E nem vou dar explicação
Eu não vou falar de flores
E nem da televisão
Eu não vou falar de nada
Eu não vou falar de nada
E isso é só o que basta
Pra fazer esta canção

eu não vou dizer nada (além do que estou dizendo) - titãs

quinta-feira, janeiro 13, 2005

this is not a fucking christmas tale

Quando eu era pequeno, mas bem pequeno mesmo, a ponto em acreditar em papai noel e na fadinha do dente, a época de Natal me deixava inquieto.
Nem tanto pelos presentes, já que não eram muitos. Talvez pela ceia, com tender e arroz com uvas passas. Mas me lembro perfeitamente que, no dia 24 de dezembro, olhava para o céu à noite e via uma estrela vermelha. Isso me inquietava.

Minha avó dizia que era o trenó do bom velhinho.
Minha mãe contava uma história mirabolante sobre três reis magos que, há muito tempo, nesse mesmo dia, seguiram esta mesma estrela.

O fato é que, mesmo me lembrando perfeitamente daquele ponto vermelho no céu, mais ou menos próximo à Lua das 21 horas, procuro-o nos céus por toda a noite de 24 de dezembro até hoje, e não o acho.

Será que a estrela vermelha desapareceu? Era um produto da minha imaginação?

Ou será que, com o passar do tempo, as estrelas páram de brilhar para as pessoas?