sexta-feira, outubro 29, 2004

De hipócrita e demagogo já chega o Serra

O pessoal adora cuspir no prato em que come.

Reportagem que acabei de pegar no Globo Online:

Mercado pirata de PCs respondeu por 70% das vendas em 2003

Aguinaldo Novo - O Globo

SÃO PAULO - O mercado ilegal de PCs no Brasil, aqueles que são montados por empresas que não dão nota fiscal nem garantia para o produto, engoliu 70,4% das vendas no ano passado. Se o governo não apertar a fiscalização, a participação desses clones poderá chegar a 75%, o que colocará o país na liderança do ranking mundial da pirataria, desbancando a China. Este é o resultado de uma pesquisa divulgada hoje pela Abinee, que procurou mapear o prejuízo das empresas legais e apresentar propostas ao governo.
De acordo com a pesquisa, só no ano passado o volume de impostos que deixaram de ser recolhidos com a pirataria de componentes e a venda sem nota fiscal chegou a R$ 1,5 bilhão. Com a venda dos produtos piratas perde também o próprio consumidor, que corre o risco de levar para casa produtos de péssima qualidade e sem garantia.
De acordo com a pesquisa, além de usar programas piratas, a maior parte dos montadores desse tipo de equipamento recorre à compra de equipamentos contrabandeados. A pesquisa mostra que no caso de equipamentos óticos o mercado ilegal é de até 70%. Isso acaba se refletindo nos preços. Em média, a diferença de preços entre um PC clonado e um legalmente registrado é de até 41%.


Porra! Odeio esse pessoal tendencioso. Acabar com a pirataria, além de acabar com um monte de postos de emprego (informais, eu sei, mas onde se acha emprego formal nesse país?) sem mudar leis tributárias e sem incentivo à economia, não vai consertar o Brasil.

Será que esse pessoal da internet brasileira não entende que são esses "PCs clonados" que dão emprego pra eles? Sem eles o povo não teria como acessar a internet?
O Brasil é um raro fenômeno mundial na indústria da informática, onde as classes C e D têm acesso a um computador e à Internet graças a esses "computadores clonados".

Por que o governo não diminui a carga tributária sobre importação legal de peças de computador? E sobre a própria venda dos computadores? Assim os PCs de marca seriam mais baratos e todos ficariam felizes.

Ah, não, o Brasil não pode crescer. Tem a meta de inflação do FMI pra ser cumprida. Esqueci.

E quem não entendeu nada, NÃO ENTENDA COMO OFENSA, mas saia da frente da TV e estude um pouco pra entender os fatos e factóides da economia brasileira.

quarta-feira, outubro 27, 2004

existencialismos à parte, mas...

Discussão que ocorreu tempos atrás:

Minha mãe: Você não vai conseguir mudar o mundo.
Eu: Eu sei disso.
Minha mãe: Então porque você age dessa maneira?
Eu: Eu só quero mudar a minha própria vida. Porém, se todos também mudarem suas vidas, O MUNDO MUDA!
Minha mãe: ?
Eu: É, o mundo são as pessoas.
Minha mãe: Ahn, é verdade.

sem claque, por favor

sábado, outubro 23, 2004

tanto faz

EU SEI que as coisas vão dar certo pra mim. EU SEI que, do jeito que estou planejando, no médio prazo eu vou conseguir o que eu quero.Mas eu não consigo esperar, simplesmente, e volto a ficar puto! E faço uma cagada atrás da outra, que vão me prender ainda mais nesse mundinho que EU MESMO criei, e agora luto pra sair dele.

Será que esse é um problema que só eu tenho?

sábado, outubro 16, 2004

a comédia da vida corporativa

Reunião de urgência, eu já estou me acostumando a ter meus finais de semana fodidos por terceiros. Uma ponte rolante (um negócio MUITO pesado, mesmo) soltou do trilho e quase caiu em cima do pessoal.
Na sala: um técnico da firma contratada pra dar manutenção na ponte, o gerente, o diretor, o engenheiro que construiu o prédio e eu, da manutenção da fábrica, que nem sei porque deveria estar lá.Quando lá pelas tantas o pessoal já tinha esbravejado e falado que não tinha culpa e que o outro fez merda, o técnico da firma contratada vira e diz o seguinte:

- O problema é que o prédio está afundando.

O engenheiro, um homem estudado e culto, que é claro ganhou uma grana pra construir o referido prédio, olha pro técnico fixamente e dispara:

- Afundando está o RABO DA SUA MÃE.

O gerente põe a mão na cara, o diretor faz sinal de negação com a cabeça, o técnico olha assustado mas não diz nada...

... e eu quase caio da cadeira de tanto dar risada. Acho que foi a melhor gargalhada que eu dei na semana.

Quando termino de rir, todo mundo está olhando pra mim, fazendo o mesmo sinal de negação com a cabeça. Até o engenheiro.

Sinceramente, no meu trabalho, não dá pra levar as coisas muito a sério.

quinta-feira, outubro 14, 2004

sai fora murphy

Eu costumo dizer que me sinto preso, me sinto mesmo, pra que vou mentir? Mas essa prisão fui eu mesmo quem criou. Isso eu percebi já faz um tempo, e tem coisas que é difícil pra gente se livrar.
Mas agora eu vejo as coisas com um olhar diferente. Já posso fazer planos. Me sinto como um preso sim, mas como um preso que sabe que vai ser solto. Que sabe o dia em que será solto, sabe que este dia está chegando. E foca todas as suas energias nisso: nos planos, nas idéias, enfim, no que vai fazer quando sair da sua prisão.
O presente já não importa mais tanto quanto esse plano. O passado serve de inspiração pra não fazer sempre as mesmas coisas.

E, em muito tempo, eu posso finalmente dizer que me sinto um pouco feliz, aquele sorrisinho meia boca, mas sim, eu vejo uma pequena esperança. Pequena, mas real.
E só depende de mim mesmo pra que essa esperança se torne realidade.

sábado, outubro 09, 2004

...

A heart that’s full up like a landfill, a job that slowly kills you, bruises that won’t heal
You were so tired, happy, bring down the government, they don’t, they don’t speak for you...
I’ll take the quiet life, a handshake of carbon monoxide
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises
No alarms and no surprises...
Silent, silent
This is my final fit, my final bellyache with
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises, no alarms and no surprises, please...

Such a pretty house, such a pretty garden
No alarms and no surprises, no alarms and no surprises...
No alarms and no surprises, please...

terça-feira, outubro 05, 2004

Futucando as catacumbas

A mídia necrófila e necrófaga curte comer pedacinhos de defunto pop fritinhos com cerveja até começar a apodrecer e sair coró, aí eles largam de lado.
Quem sou eu pra dizer alguma coisa no meio de tanta gente influente e inteligente (não, sei que meus links não são sublinhados, mas dessa vez não tem links) do mundo blogueiro, mas se não me engano o Renato Russo já morreu. E o Kurt se matou.
E suas catacumbas são reviradas pela indústria fonográfica.
Quando você está vivo e faz coisas boas, ou não, tudo bem. Mas depois que bateu com as dez, até aquela música feita pro cachorro da vizinha da tia do cunhado do irmão da prima do coleguinha de escola vira uma COMPOSIÇÃO INÉDITA. E vende pra porra.

Caralho, deixem os caras descansarem em paz. Relembrar o que foi lançado em vida até é bom (dentro de certos parâmetros), mas aquela gravação feita com gravador de minitape escondido debaixo da privada durante um banho gelado pra curar bebedeira, pode deixar na gaveta de baixo, embaixo das meias.

Ah. Não falei do John Lennon porque provavelmente eu iria apanhar depois de postar isso. E, nem teria por que falar, ele é um defunto respeitável. (Aqui tem links, procurem e cliquem)

Ah. 2: Alguém lembra dos Mamonas Assassinas?

Obs: para visualizar melhor alguns trechos deste post é necessário ativar a opção IRONIA MODE ON em "ferramentas" e "opções da internet" do seu browser. Ou entendam como quiserem, acho que estamos num país livre.

domingo, outubro 03, 2004

Aqui é o meu barraco, sintam-se em casa

É engraçado como no mundinho real é super fácil da gente ser esquecido.É só você ficar com o tempo muito ocupado, ou ir morar longe, pras pessoas, aos poucos, te tirarem de seus planos. Não raro chegamos depois de um tempo, ninguém está na casa e nos contentamos com a televisão e os velhos discos, empoeirados e cheios de riscos.

Aqui na internet não, temos nossos blogs, apês da CDHU virtuais onde recebemos nossos miguxos e até rola uma bebedeira. O MSN é como o trailer de lanches onde o pessoal se encontra pra trocar idéia, a qualquer hora do dia.

Eu tinha, ou achava que tinha, um monte de coisa pra escrever nesse post. Mas acontece que eu esqueci tudo, algumas coisas sem querer, e algumas coisas de propósito mesmo.Acho que vou me concentrar um pouco no fato de estar vivo.

Sem felicidade. Mas sem tristeza. Estou vivo e ainda consigo pensar, apenas isso. Minha mente não anda tão absorta nas mesmas coisas de sempre.

E já é um bom começo. Ou final, sei lá.