Mexendo no computador, a tv ligada pro Abreu (Conhece? NEM EU!) assistir, programa do Jô e um pianista cego dando entrevista. A conexão problemática e eu metido com os fios da linha de telefone.
No momento em que minha atenção auditiva estava voltada pra entrevista, subitamente surge a pergunta:
(Jô) - Você também compõe?
(Entrevistado) - Não, eu não fiz curso de composição.
Tomei um choque, não com os fios, mas com a resposta. Tudo bem, como eu disse lá em cima sempre soube que existe curso superior de Música com ênfase em arranjo e composição (assim como regência e orquestração e etc), mas como talvez hoje meu humor não esteja dos melhores,
- CARALHO! ENTÃO QUER DIZER QUE SE EU NÃO SEI PICAS DE COMPOSIÇÃO, SE NÃO SEI NEM RIMAR "BOLA" COM "COLA", UM CURSO VAI ME TRANSFORMAR NUM COMPOSITOR? NEM FODENDO!
Passado o ato puramente instintivo, voltei à razão e comecei a pensar mais sobre isso.
O ato de compor pode até ser aprendido em uma universidade. Pode-se juntar alguma teoria, um pouco de psicologia, e transformar o cara num exímio rimador destruidor de corações. MAS, a verdadeira composição, é aquela que vem de dentro. Pode ser do coração ou mesmo dos intestinos. O OFÍCIO de compor é bem diferente da ARTE de compor.
Muitos fatores levam alguém a gostar de música. Muitos levam alguém a escrever. Compor. Composição não é só música. É texto, é fala, discurso, relacionamento, a vida é compor! Blogs são composições, sendo dentre estas algumas com extrema qualidade, outras nem tanto (como o meu).
Como alguns profissionais de comunicação falam que "escritores independentes banalizam o ofício de jornalista", eu digo que "compositores profissionais banalizam a arte".
Tá, é opção de cada um. Mas essa é a minha opinião de
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