sábado, dezembro 10, 2005

quinta-feira, julho 07, 2005

como diz a música

Dado tudo o que ocorreu nos últimos dois meses, que uns já sabem e outros não (mas isso não importa, pois, na mais maquiavélica das interpretações, os fins justificaram os meios), bem, sem me perder e cometer erros ortográficos, rodei o mundo e vi muita coisa.

Vi os lugares, mas eles estavam lá, imóveis, como querendo fazer parte de uma história.

Perguntei às pessoas, mas elas não me responderam. Sim, falaram, mas não disseram nada.

Vi que, por mais que se faça e pense, tudo está dentro da cabeça. Se você transporta seu mundo junto contigo, nada muda.

Por isso que, no retorno da viagem, esqueci de propósito a bagagem na esteira do aeroporto. E sem etiquetas.

E, como diz a música: every new beginning comes from some other beginning's end. Mas não é um recomeço, são vários.

sábado, julho 02, 2005

Uma coisa que sempre digo... ser cavalheiro não é o mesmo que ser idiota. E ser legal não é o mesmo que ser burro.

Mas tem gente que confunde as coisas. Sei lá.

Sim, escondam as crianças atrás da porta e os bichos debaixo do sofá. Eu voltei.

quarta-feira, maio 18, 2005

pós-conceito

"Insanidade é fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes." (Albert Einstein)

Isto posto, mudei.

Sinto um turbilhão de coisas. Algo que completa e confunde ao mesmo tempo. Nada de novo, poderiam dizer os mais céticos, mas uma extensão de tudo o que se trabalhou para tanto.

Novidade é um conceito relativo. E, se eu dissesse que felicidade é novidade para minha humilde pessoa, estaria corroborando um conceito de infeliz crônico que não condiz com a verdade. Hesitante e desconfortável, em alguns momentos? Claro, todos precisam da desordem, do caos instaurado, pra achar a ponta do iceberg que emerge do vasto oceano de dúvidas. A pequena nesga de auto-estima a ser trabalhada.

Isso é o preceito básico. Aliás, isso é tudo. Não adianta ter convicção sem ter auto-estima. A forcinha que o empurrará e o guiará pelos labirintos muitas vezes escuros e úmidos da vida, até instintivamente,para a saída onde se pode ver o sol brilhar e o ar afável com cheiro de terra molhada da manhã.

Aí, meu caro, quando chegares a este ponto, já será tarde demais. Megalomania será apenas transcrição literária de algo inventado pelo homem para difamar os que querem mais. E, literalmente, sacudirás o mundo.

E não será necessária explicação.

Muito menos palavras. Ah... essa simbologia antiquada.

segunda-feira, abril 11, 2005

kill the cow

Certo tempo atrás (eu não sei pois não era nascido), em um país distante, havia uma aldeia. Nessa aldeia viviam pessoas pobres, porém uma família chamava a atenção. Eles viviam apenas de uma vaca - o que a vaca produzia de leite, eles consumiam uma parte e vendiam o resto. Não era muito o leite que vendiam, mas garantia-lhes o sustento.

Um dia, passaram por esta aldeia, dois andarilhos: um velho sábio e um jovem que o seguia.

Ao conhecer o lugar, o jovem se comoveu com a situação da pobre família que, realmente, era a mais pobre de todas.

O jovem perguntou ao sábio:

- Então, senhor, como faço para ajudá-los? Poderia sugerir para que trabalhassem na lavoura coletiva, ou que aprendessem a um ofício, poderia ensiná-los...

O sábio, então, respondeu:

-Quer ajudá-los? Mate a vaca.

-Mas como? É o único meio de sustento deles! -respondeu o jovem.

-Se quiser continuar a me seguir e conhecer o mundo, faça isso.

Então, muito contra a vontade, na calada da noite o jovem foi à casa da tal família e matou a vaca. No que voltou, o sábio ordenou que partissem.

Passaram-se meses e anos, e o jovem ainda tinha o remorso de ter matado a vaca daquela família em seu coração. De repente, em mais uma das andanças dos dois, o mesmo reconheceu o antigo vilarejo. Quis, logo de cara, procurar a família a quem acreditava ter feito tanto mal.

-Procure-os, vai ser bom pra você - disse o sábio.

O jovem saiu à procura da família. Foi à antiga fazenda. Descobriu que não mais moravam ali. Foi reunindo informações até que chegou a uma grande fazenda, lotada de pomares e plantações. A maior que já tinha visto. Chegou à porta da casa e logo reconheceu o velho senhor, pai da família.

-Com licença, mas eram vocês que moravam no vilarejo próximo daqui, que tinham uma vaquinha?

-Sim, éramos nós mesmos... Mas um dia a vaca morreu e...

-Eu preciso confessar - disse o rapaz - fui eu que...

-E foi a melhor coisa que nos aconteceu. Com a morte da vaca, tivemos que fazer outra coisa. Começamos a plantar. E a terra por aqui é boa, sabe? Então, plantando e vendendo, começamos a comprar mais terras, pra plantar e vender mais. Passaram-se os anos, hoje somos donos desta enorme fazenda... e de mais de metade das terras do vilarejo. Olhe por aqui... até onde pode ver chão, é tudo nosso!

-Er... era só pra saber, mesmo. Obrigado.


Moral da história: todos nós, em certo momento, temos uma "vaquinha" que nos prende, que nos faz sentir confortáveis. Mas às vezes, quando tudo já não é o bastante, temos é que matar a vaca mesmo e nos virar. Mudar.

sexta-feira, abril 01, 2005

diálogos

Um belo dia, no trabalho...

Barbosa: São as pequenas coisas que fazem a diferença.

Gaúcho: Será mesmo?

Barbosa: Sim, o bom é fazer o que você gosta. Imagina o pescador lá no meio do rio, velhinho, tomando aquele sol, com a rede o dia inteiro no barco... ele é feliz!

Eu: Ele gosta disso.

Barbosa: Isso... ele gosta, por isso se sente feliz.

Eu: Seria como matar a vaca [piada interna]. Muita gente não sabe o que gosta, mas se sabe o que não gosta já é um bom começo.

Barbosa: Mais ou menos... por exemplo, eu gosto de cerveja. Aí o pessoal fala: olha aquele cara bebendo, coitado... mas eu gosto, eu sou feliz assim!

Gaúcho: Verdade.

Eu: Disse tudo. Não precisa dizer mais nada.

Barbosa: O que a gente precisa é matar as nossas vacas [/piada interna].

a história das vacas vem em um próximo post.

quarta-feira, março 30, 2005

A vida é uma maravilha sim. Nós é que, muitas vezes, não sabemos aproveitá-la.

Todo mundo é livre pra escolher o que quer. Todo mundo. Eu, você, seu vizinho, quem quer que seja.

Basta saber quebrar as correntes na hora certa.

sexta-feira, março 11, 2005

quinta-feira, março 03, 2005

Às vezes eu tenho raiva de mim mesmo. Mas só às vezes, depois passa.

Algum diplomado poderia me explicar por que raios o às de às vezes se escreve com crase? Sim, eu assumo, eu faltei nessa aula.

segunda-feira, fevereiro 28, 2005

sinergia

Quando eu digo que gosto de música, é a música que me agrada. Não importam os rótulos. Claro que tem que ter qualidade. Tendo qualidade, não importa se é rock, MPB, pop, zouke ou polka soviética.

A música tem uma influência forte pra caralho em mim. Eu sou meio viciado, assumo. Quem me conhece melhor sabe que são raras as vezes em que estou com a TV ligada; geralmente estou curtindo meus queridos CDs ou minha coleção de mais de 4000 músicas em MP3.

E pra quem sabe o que é, a música que te deixa com os cabelos do braço arrepiados quando você a ouve, praticamente te deixa tresloucado quando você a toca. Sim, instrumentos musicais têm uma certa magia. Quem empunha uma guitarra, um violão, um contrabaixo ou um par de baquetas acaba se fundindo com seu instrumento, e acontece uma sinergia sem igual. Uma fusão. Os dois, músico e instrumento, se tornam um só. Apenas um.

Como neste fim de semana. Onde eu, desavisado, fui a um bar numa bela noite de sábado para domingo, e a banda que tocava deu uma deixa para quem quisesse tocar. Como eu e meus amigos estávamos bem na frente, não precisamos atropelar muita gente para subir no palco e empunhar os maravilhosos instrumentos. A noite tinha uma temática, a musicalidade rock and roll dos anos 60 e 70. Neste momento ocorreu a fusão. Transformamos-nos, não apenas eu e a guitarra, mas todos que estavam no palco e seus respectivos instrumentos, em uma pessoa só. Uma pessoa fazendo parte da história. Mesmo que fosse para pouca gente. Mesmo que fosse por meia hora. Mesmo que fosse um instante infinitesimal na imensidão do mundo. Desfilamos nosso repertório perdido em ensaios de garagem de anos atrás. E até que nos demos bem. Ressurgiram os Beatles, The Zombies, The Animals, até o ativo Deep Purple deu o ar da sua graça baixando o santo naquela múltipla pessoa ensandecida, entre suor, acordes e latas de cerveja. E a receptividade das pessoas que nunca tínhamos visto. O elemento-surpresa. Os gritos. As palmas. A energia emanava de cada uma daquelas pessoas que estavam lá embaixo, subindo o viés do palco e transfundindo com a nossa. Tornando-se uma só. Uma só pessoa. Uma só energia, um só coração compassado nas batidas quatro-por-dois, nas escalas do contrabaixo elétrico e nos acordes distorcidos da Les Paul Studio.

Bons momentos são poucos, são rápidos. Mas são intensos. E são esses bons momentos as únicas coisas que a gente acaba levando dessa vida, sei lá pra onde. Mas levamos.

E são essas coisas, pequenas mas maravilhosas, que me dão cada vez mais vontade de continuar vivo.

*sinergia - propriedade de certos elementos que, quando são unidos, resultar em um novo elemento com características melhores e maiores que a soma de suas características individuais.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

saudosismo

Ontem foi aniversário de uma prima minha. Liguei pra ela pra dar parabéns e conversar um pouco. E isso nos fez lembrar uma história das antigas, que gostaria de compartilhar com vocês, meus leitores.
Quando eu era mais novinho, tinha a fama de ser boca-suja e briguento. Minha mãe conta que, quando aprendi a ler, saía na rua e lia em voz alta os palavrões pichados nos muros, pra todo mundo ouvir. Minha mãe ficava puta, mas meu pai dava risada. Talvez pela pseudo-aceitação de tal hábito pelo meu pai, eu me divertia falando palavrões e xingando os coleguinhas da classe. E minha mãe constantemente ia me buscar na diretoria da escola.Já o briguento, eu nem sei por quê. Mas eu vivia arrumando confusão com quem quer que fosse, desde jogo de bola até discussões em plena sala de aula. Talvez por gostar de ficar xingando os outros.

Naquela época, nossa casa era frequentada por amigos de meus pais, alguns parentes que só se vê em casamento e enterro e uns transeuntes. E por várias vezes eu ficava sob constante ameaça de ser trancado no quarto caso abrisse a boca ou ralhasse com alguém que nos visitasse. Principalmente quando nos visitava um casal de tios muito recatado; tios esses que são pais dessa minha prima. Essa minha tia era beata de igreja, o meu tio, obreiro da assistência social. Muito educados, mais ainda essa minha priminha que fez aniversário, que só usava vestidos de festa junina e ficava vermelha quando ouvia bad words. Uma vez mandei minha irmã pra puta que pariu na presença deles e minha mãe tacou um cinzeiro em mim.

Pois bem. Um belo dia foi aniversário dessa minha prima. Nove anos de idade, me lembro como se fosse 1990ontem. Tínhamos a mesma idade. Na casa dela, bolo, brigadeiro, enfeites de isopor, gêmeos vestidos iguais e tudo que uma festa infantil manda. Eu estourando as bexigas e querendo arranjar encrenca com meus primos, minha mãe me intima:

-Se fizer merda hoje vai apanhar que nem gente grande.

Tudo bem, mâmi. A festa transcorreu super bem até a hora do parabéns. Apagaram a luz, minha prima apagou as velinhas e todos bateram palmas. Um segundo de silêncio, ops, acho que queimou a lâmpada. Não acende.Um barulho.

-POF!

A luz, daquelas brancas tipo de hospital, demora a acender, mas acende.

Minha prima tava com a cara toda melada de chantilly. "Deram" com a cabeça dela no bolo, no meio da escuridão.
Ela olha pra mim e grita:


-Vai tomar no cu, seu filho da puta!

Nem deu tempo de fazer cara de santo, e nem de ver a cara de horror dos meus tios que achavam que sua filha era santa e iria oferecer a outra face. Só me preocupava em fugir dos meus pais. E acho que foi o dia em que mais corri na minha vida. E foi o dia em que meus tios decidiram não mais frequentar nossa casa por um bom tempo. E, também, foi o dia em que meus pais decidiram procurar uma psicóloga. Não pra eles, pra mim.

Há quinze anos atrás. Direto do túnel do tempo.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

respostas à altura

Uns dias atrás, em São Paulo. Minha irmã, se arrumando. Eu, esperando na sala. Tínhamos que estar do outro lado da cidade às 16 horas e já eram 15:45.

eu, gritando: "É por isso que o Brasil não vai pra frente. Porque tem gente lerda demais que demora pra fazer as coisas."

minha irmã, replicando: "O Brasil não vai pra frente por causa das pessoas impacientes que não sabem esperar o progresso."

Fiquei sem resposta.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

eu sou malvado?

Às vezes eu tenho medo de mim mesmo. Medo do que eu posso causar na cabeça de certas pessoas.

Pensar é uma dádiva, um privilégio, eu digo e muita gente diz, até Descartes disse "penso, logo existo", certo? Mas o pensar traz loucura, insanidade, sociopatia, me afasta dessa tal sociedade, me faz rejeitar o sistema e o jeito que as coisas funcionam...e devido a essa eterna sociopatia e vontade de não aceitar as coisas como são, vivo assim, tentando mudar tudo (e mudando algumas coisas), criticando...

Já conheci pessoas, pelas minhas andanças por esse Brasilzão de meu Deus, que não tinham uma idéia própria. Viviam guiadas pelo que a sociedade quer, atendendo os anseios e as exigências de um sistema que te vicia na imagem e no consumismo, e vivendo nas aparências de uma pessoa "social", uma pessoa "aceitável". E, com algumas dessas pessoas eu conversei, comecei a expor meus pontos de vista sobre as coisas, sobre o mundo, sobre os usos e costumes das pessoas e toda essa moral hipócrita que nos rodeia. Algumas consegui influenciar para que se libertassem um pouco e começassem a pensar por si próprias, andar com as próprias pernas... e, depois de um tempo, vi essas pessoas cheias de questionamentos e dúvidas, rejeitando o modelo que antes aceitavam e não por que achavam "legal", e sim por um sentimento de inconformismo que foi sendo criado dentro delas. E percebi que, antes de todos esses questionamentos, antes de toda essa mudança, essas pessoas eram, digamos, mais felizes.

Será a felicidade um produto vendido em embalagens plásticas embaladas a vácuo nas estantes dos supermercados mesmo, tipo, sendo necessária a alienação pra conseguir a mesma? Será o consumo o sustentáculo dessa tal felicidade? Ou a felicidade não é nada disso, é algo que nós com nossas cabeças fechadas ainda não conseguimos visualizar?

Eu acredito na segunda resposta. Mas, será que isso é o bastante pra todas essas pessoas que, direta ou indiretamente, influenciei? Será que elas não estavam felizes o bastante com seu mundo fashion e regrado e vem um lazarento pra mostrar coisas difíceis de se alcançar?

Será que pensar, enfim, faz mal ou bem às pessoas? Será que não seria melhor deixá-las em seus mundinhos fechados, sem criticar, reclusas e pacíficas?

No fundo, o caminho entre perder o paraíso e ganhar visão é penoso, e no fim não tem um pote de ouro e nem TV a cabo. Mas a caminhada vale a pena.

Mas... e o resto do mundo?

por onde começar, é hora da alma vagar, por onde devo começar, por onde começar, você e eu debaixo dessa chuva, você e eu sozinhos, aqui... dead fish - iceberg (múltiplas interpretações, escolha a sua)

sábado, janeiro 29, 2005

da série "madrugadas inesquecíveis no MSN"

siclano diz:
ow... o bush eh moh filadaputa neh... mato um monte de gente no irak e no vietnam...

eu não durmo. diz:
por que você diz isso? O Bush é legal sim, gente finíssima.

eu não durmo. diz:
Respeitador da moral e dos costumes. Eu votaria nele.

siclano diz:
owww cara como tu pode flar isso? quanta gente q morre hj por causa da alta do dolar

eu não durmo. diz:
é, o dólar tá matando muita gente mesmo... onde esse mundo vai parar?Só não tá matando mais que a peste negra, hoje em dia.

siclano diz:
eh serio? volto a epidemia msm? essa doença naum tinha sido estinta no brasil?

eu não durmo. diz:
¬¬

siclano teve seu nome original trocado para preservar a moral e os bons costumes da internet e da família brasileira.

terça-feira, janeiro 25, 2005

afinal... pra que tudo isso?

Eu poderia escrever muita coisa aqui hoje, poderia escrever sobre a chuva, sobre minhas idéias, sobre os mortos do outro lado do mundo ou o que me viesse na telha. Poderia escrever sobre tudo e sobre nada.

Mas sabe quando você não está mal, pelo contrário... mas se sente meio perdido? Como num tipo de crise existencial (sim, quem somos e de onde viemos e blábláblá), começa a refletir e a pensar e fica mais confuso, e se afunda no meio dessa confusão, e não consegue mais pensar, e enfim descobre não saber o que quer da vida, perdidão mesmo... é estranho... escrever rápido e sem muitas interrupções tipo um brainstorm?

Eu só queria um pouco de paz, sabem? Queria que certas pessoas entendessem de uma vez por todas que eu já cresci bastante pra decidir o que é bom ou ruim pra mim e foda-se o resto do mundo. Isso mesmo, foda-se, que se dane o que vão pensar, "ahhh, eu tinha uma expectativa tão grande de você", "você enchia nossa bola", "você era nossa esperança", serão apenas palavras jogadas ao vento fazendo vibrar ondas sonoras que alimentam os axiomas da teoria do Caos.

É só isso que eu peço. Quero um pouco de confusão, sim. Mas a confusão que me traga, de vez por todas, a paz que eu quero, e deixe longe a paz que eu não quero.

me abrace e me dê um beijo, faça um filho comigo, mas não me deixe sentar na poltrona no dia de domingo, procurando novas drogas de aluguel nesse vídeo coagido, é pela paz que eu não quero seguir admitindo... o rappa - minha alma (a paz que eu não quero)

terça-feira, janeiro 18, 2005

se postar música é fim de carreira, já era...

Eu não vou falar de amor
E nem vou falar do tempo
Eu não vou dizer nada
Além do que estou dizendo
Eu não vou dizer
O que realmente penso
Até mesmo porque
Não tenho nada a dizer
Eu não vou dizer
O que realmente sinto
Até mesmo porque
Não é o que eu quero fazer
Eu não vou falar de culpa
E nem de arrependimento
Mas só do que eu digo agora
E aqui neste momento
Eu não vou falar
De novo o que eu falei
Eu não vou falar
De mim nem de ninguém
Eu não vou falar
De coisas que eu não sei
E nem vou falar
Do que eu conheço bem
Eu não vou contar uma história
E nem vou dar explicação
Eu não vou falar de flores
E nem da televisão
Eu não vou falar de nada
Eu não vou falar de nada
E isso é só o que basta
Pra fazer esta canção

eu não vou dizer nada (além do que estou dizendo) - titãs

quinta-feira, janeiro 13, 2005

this is not a fucking christmas tale

Quando eu era pequeno, mas bem pequeno mesmo, a ponto em acreditar em papai noel e na fadinha do dente, a época de Natal me deixava inquieto.
Nem tanto pelos presentes, já que não eram muitos. Talvez pela ceia, com tender e arroz com uvas passas. Mas me lembro perfeitamente que, no dia 24 de dezembro, olhava para o céu à noite e via uma estrela vermelha. Isso me inquietava.

Minha avó dizia que era o trenó do bom velhinho.
Minha mãe contava uma história mirabolante sobre três reis magos que, há muito tempo, nesse mesmo dia, seguiram esta mesma estrela.

O fato é que, mesmo me lembrando perfeitamente daquele ponto vermelho no céu, mais ou menos próximo à Lua das 21 horas, procuro-o nos céus por toda a noite de 24 de dezembro até hoje, e não o acho.

Será que a estrela vermelha desapareceu? Era um produto da minha imaginação?

Ou será que, com o passar do tempo, as estrelas páram de brilhar para as pessoas?