São Paulo é uma cidade do caralho. Um lugar onde tudo é legal e as relações são intensas.
Como por exemplo essa que vou descrever agora, que não durou mais que dois minutos.
Fui resolver algumas coisas na minha cidade natal. Tava lá eu, no metrô, meio cheio e algumas pessoas de pé, inclusive eu, logo que entrei na estação Marechal. No banco bem atrás de mim, duas senhoras de meia-idade, conversando pacificamente.
(senhora de saiona até o tornozelo e cabelo até a bunda) - Pois é, pra aceitar a divina misericórdia a senhora deve começar parando de usar essas coisas mundanas; cabelo curto, calça comprida? Deus não gosta disso.
(senhora com cara de normal) - Ah, quer dizer que por causa do meu cabelo e do que eu visto eu vou pro inferno? VÁ PRA PUTA QUE PARIU!
E a senhora que xingou se levantou, e seguiu viagem de pé. A outra ficou sentada, com cara de tacho. E o lugar ao lado dela, vazio.
E esse lugar vazio, único lugar do vagão inteiro que estava vazio, ficou vazio até a Sé, que foi onde eu desci.
Que gente mais doida, não?
segunda-feira, agosto 30, 2004
domingo, agosto 29, 2004
UTILIDADE PÚBLICA
Como eu sou muito do legalzinho, resolvi disponibilizar aqui a tag que funcionou por aqui pra mandar aquela barrinha do Blogger à merda.
É só clicar aqui e tentar. Obs: o arquivo está zipado .
É o Só Terror fazendo a sua vida mais divertida. DUH!
É só clicar aqui e tentar. Obs: o arquivo está zipado .
É o Só Terror fazendo a sua vida mais divertida. DUH!
sexta-feira, agosto 27, 2004
quinta-feira, agosto 26, 2004
?????
Tá. Eu sempre soube que isso existia. Não é novidade. Mas hoje, isso me pegou de um jeito tal que deu raiva.
Mexendo no computador, a tv ligada pro Abreu (Conhece? NEM EU!) assistir, programa do Jô e um pianista cego dando entrevista. A conexão problemática e eu metido com os fios da linha de telefone.
No momento em que minha atenção auditiva estava voltada pra entrevista, subitamente surge a pergunta:
(Jô) - Você também compõe?
(Entrevistado) - Não, eu não fiz curso de composição.
Tomei um choque, não com os fios, mas com a resposta. Tudo bem, como eu disse lá em cima sempre soube que existe curso superior de Música com ênfase em arranjo e composição (assim como regência e orquestração e etc), mas como talvez hoje meu humor não esteja dos melhores,gritei falei sozinho:
- CARALHO! ENTÃO QUER DIZER QUE SE EU NÃO SEI PICAS DE COMPOSIÇÃO, SE NÃO SEI NEM RIMAR "BOLA" COM "COLA", UM CURSO VAI ME TRANSFORMAR NUM COMPOSITOR? NEM FODENDO!
Passado o ato puramente instintivo, voltei à razão e comecei a pensar mais sobre isso.
O ato de compor pode até ser aprendido em uma universidade. Pode-se juntar alguma teoria, um pouco de psicologia, e transformar o cara num exímio rimador destruidor de corações. MAS, a verdadeira composição, é aquela que vem de dentro. Pode ser do coração ou mesmo dos intestinos. O OFÍCIO de compor é bem diferente da ARTE de compor.
Muitos fatores levam alguém a gostar de música. Muitos levam alguém a escrever. Compor. Composição não é só música. É texto, é fala, discurso, relacionamento, a vida é compor! Blogs são composições, sendo dentre estas algumas com extrema qualidade, outras nem tanto (como o meu).
Como alguns profissionais de comunicação falam que "escritores independentes banalizam o ofício de jornalista", eu digo que "compositores profissionais banalizam a arte".
Tá, é opção de cada um. Mas essa é a minha opinião depseudo-músico e ninguém muda.
Mexendo no computador, a tv ligada pro Abreu (Conhece? NEM EU!) assistir, programa do Jô e um pianista cego dando entrevista. A conexão problemática e eu metido com os fios da linha de telefone.
No momento em que minha atenção auditiva estava voltada pra entrevista, subitamente surge a pergunta:
(Jô) - Você também compõe?
(Entrevistado) - Não, eu não fiz curso de composição.
Tomei um choque, não com os fios, mas com a resposta. Tudo bem, como eu disse lá em cima sempre soube que existe curso superior de Música com ênfase em arranjo e composição (assim como regência e orquestração e etc), mas como talvez hoje meu humor não esteja dos melhores,
- CARALHO! ENTÃO QUER DIZER QUE SE EU NÃO SEI PICAS DE COMPOSIÇÃO, SE NÃO SEI NEM RIMAR "BOLA" COM "COLA", UM CURSO VAI ME TRANSFORMAR NUM COMPOSITOR? NEM FODENDO!
Passado o ato puramente instintivo, voltei à razão e comecei a pensar mais sobre isso.
O ato de compor pode até ser aprendido em uma universidade. Pode-se juntar alguma teoria, um pouco de psicologia, e transformar o cara num exímio rimador destruidor de corações. MAS, a verdadeira composição, é aquela que vem de dentro. Pode ser do coração ou mesmo dos intestinos. O OFÍCIO de compor é bem diferente da ARTE de compor.
Muitos fatores levam alguém a gostar de música. Muitos levam alguém a escrever. Compor. Composição não é só música. É texto, é fala, discurso, relacionamento, a vida é compor! Blogs são composições, sendo dentre estas algumas com extrema qualidade, outras nem tanto (como o meu).
Como alguns profissionais de comunicação falam que "escritores independentes banalizam o ofício de jornalista", eu digo que "compositores profissionais banalizam a arte".
Tá, é opção de cada um. Mas essa é a minha opinião de
terça-feira, agosto 24, 2004
DE NOVO PE&$#^*#^$$#@$&@$##@%##no carrier
Quem entra no mundo da banda larga no estado de São Paulo sempre acha que vai cair num mundinho colorido, um mar de rosas.
2133 assinantes com problemas no momento em sua região. A previsão para estarmos normalizando é de oito horas.
Essa foi a resposta da mocinha da Telefônica quando, pela décima primeira vez, liguei pro suporte técnico essa semana.
Porra, foi assim em São Paulo, quando assinei pela primeira vez o serviço de banda larga deles (ainda na época do Megavia); cancelei, assinei de novo quando disseram que melhorou, mas caía o sincronismo toda hora, parava de responder, erro de DNS e tal. Depois de uma época melhorou um pouco, mas pelo menos uma vez por semana tinha que ligar pro suporte e ouvir que "estaremos verificando" o caralho a quatro.
Pensam que aqui foi diferente??? Ha ha ha!
Por isso que, nesse momento, estou fazendo a minha mais inflamada declaração derepúdio amor a esta empresa de telecomunicações que, além de nos fazer assinar provedores inúteis com conteúdos maravilhosos, nos proporciona momentos de verdadeira vontade de dar com a cabeça na parede emoção.
TELEFÔNICA, VAI TOMAR NO CU!
P.S.: O maior problema, é que nessa merda de cidade do interior em que eu moro, não tem outra opção de conexão à internet rápida (hahaha, que piada), e pro que eu uso a internet, nos horários que eu a uso, conexão discada não dá.
2133 assinantes com problemas no momento em sua região. A previsão para estarmos normalizando é de oito horas.
Essa foi a resposta da mocinha da Telefônica quando, pela décima primeira vez, liguei pro suporte técnico essa semana.
Porra, foi assim em São Paulo, quando assinei pela primeira vez o serviço de banda larga deles (ainda na época do Megavia); cancelei, assinei de novo quando disseram que melhorou, mas caía o sincronismo toda hora, parava de responder, erro de DNS e tal. Depois de uma época melhorou um pouco, mas pelo menos uma vez por semana tinha que ligar pro suporte e ouvir que "estaremos verificando" o caralho a quatro.
Pensam que aqui foi diferente??? Ha ha ha!
Por isso que, nesse momento, estou fazendo a minha mais inflamada declaração de
TELEFÔNICA, VAI TOMAR NO CU!
P.S.: O maior problema, é que nessa merda de cidade do interior em que eu moro, não tem outra opção de conexão à internet rápida (hahaha, que piada), e pro que eu uso a internet, nos horários que eu a uso, conexão discada não dá.
domingo, agosto 22, 2004
GANHAMOS UMA MEDALHA DE PAPELÃO
O Brasil está meio mal das pernas nessas olimpíadas. Bom, o Brasil nunca foi uma potência olímpica, não por falta de atletas de qualidade, mas por falta de INVESTIMENTO das pessoas que têm grana: governo e patrocinadores.
Ahhh, mas o nosso futebol é pentacampeão!
E o Brasil continua sendo a "pátria de chuteiras", mesmo que a seleção não esteja nos jogos olímpicos. Afinal, "goleamos de 6 a 0 o Haiti, um país mais desgraçado que o nosso"!
Futebol e cerveja gelada no domingo, pra esquecer do chefe chato, da conta atrasada, da falta de VONTADE de mudar as coisas... será que é isso que o nosso povo precisa?
Infelizmente a geração de nossos pais (ainda que haja exceções) não foi ensinada a CRITICAR.
Na verdade nós também não, mas acabamos aprendendo sozinhos. Por que isso?
Essa pergunta não tem uma "resposta absoluta". Cada um de nós teve seus motivos particulares. E não cabe a nós discutir os motivos; e sim ver o que podemos fazer daqui pra frente.
Ou então, daqui a um tempo, darmos um par de chuteiras pros nossos filhos, e torcer pra que virem "jogadô de Seleção" e nos sustentem em nossa velhice.
Ahhh, mas o nosso futebol é pentacampeão!
E o Brasil continua sendo a "pátria de chuteiras", mesmo que a seleção não esteja nos jogos olímpicos. Afinal, "goleamos de 6 a 0 o Haiti, um país mais desgraçado que o nosso"!
Futebol e cerveja gelada no domingo, pra esquecer do chefe chato, da conta atrasada, da falta de VONTADE de mudar as coisas... será que é isso que o nosso povo precisa?
Infelizmente a geração de nossos pais (ainda que haja exceções) não foi ensinada a CRITICAR.
Na verdade nós também não, mas acabamos aprendendo sozinhos. Por que isso?
Essa pergunta não tem uma "resposta absoluta". Cada um de nós teve seus motivos particulares. E não cabe a nós discutir os motivos; e sim ver o que podemos fazer daqui pra frente.
Ou então, daqui a um tempo, darmos um par de chuteiras pros nossos filhos, e torcer pra que virem "jogadô de Seleção" e nos sustentem em nossa velhice.
sexta-feira, agosto 20, 2004
SUAS VIDAS IRÃO MUDAR
Senhoras e senhores visitantes dessa privada desse blog, é com imensurável prazer que anuncio a criação de um novo empreendimento que irá revolucionar a Internet.
Agora sim, sua Internet nunca mais será a mesma (sem plagiar o spot do Speedy, é claro).
Aguardem.
Antes que eu me esqueça, tchauzinho, barrinha do Blogger.
Agora sim, sua Internet nunca mais será a mesma (sem plagiar o spot do Speedy, é claro).
Aguardem.
Antes que eu me esqueça, tchauzinho, barrinha do Blogger.
quarta-feira, agosto 18, 2004

Há muita coisa a ser dita sobre o FAITH NO MORE:
- Que eles foram a maior banda de todos os tempos;
- Que iniciaram a fusão de elementos do heavy metal com o som dançante do funk e groove;
- Que serviram de influência básica pra todo esse movimento nu metal de hoje;
- Que Mike Patton é o rei das bizarrices e um exemplo de performance;
- Várias outras coisas que não caberiam nesse blog.
Enfim, se hoje vocês ouvem coisas de qualidade (mesmo que em pouca quantidade, o lixo ainda predomina) no rádio, como por exemplo: System of a Down, Incubus, Deftones (já velhacos mas amplamente influenciados), Nine Inch Nails (idem), Slipknot e outros, agradeçam a Mike, Puffy, Billy, Roddy e Jim.
segunda-feira, agosto 16, 2004
AGORA TÁ TUDO CLARO
Eu sabia que o Tico Santa Cruz e o Chorão tinham algo em comum além de fazerem música ruim.
Vejam a nova propaganda da promoção das tais garrafinhas das olimpíadas e tirem suas conclusões.
Vejam a nova propaganda da promoção das tais garrafinhas das olimpíadas e tirem suas conclusões.
DON'T ADVERTISE HERE
Enquanto isso, eu e a nova barrinha do Blogger vamos convivendo, quase que pacificamente.
Até eu conseguir tirar essa porra daqui de cima.
Até eu conseguir tirar essa porra daqui de cima.
domingo, agosto 15, 2004
COISAS E MAIS COISAS
Enfim, o domingo (hunf), que o que mais gosto nele é ser um dia de folga. Uns probleminhas com a CPFL, o vizinho não pagou as contas de luz e cortaram a luz da minha casa por engano, é claro que mandei alguns tomarem em seus respectivos cus. Trabalho demais, mas enfim, sobrevivi a mais uma semana.
E o melhor de tudo:
Minha banda larga vem aí. Nada queum mês comendo miojo e andando só de busão R$144,60 não resolvam.
E vou ver os saltos sobre o cavalo na televisão. Hunf.
E o melhor de tudo:

Minha banda larga vem aí. Nada que
E vou ver os saltos sobre o cavalo na televisão. Hunf.
quarta-feira, agosto 11, 2004
MARAVILHAS DA ERA CONTEMPORÂNEA

Eu simplesmente amo as novas tecnologias.
Telefones que chiam, fornos elétricos que não esquentam, celulares cuja bateria dura duas horas depois de carregada (sem usa-lo!), automóveis que não pegam...
Mas o mais maravilhoso são os computadores e seus sistemas operacionais. Simplesmente A-DO-RO a Microsoft. Ela que nos proporciona a maioria das emoções cibernéticas.
Qual seria a graça se, ao abrirmos aquela página pesadíssima, a nossa linha discada não caísse ou o Windows não desse pau??
A vida sem essas emoções seria uma droga. Definitivamente.
Postado a 24000 bps, de um computador arcaico via
domingo, agosto 08, 2004
CICLOS
Quantas vezes as pessoas não quiseram mudar alguma coisa, e pararam no meio do caminho?
Quantas vezes quisemos fazer algo, e desistimos? Não importa o que seja?
Pelos mais diversos motivos: não há tempo, tenho que estudar pro vestibular, acho que não vale a pena, não é coisa mais pra minha idade...
Os ciclos terminam. E as coisas vão perdendo o brilho. Vem a tal responsabilidade. Horários, regras, contas, família.
E as coisas vão perdendo o brilho. Dizem que é uma tendência.
Tenho muito medo disso, pois às vezes me sinto um pouco cansado.
Enfim, acabei postando isso. Não dá pra fugir da realidade mesmo...
Quantas vezes quisemos fazer algo, e desistimos? Não importa o que seja?
Pelos mais diversos motivos: não há tempo, tenho que estudar pro vestibular, acho que não vale a pena, não é coisa mais pra minha idade...
Os ciclos terminam. E as coisas vão perdendo o brilho. Vem a tal responsabilidade. Horários, regras, contas, família.
E as coisas vão perdendo o brilho. Dizem que é uma tendência.
Tenho muito medo disso, pois às vezes me sinto um pouco cansado.
Enfim, acabei postando isso. Não dá pra fugir da realidade mesmo...
sábado, agosto 07, 2004
A IMAGEM DAS BESTAS PARTE 2
...mas nada como ter um servidor proxy fora do Brasil sempre à mão pra enganar a máquina...
http://www.fotolog.net/soterror
http://www.fotolog.net/soterror
A IMAGEM DAS BESTAS
Estava eu aqui, feliz da vida com minha nova webcam que tira foto via um software instalado no pc, igualzinho criança quando ganha doce de São Cosme e Damião, quando tive uma brilhante idéia:
- Por que não criar um fotolog?
e lá fui eu clicar em fotolog.net e create. Súbito apareceu a página dizendo que brasileiros só podem criar oitocentos flogs por dia. E a cota estava esgotada, e eu precisaria pagar 5 doletas por mês pra ter o meu.
Será que é por causa dos nossos 250.000 flogs contra só 32.000 dos inventores da idéia?
Tadinhos... tão invejosos!
- Por que não criar um fotolog?
e lá fui eu clicar em fotolog.net e create. Súbito apareceu a página dizendo que brasileiros só podem criar oitocentos flogs por dia. E a cota estava esgotada, e eu precisaria pagar 5 doletas por mês pra ter o meu.
Será que é por causa dos nossos 250.000 flogs contra só 32.000 dos inventores da idéia?
Tadinhos... tão invejosos!
quinta-feira, agosto 05, 2004
GADO
Não sei o porquê mas liguei a TV na tarde do sábado passado. Bem na hora que estava começando o programa do infame Luciano Huck.
Logo de cara um dramalhão. O coitado tinha perdido o emprego e estava trabalhando de motorista de lotação, mas roubaram sua perua; acharam a mesma toda despedaçada. Tava devendo pra Deus e o mundo, os164 cinco filhos passando fome, a casa caindo aos pedaços, enfim, na merda.
Então, pra ganhar o prêmio de não sei quantos mil reais, o cara tinha que acertar nãoseioquê com dez tentativas. Acertou, chorou, o apresentador derramou lágrimas de colírio, tocou a musiquinha de emoção e todos ficaram felizes para sempre.
Oh, Pai das Luzes, obrigado por termos emissoras como a Globo!
P.S.: Achei que este site tinha sido extinto, mas felizmente continua bem vivo, só mudou de endereço. Entrem e conheçam mais sobre a nossa querida emissora de TV.
Logo de cara um dramalhão. O coitado tinha perdido o emprego e estava trabalhando de motorista de lotação, mas roubaram sua perua; acharam a mesma toda despedaçada. Tava devendo pra Deus e o mundo, os
Então, pra ganhar o prêmio de não sei quantos mil reais, o cara tinha que acertar nãoseioquê com dez tentativas. Acertou, chorou, o apresentador derramou lágrimas de colírio, tocou a musiquinha de emoção e todos ficaram felizes para sempre.
Oh, Pai das Luzes, obrigado por termos emissoras como a Globo!
P.S.: Achei que este site tinha sido extinto, mas felizmente continua bem vivo, só mudou de endereço. Entrem e conheçam mais sobre a nossa querida emissora de TV.
terça-feira, agosto 03, 2004
PULÍTIQUIA
Ano eleitoral. Mesma merda de sempre. Os caras Vêm no teu bairro e apertam a tua mão, e você ouve todas aquelas mentiras e asneiras, dizendo que se a gestão anterior não asfaltou aquela rua ele vai asfaltar (detalhe: o candidato que está no poder disse a mesma coisa há quatro anos), blá blá blá, e você louco pra ter uma automática na mão ele ir embora logo, e mais blábláblá, e um monte de pessoas emporcalhando a rua e o quintal da frente da sua casa com os santinhos dos políticos.
Quem dera o voto não fosse eletrônico na época das eleições presidenciais. Tudo bem que o que conta são apenas votos válidos, mas a quantidade de votos que um só candidato iria ter ganho poderia ter assustado as "otoridades" e fazê-las pensar um pouco sobre a situação do País.
Quem dera o voto não fosse eletrônico na época das eleições presidenciais. Tudo bem que o que conta são apenas votos válidos, mas a quantidade de votos que um só candidato iria ter ganho poderia ter assustado as "otoridades" e fazê-las pensar um pouco sobre a situação do País.
E aí, Malufão, vai encará?
segunda-feira, agosto 02, 2004
DICAS DE LIMPEZA
Pesquisas apontam que a maioria dos acidentes graves envolvendo automóveis no perímetro urbano das grandes metrópoles, à noite e nos fins de semana, são provocados por condutores na faixa entre 18 e 23 anos, de classe média-alta, que ganharam o veículo dos pais. Muitas vezes os condutores não têm a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Automóveis, dos mais rápidos, são ótimos presentes a ser dados a pseudo-revoltados-filhinhos-de-papai-semi-analfabetos ou pattys-nojentas-metidas-histéricas-que-usam-linguagem-montanha-russa.
Ainda há muitos postespara serem derrubados nas grandes cidades. Graças a Deus.
Automóveis, dos mais rápidos, são ótimos presentes a ser dados a pseudo-revoltados-filhinhos-de-papai-semi-analfabetos ou pattys-nojentas-metidas-histéricas-que-usam-linguagem-montanha-russa.
Ainda há muitos postes
sábado, julho 31, 2004
O DIA EM QUE AS MÁQUINAS VIRARAM AO CONTRÁRIO
Dormiu bem. Acordou e olhou tudo, era estranho. Estava escuro. Foi à sala e ligou a TV, que na verdade, estava ligada, e desligou.Na cozinha, a mulher, estranhamente, colocava o prato quente no microondas, e o mesmo saía frio. Direto para os potes de plástico que se guarda na geladeira.
Resolveu sair pra trabalhar. Como estava escuro, não sabia se estava atrasado; tinha o péssimo(?) costume de odiar relógios. Sempre acordou sozinho, adivinhava as horas com precisão de segundos. Ao ligar o automóvel, percebeu que o barulho estava diferente; olhou para o escapamento e viu a fumaça entrar em vez de sair. Engatou a primeira; e o carro andou, para trás.
Pegou a avenida, depois a marginal. Achava estranho, mas tudo parecia tão normal: todos os carros estavam andando de ré, os ônibus, as pessoas entravam por trás e saíam pela frente. Como se por toda sua vida fosse assim.
Ao chegar na fábrica de pregos, viu o fax que recebeu. Entrando no aparelho, e se enrolando na bobina. Em sua máquina, o mais absurdo: entravam pregos e saíam pedaços brutos de ferro.
O dia começou a clarear.
Cafés que, subitamente, entravam nas garrafas térmicas. O seu cigarro, começava pela bituca, acabava apagado, e ele o guardava no maço de novo. Então foi ao restaurante, hora do almoço. O mesmo self-service, a mesma hora: duas e quatorze. As pessoas tiravam a comida da boca e depositavam nos pratos, depois punham tudo nas bandejas, devolviam os pratos limpos e recebiam seu vale-refeição.
Achou nojento. Mas com ele não foi diferente. E parecia tudo normal.
De novo, trabalho. Mais pregos entrando, e lingotes saindo. Cafés voadores, desafiando a lei da gravidade. Canetas que se enchiam de tinta conforme se ia desescrevendo os papéis.Voltou pra casa. O carro não quis ir pra frente de novo. Sempre de ré.
Então viu, pela janela, o metrô, que passava por entre as duas pistas da avenida: em vez de ir, vinha. Esvaziando. Finalmente em casa, quando o despertador tocou ao contrário (ele odiava despertadores, mas a mulher insistia:"benzinho, emprego tá difícil, e se você perde a hora?") percebeu que era hora de dormir.
Mas não dormiu. Acordou. Para dormir, de novo, às vinte e duas horas do dia de ontem.
Resolveu sair pra trabalhar. Como estava escuro, não sabia se estava atrasado; tinha o péssimo(?) costume de odiar relógios. Sempre acordou sozinho, adivinhava as horas com precisão de segundos. Ao ligar o automóvel, percebeu que o barulho estava diferente; olhou para o escapamento e viu a fumaça entrar em vez de sair. Engatou a primeira; e o carro andou, para trás.
Pegou a avenida, depois a marginal. Achava estranho, mas tudo parecia tão normal: todos os carros estavam andando de ré, os ônibus, as pessoas entravam por trás e saíam pela frente. Como se por toda sua vida fosse assim.
Ao chegar na fábrica de pregos, viu o fax que recebeu. Entrando no aparelho, e se enrolando na bobina. Em sua máquina, o mais absurdo: entravam pregos e saíam pedaços brutos de ferro.
O dia começou a clarear.
Cafés que, subitamente, entravam nas garrafas térmicas. O seu cigarro, começava pela bituca, acabava apagado, e ele o guardava no maço de novo. Então foi ao restaurante, hora do almoço. O mesmo self-service, a mesma hora: duas e quatorze. As pessoas tiravam a comida da boca e depositavam nos pratos, depois punham tudo nas bandejas, devolviam os pratos limpos e recebiam seu vale-refeição.
Achou nojento. Mas com ele não foi diferente. E parecia tudo normal.
De novo, trabalho. Mais pregos entrando, e lingotes saindo. Cafés voadores, desafiando a lei da gravidade. Canetas que se enchiam de tinta conforme se ia desescrevendo os papéis.Voltou pra casa. O carro não quis ir pra frente de novo. Sempre de ré.
Então viu, pela janela, o metrô, que passava por entre as duas pistas da avenida: em vez de ir, vinha. Esvaziando. Finalmente em casa, quando o despertador tocou ao contrário (ele odiava despertadores, mas a mulher insistia:"benzinho, emprego tá difícil, e se você perde a hora?") percebeu que era hora de dormir.
Mas não dormiu. Acordou. Para dormir, de novo, às vinte e duas horas do dia de ontem.
sexta-feira, julho 30, 2004
MEDO
Como a independência gera medo!!!
Medo de quem detém o poder. Principalmente o cultural, mais especificamente falando dos detentores de direitos de direitos autorais (isso mesmo, direitos de direitos autorais: aqueles que possuem o direito de comercialização de obras com direito autoral), as grandes gravadoras. Agora parece que esse terror está se parecendo mais ainda com terror pra quem manipula a informação absorvida pelas massas, a indústria de jornalismo musical.
No mínimo interessante uma reportagem lida no Observatório da Imprensa (observatorio.ultimosegundo.ig.com.br) de um jornalista chamado Rodney Brocanelli. Pelo que me parece o mesmo escreve também em mídias ligadas à música em si. Bom, vamos ao que importa: não deu pra entender direito se o cara colocou um ponto contra ou a favor, ou as duas coisas ao mesmo tempo (algo comum na mídia hoje pra confundir as pessoas), quando citou que a revolução do mp3 criou uma "nova vítima": a imprensa especializada em música, tão manipuladora e maniqueísta como as famigeradas gravadoras.
Vamos a alguns trechos da reportagem:
"Depois de provocar estragos à indústria do disco, o Mp3 (arquivos de áudio com qualidade próxima à do CD) parece estar fazendo uma nova vítima: o jornalismo musical. Pelo menos este é o diagnóstico de nove entre 10 especialistas no assunto(...)"
"(...)quem não compra CD dificilmente comprará revistas que falam de música."
"De qualquer forma, parece que dois vilões dessa crise que assola o jornalismo musical já são conhecidos: os blogs e os e-zines. Para um certo articulista da revista Rock Press, eles 'são elementos que contribuem para a completa banalização do ofício de jornalista musical'."
É, meus caros... com certeza é indignante pra qualquer um que gastou mais de 30 mil reais em seus quatro anos de faculdade de jornalismo ver que qualquer pessoa que esteja com um computador ao alcance das mãos possa publicar na internet o que quiser, pra quantos que quiserem ler.A internet não é democrática, é mais que isso: LIVRE. Todos têm o direito de expressar suas idéias, pra quem quiser ler, doa a quem doer. E mais ainda que isso: TODOS QUE LÊEM PODEM ESCOLHER O QUE QUEREM LER.
Com certeza, quem não compra CD está cagando pras revistas de música. Quem baixa música na internet vai é fazer suas próprias críticas e ler as críticas e resenhas de quem realmente interessa: o ouvinte comum, assim como ele que baixa a música.
É a revolução silenciosa. A nossa revolução. Comendo pelas beiradas.
Vou fazer um paralelo (que pode até ser meio nada a ver mas serve só pra ilustrar) com um fato ocorrido na década de 80, onde o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, falou brincando, antes de um pronunciamento oficial, que "acabava de aprovar uma lei que acabaria de vez com a União Soviética, e que começariam a bombardear em cinco minutos". A brincadeira foi ao ar sem querer. Hoje nós é que fazemos esse pronunciamento: acabamos de aprovar uma lei nossa, uma lei não-oficial, que vai acabar de vez com a dominação das massas: a lei da "expressão não-acadêmica", a voz dos que não fizeram faculdade de comunicação.
Desta vez não é brincadeira. E já estamos bombardeando.
Medo de quem detém o poder. Principalmente o cultural, mais especificamente falando dos detentores de direitos de direitos autorais (isso mesmo, direitos de direitos autorais: aqueles que possuem o direito de comercialização de obras com direito autoral), as grandes gravadoras. Agora parece que esse terror está se parecendo mais ainda com terror pra quem manipula a informação absorvida pelas massas, a indústria de jornalismo musical.
No mínimo interessante uma reportagem lida no Observatório da Imprensa (observatorio.ultimosegundo.ig.com.br) de um jornalista chamado Rodney Brocanelli. Pelo que me parece o mesmo escreve também em mídias ligadas à música em si. Bom, vamos ao que importa: não deu pra entender direito se o cara colocou um ponto contra ou a favor, ou as duas coisas ao mesmo tempo (algo comum na mídia hoje pra confundir as pessoas), quando citou que a revolução do mp3 criou uma "nova vítima": a imprensa especializada em música, tão manipuladora e maniqueísta como as famigeradas gravadoras.
Vamos a alguns trechos da reportagem:
"Depois de provocar estragos à indústria do disco, o Mp3 (arquivos de áudio com qualidade próxima à do CD) parece estar fazendo uma nova vítima: o jornalismo musical. Pelo menos este é o diagnóstico de nove entre 10 especialistas no assunto(...)"
"(...)quem não compra CD dificilmente comprará revistas que falam de música."
"De qualquer forma, parece que dois vilões dessa crise que assola o jornalismo musical já são conhecidos: os blogs e os e-zines. Para um certo articulista da revista Rock Press, eles 'são elementos que contribuem para a completa banalização do ofício de jornalista musical'."
É, meus caros... com certeza é indignante pra qualquer um que gastou mais de 30 mil reais em seus quatro anos de faculdade de jornalismo ver que qualquer pessoa que esteja com um computador ao alcance das mãos possa publicar na internet o que quiser, pra quantos que quiserem ler.A internet não é democrática, é mais que isso: LIVRE. Todos têm o direito de expressar suas idéias, pra quem quiser ler, doa a quem doer. E mais ainda que isso: TODOS QUE LÊEM PODEM ESCOLHER O QUE QUEREM LER.
Com certeza, quem não compra CD está cagando pras revistas de música. Quem baixa música na internet vai é fazer suas próprias críticas e ler as críticas e resenhas de quem realmente interessa: o ouvinte comum, assim como ele que baixa a música.
É a revolução silenciosa. A nossa revolução. Comendo pelas beiradas.
Vou fazer um paralelo (que pode até ser meio nada a ver mas serve só pra ilustrar) com um fato ocorrido na década de 80, onde o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, falou brincando, antes de um pronunciamento oficial, que "acabava de aprovar uma lei que acabaria de vez com a União Soviética, e que começariam a bombardear em cinco minutos". A brincadeira foi ao ar sem querer. Hoje nós é que fazemos esse pronunciamento: acabamos de aprovar uma lei nossa, uma lei não-oficial, que vai acabar de vez com a dominação das massas: a lei da "expressão não-acadêmica", a voz dos que não fizeram faculdade de comunicação.
Desta vez não é brincadeira. E já estamos bombardeando.
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