terça-feira, setembro 03, 2024

TEMPO BOM QUE NÃO VOLTA MAIS

Tenho saudade da época que a internet era apinhada de blogs.

Um monte de gente desfilando a sua opinião sobre tudo e sobre todos, caixinha de comentários, layouts piscantes cheios de GIFs e botõezinhos dos programas que a galera gostava de usar pra fazer webdesign naquela época pré-CSS / tableless.

O máximo que existia de "rede social" era o Orkut (RIP), onde o formato de fórum proporcionava uma experiência singular - era possível ver APENAS o conteúdo que você queria. Sim, isso mesmo: você podia entrar na comunidade "Eu odeio acordar cedo" e ver as pessoas comentando o quanto odiavam acordar cedo, sem ter um chato que gosta de acordar 5 da manhã dando hate em todo mundo ou simplesmente trollando geral. Fora que você podia ver o quanto era cool, sexy e legal de acordo com os votos de seus amigos virtuais (Celso Portiolli feelings).

Enfim, voltando aos blogs, como eu já disse neste mesmo endereço há muitos anos, "nossos apês virtuais da CDHU onde recebemos as visitas que queremos": você basicamente OU tinha uma lista de favoritos OU tinha um feed RSS, que mostrava as atualizações dos seus blogueiros favoritos, ia lá, lia, dava um palpite nos comentários, às vezes puxava um pouco de conversa a mais no ICQ (RIP) ou no MSN (also RIP) e a vida seguia, todos nós ficávamos offline durante nossas atividades (escola, trabalho, faculdade ou ócio) e estava tudo bem assim.

Hoje em dia, até pra acompanhar os seus amigos - seja reais ou virtuais - é difícil por conta dos algoritmos que infestam as redes sociais de hoje em dia, algoritmos estes que te enfiam goela abaixo conteúdo que você nem sabe que existia, e de certo modo nos trouxeram pro caos que se encontra o mundo real hoje, juntando toda sorte de malucos e idiotas com ideias tortas pra fazer MUITO barulho.

E às vezes sigo pensando, por onde anda a galera que frequentava aqui, e que eu também frequentava seus respectivos blogs? Trabalhando, estudando, mudaram do país, formaram famílias?

Eu sigo aqui, apareço de vez em quando e escrevo alguma coisa, pra manter este cantinho de 20 anos de pitacos vivo. Pelo menos enquanto o Google resolver manter o serviço blogspot ativo.

Enfim... saudades daquela era dos layouts duvidosos cheios de GIF piscante, onde tudo parecia ser mais simples!

(e pra arrebentar de nostalgia, segue abaixo o meu avatar do Orkut em 2005)


(observação importante: não confundir "saudades daquela era" com "nostalgia de boomer da época que podia dirigir sem cinto e xingar minorias")

terça-feira, agosto 27, 2024

O ÚLTIMO TANGO EM CÓRDOBA

 Neste mês tive a oportunidade de visitar a Argentina, terra do tango, do dulce de leche e dos asados de parrilla.

No meio do caos de anos de governos e desgovernos, o argentino aprendeu a guardar dólar debaixo do colchão, curiosa maneira de se defender da inflação que come a renda dos hermanos e também de possíveis novos corralitos (ok google corralito o que foi).

Uma coisa que me pareceu interessante, assim como nas vezes que estive no Uruguai - também terra do tango, do dulce de leche e das vaquitas tranquilas - é a velocidade que nossos vizinhos tocam a vida. 

Totalmente diferente da loucura apocalíptica das cidades médias do Brasil.

Um passeio em Buenos Aires no horário do "rush" chega a ser aprazível em comparação a atravessar a Marginal Tietê em um sábado de tarde.

E uma parada em um restaurante popular em Córdoba se mostra muito mais amigável que os inflacionados menus gourmetizados da Grande São Paulo.

Um belo bife de chorizo com papas, umas três Quilmes de litrão (litrão que custa o equivalente a 13 reais, mais barato que long neck no posto de gasolina aqui) e um jogo do Belgrano na TV. 

Mesmo em tempos bicudos para os hermanos, dá vontade de vender tudo, colocar a esposa, o moleque e os cachorros no carro e se picar pra terra banhada pelo Mar del Plata.

Pode até ser visão de quem tem certos privilégios de viver em um país com economia "estável". Pode ser a meia idade falando. 

Mas é idílico imaginar passar as tardes frias de inverno tomando um mate na varanda de uma vivienda, escutando o último tango tocar em uma rádio AM de Córdoba.


quinta-feira, abril 18, 2024

quinta-feira, abril 14, 2022

 Acabei mudando o layout pra um pré definido do Blogger por motivos de:

 - Preguiça de editar o código

 - Caixa de comentários (o Haloscan não existe mais e todos os comentários de 2004 pra cá foram pro saco)

A hora que der eu faço um layout bacanudo.

PRAVDA VIDEZ, 18 ANOS, FESTA EM BREVE

 PESSOAL, AGORA QUE EU ME TOQUEI QUE ESSE BLOG AQUI VAI FICAR MAIOR DE IDADE NESTE ANO.


Precisamente no dia 16 de julho.


Julho é um mês que recentemente ficou da hora pra mim, pois em 26 de julho do ano passado (2021), em plena pandemia de corongavírus, do alto dos meus 40 (!) anos, ME TORNEI PAPAI! De um menino lindo, brincalhão, curioso e sorridente.


Aí o pessoal pode falar mais ou menos assim: poxa, com esse mundo doido, como que você vai me colocar uma criança no mundo? 


Mano.


Na boa, apesar de toda esta merda que vivemos hoje em dia (ultraliberalismo, governo do inominável, inflação, guerra etc etc etc), na minha humilde opinião, é a melhor época para se viver.


Temos toda a informação que precisamos na ponta dos dedos - é só saber filtrar. Use o seu cérebro de 4.5 bilhões de anos de evolução.


Temos água tratada, temos medicina avançada (e, especialmente, aqui no hospício BR temos o SUS), vacinas para quase toda moléstia...


E o mais importante: temos uma molecadinha aí que já está sendo criada com uma consciência ambiental diferenciada da nossa. 


Pega a galera da minha geração (nascido nos fins dos 70 e comecinho dos 80) e uma geração depois (fins dos 80 e comecinho dos 90). Nós fomos educados pra entender que os recursos são ilimitados. Tinha muito menos gente no mundo. E tinha muito menos informação disponível (basicamente as únicas vias de informação eram rádio, TV, jornais e revistas).


Hoje em dia temos muito avanço nisso tudo. Claro que a vasta privada internetal 3.0 (mais conhecida como "redes sociais") acabou agregando gente de pino solto pelo mundo afora, e é triste ver como tem gente jovem (da minha geração e até de uma ou duas gerações depois) sendo reacionárias aos avanços sociais, de gênero, de questão LGBT+ e et coetera. 


Porém essa galera boomer, uma hora, vai pro saco. E vai ficar a molecadinha nova que está sendo criada nessa ideia de respeito ao meio ambiente, respeito às diferenças (que, quer você queira ou não, sempre existiram na natureza), respeito ao próximo.


E, por isso, eu fico extremamente feliz de pensar: SOU PAPAI! 


E vou tentar criar e educar o meu filho em um ambiente de respeito e acolhimento, para que ele não precise tanto de terapia como eu (que continuo fazendo terapia aos 40 anos).

sexta-feira, outubro 23, 2020

VOLTEI, PORRA!

 CONSEGUI RECUPERAR A SENHA!!!!!!!!!!!!!

Vou começar a acertar o layout e organizar os posts.

Tem umas coisas que deixei em http://soterror5.blogspot.com porque não conseguia recuperar aqui. Acessa lá, logo eu coloco tudo por aqui!!

domingo, fevereiro 19, 2012

Transcendental

E quem diria que, ao terminar Física, não teria mais vontade de destruir o mundo?
Mundo este miserável, que nunca me pertenceu, e que nunca me teve. Não sou um mísero verso em um livro revolucionário.
Eu, miserável na minha existência como humano, mas não como ser pensante. E quem diria, Marx, Tesla, Aristóteles, que iríamos nos encontrar? Chico e Bukowski, que poderíamos tomar um gole de sabedoria infinita marejada a destilado?
Quem diria que não seria mais necessária a coexistência idiossincrática da classe C que insiste em viver nos supermercados da vida e nos escrotórios, atrás de algo que nunca lhes pertenceu? Perene, voando por sobre as nuvens que, em nossos dias miseráveis de folga, insistimos em dar formas?
Quem???
Liberto das suas amarras, te convido a vir aqui, subir, comigo, onde ninguém, a não ser os pássaros e os jatos, ousaram visitar. De onde posso, finalmente, ver, sentir e dizer, não quero e não preciso mais de você.

Pura, simples e minimalistamente telepata. Sem mais querer sacudir o mundo.

Mas... pra que dizer, tentar falar e escrever?

A fonética e a gramática já ficaram pra trás!

Ah... porra de simbologia antiquada!!!!!!

terça-feira, julho 24, 2007

Alimentar o dinossauro está nos custando muito caro. Até agora, 352 pra casa do caralho.


O que fazer para matar o dinossauro?

quinta-feira, abril 06, 2006

à puta que o pariu

Faz tempo que eu não escrevo aqui nessa merda mesmo. Desestímulo, sei lá. É o que eu vejo e sinto diante de um monte de merdas que leio todo dia em tudo quanto é mídia (seja o orkut, jornais, revistas e o caralho a quatro). Um bando de pessoas escrevendo tudo errado e trocando letras, coisas que o Cebolinha teria uma síncupe se começasse a ler, mesmo com suas trocas de R por L. Mensagens do peixinho, editoriais manipulados e falácias, pesquisas no Google que retornam merdas e mais merdas na vasta privada internetal, SPAM, senso comum demais e a porra toda que cansa e revolta até o último cabelo do cu.

Pra que toda essa tecnologia se o pessoal não sabe usar?

Por que diabos o pessoal não busca informação pra, pelo menos, escrever direito? E não são ignorantes. Não sãso miseráveis que não tem estudo. Eu me revoltei ontem quando uma pessoa me perguntou como se escreve "tchau". Acho que é o fim do mundo.

Eu gostaria de dar minha contribuição para um mundo melhor, basta seguirem minhas dicas:

- Assistam menos TV;
- Leiam de vez em quando, jornais, revistas e livros;
- Consultem um dicionário;
- Não troquem as letras para tornar as palavras mais rápidas de escrever, ou por que fica bonitinho;
- "Mas" é conjunção; "mais" é advérbio de intensidade. Pelo amor de Deus.

Quando eu nasci o mundo já era uma merda. Quero morrer pelo menos sabendo que o mundo que deixei está um pouco menos pior.

sábado, dezembro 10, 2005

quinta-feira, julho 07, 2005

como diz a música

Dado tudo o que ocorreu nos últimos dois meses, que uns já sabem e outros não (mas isso não importa, pois, na mais maquiavélica das interpretações, os fins justificaram os meios), bem, sem me perder e cometer erros ortográficos, rodei o mundo e vi muita coisa.

Vi os lugares, mas eles estavam lá, imóveis, como querendo fazer parte de uma história.

Perguntei às pessoas, mas elas não me responderam. Sim, falaram, mas não disseram nada.

Vi que, por mais que se faça e pense, tudo está dentro da cabeça. Se você transporta seu mundo junto contigo, nada muda.

Por isso que, no retorno da viagem, esqueci de propósito a bagagem na esteira do aeroporto. E sem etiquetas.

E, como diz a música: every new beginning comes from some other beginning's end. Mas não é um recomeço, são vários.

sábado, julho 02, 2005

Uma coisa que sempre digo... ser cavalheiro não é o mesmo que ser idiota. E ser legal não é o mesmo que ser burro.

Mas tem gente que confunde as coisas. Sei lá.

Sim, escondam as crianças atrás da porta e os bichos debaixo do sofá. Eu voltei.

quarta-feira, maio 18, 2005

pós-conceito

"Insanidade é fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes." (Albert Einstein)

Isto posto, mudei.

Sinto um turbilhão de coisas. Algo que completa e confunde ao mesmo tempo. Nada de novo, poderiam dizer os mais céticos, mas uma extensão de tudo o que se trabalhou para tanto.

Novidade é um conceito relativo. E, se eu dissesse que felicidade é novidade para minha humilde pessoa, estaria corroborando um conceito de infeliz crônico que não condiz com a verdade. Hesitante e desconfortável, em alguns momentos? Claro, todos precisam da desordem, do caos instaurado, pra achar a ponta do iceberg que emerge do vasto oceano de dúvidas. A pequena nesga de auto-estima a ser trabalhada.

Isso é o preceito básico. Aliás, isso é tudo. Não adianta ter convicção sem ter auto-estima. A forcinha que o empurrará e o guiará pelos labirintos muitas vezes escuros e úmidos da vida, até instintivamente,para a saída onde se pode ver o sol brilhar e o ar afável com cheiro de terra molhada da manhã.

Aí, meu caro, quando chegares a este ponto, já será tarde demais. Megalomania será apenas transcrição literária de algo inventado pelo homem para difamar os que querem mais. E, literalmente, sacudirás o mundo.

E não será necessária explicação.

Muito menos palavras. Ah... essa simbologia antiquada.

segunda-feira, abril 11, 2005

kill the cow

Certo tempo atrás (eu não sei pois não era nascido), em um país distante, havia uma aldeia. Nessa aldeia viviam pessoas pobres, porém uma família chamava a atenção. Eles viviam apenas de uma vaca - o que a vaca produzia de leite, eles consumiam uma parte e vendiam o resto. Não era muito o leite que vendiam, mas garantia-lhes o sustento.

Um dia, passaram por esta aldeia, dois andarilhos: um velho sábio e um jovem que o seguia.

Ao conhecer o lugar, o jovem se comoveu com a situação da pobre família que, realmente, era a mais pobre de todas.

O jovem perguntou ao sábio:

- Então, senhor, como faço para ajudá-los? Poderia sugerir para que trabalhassem na lavoura coletiva, ou que aprendessem a um ofício, poderia ensiná-los...

O sábio, então, respondeu:

-Quer ajudá-los? Mate a vaca.

-Mas como? É o único meio de sustento deles! -respondeu o jovem.

-Se quiser continuar a me seguir e conhecer o mundo, faça isso.

Então, muito contra a vontade, na calada da noite o jovem foi à casa da tal família e matou a vaca. No que voltou, o sábio ordenou que partissem.

Passaram-se meses e anos, e o jovem ainda tinha o remorso de ter matado a vaca daquela família em seu coração. De repente, em mais uma das andanças dos dois, o mesmo reconheceu o antigo vilarejo. Quis, logo de cara, procurar a família a quem acreditava ter feito tanto mal.

-Procure-os, vai ser bom pra você - disse o sábio.

O jovem saiu à procura da família. Foi à antiga fazenda. Descobriu que não mais moravam ali. Foi reunindo informações até que chegou a uma grande fazenda, lotada de pomares e plantações. A maior que já tinha visto. Chegou à porta da casa e logo reconheceu o velho senhor, pai da família.

-Com licença, mas eram vocês que moravam no vilarejo próximo daqui, que tinham uma vaquinha?

-Sim, éramos nós mesmos... Mas um dia a vaca morreu e...

-Eu preciso confessar - disse o rapaz - fui eu que...

-E foi a melhor coisa que nos aconteceu. Com a morte da vaca, tivemos que fazer outra coisa. Começamos a plantar. E a terra por aqui é boa, sabe? Então, plantando e vendendo, começamos a comprar mais terras, pra plantar e vender mais. Passaram-se os anos, hoje somos donos desta enorme fazenda... e de mais de metade das terras do vilarejo. Olhe por aqui... até onde pode ver chão, é tudo nosso!

-Er... era só pra saber, mesmo. Obrigado.


Moral da história: todos nós, em certo momento, temos uma "vaquinha" que nos prende, que nos faz sentir confortáveis. Mas às vezes, quando tudo já não é o bastante, temos é que matar a vaca mesmo e nos virar. Mudar.

sexta-feira, abril 01, 2005

diálogos

Um belo dia, no trabalho...

Barbosa: São as pequenas coisas que fazem a diferença.

Gaúcho: Será mesmo?

Barbosa: Sim, o bom é fazer o que você gosta. Imagina o pescador lá no meio do rio, velhinho, tomando aquele sol, com a rede o dia inteiro no barco... ele é feliz!

Eu: Ele gosta disso.

Barbosa: Isso... ele gosta, por isso se sente feliz.

Eu: Seria como matar a vaca [piada interna]. Muita gente não sabe o que gosta, mas se sabe o que não gosta já é um bom começo.

Barbosa: Mais ou menos... por exemplo, eu gosto de cerveja. Aí o pessoal fala: olha aquele cara bebendo, coitado... mas eu gosto, eu sou feliz assim!

Gaúcho: Verdade.

Eu: Disse tudo. Não precisa dizer mais nada.

Barbosa: O que a gente precisa é matar as nossas vacas [/piada interna].

a história das vacas vem em um próximo post.

quarta-feira, março 30, 2005

A vida é uma maravilha sim. Nós é que, muitas vezes, não sabemos aproveitá-la.

Todo mundo é livre pra escolher o que quer. Todo mundo. Eu, você, seu vizinho, quem quer que seja.

Basta saber quebrar as correntes na hora certa.

sexta-feira, março 11, 2005

quinta-feira, março 03, 2005

Às vezes eu tenho raiva de mim mesmo. Mas só às vezes, depois passa.

Algum diplomado poderia me explicar por que raios o às de às vezes se escreve com crase? Sim, eu assumo, eu faltei nessa aula.